O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), frequentemente associado à infância, tem sido cada vez mais diagnosticado em adultos no Brasil. Dados da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) apontam que 5,2% dos brasileiros entre 18 e 44 anos convivem com o transtorno, percentual que sobe para 6% na faixa acima dos 45 anos.
Esse aumento nos diagnósticos tardios tem levado à busca por alternativas complementares ao tratamento tradicional, incluindo o uso moderado de cafeína. Estudo publicado na revista científica Nutrients, conduzido por pesquisadores da Universidade Aberta da Catalunha, analisou os efeitos da cafeína em indivíduos com TDAH. Os resultados sugerem que a substância pode melhorar a atenção, a concentração e a memória de trabalho em adultos diagnosticados com o transtorno.
A novidade é celebrada entre adultos com TDAH neste Dia Nacional do Café (25 de maio). A nutricionista Daniela Zaminiani, responsável técnica da Sterna Café, destaca que a cafeína atua no sistema nervoso central, promovendo a liberação de dopamina, neurotransmissor ligado à motivação e ao foco.
Quando consumida com moderação, a cafeína pode ser uma aliada para adultos com dificuldades de concentração, desde que inserida em uma rotina equilibrada e com acompanhamento profissional”, afirma.
É importante ressaltar que o consumo de cafeína deve ser adaptado às necessidades individuais. Em excesso, pode causar efeitos adversos como insônia, ansiedade e desconforto gastrointestinal. Além disso, seu uso não é recomendado para crianças com TDAH, devido à sensibilidade maior aos efeitos estimulantes da substância.
Para adultos que descobriram o transtorno tardiamente, a inclusão estratégica do café na rotina pode oferecer benefícios cognitivos. “O segredo está no equilíbrio. Um café bem aproveitado pode ser prazeroso e funcional ao mesmo tempo”, conclui Zaminiani.
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O cafezinho de todo dia é mais do que um simples hábito, faz parte da cultura do nosso país, sendo símbolo de hospitalidade, energia e conexão entre pessoas. Na rotina dos brasileiros, o café está presente durante as manhãs e sempre após as principais refeições do dia, o que mostra que o grão acompanha gerações, sempre se modernizando ao longo do tempo, mas nunca sem perder sua essência.
O Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, tem no setor cafeeiro um dos pilares da sua economia e é um reflexo de sua tradição agrícola e inovação constante. Segundo dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 2024, a produção nacional do café alcançou R$ 54,2 milhões de sacas de 60kg, consolidando o Brasil como líder mundial na produção do grão. Apesar de desafios climáticos, como estiagens e altas temperaturas, o setor demonstrou resiliência e capacidade de adaptação.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), o consumo do café também teve um aumento no Brasil entre novembro de 2023 a outubro de 2024. Ao todo, foram consumidos 21,9 milhões de sacas, um aumento de 1,1% em relação ao período anterior. Esse volume representa 40,4% da produção nacional, evidenciando a paixão dos brasileiros pela bebida.
Na economia, o setor cafeeiro teve um impacto expressivo. Ainda de acordo com a Abic, o faturamento da indústria de café torrado em 2024 atingiu R$ 36,82 bilhões, um salto de 60,85% comparado a 2023. Esse crescimento reflete a valorização do produto e a disposição dos consumidores em investir em cafés de qualidade superior.
Com Assessorias