Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 45,2% de vírus sincicial respiratório, 34,4% de rinovírus, 14,2% de Sars-CoV-2 (Covid-19) e 7,9% de influenza A, 1,9% de influenza B.
Quanto aos óbitos, a prevalência foi de 62,7% de Sars-CoV-2 (Covid-19), 14% de rinovírus, 10,9% de influenza A, 3,6% de vírus sincicial respiratório e 2,1% de influenza B.
Recomendação é usar máscara ao sair de casa
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, orienta que, diante desse cenário, é importante que qualquer pessoa com sintomas de gripe ou resfriado use uma boa máscara ao sair de casa, como N95 ou PFF2.
Também é essencial usar máscaras dentro dos postos de saúde, onde a gente acaba ficando mais exposto aos vírus de transmissão respiratória. Se for possível permanecer em casa em isolamento ao apresentar sintomas, melhor ainda”, afirma.
Em relação à influenza, a pesquisadora informa que ainda não foi observado aumento do número de casos graves no país. Segundo o estudo, é muito provável que o crescimento ocorra nas próximas semanas em algumas regiões. Por isso, ressalta Portella, é fundamental que todas as pessoas, principalmente as do dos grupos de risco, estejam em dia com a vacina contra o vírus.
Estados e municípios
A atualização mostra que 11 das 27 unidades federativas (UF) apresentam nível de incidência de SRAG em alerta, risco ou alto risco (últimas duas semanas) com sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana 13. As UF são Acre, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Norte e Roraima.
Outros estados das regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste – como Amazonas, Mato Grosso, Tocantins e Sergipe também apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta ou risco, porém com sinal de estabilização ou oscilação na tendência de longo prazo. Contudo, Tocantins ainda apresenta crescimento de SRAG entre crianças até 2 anos.
Observa-se o início ou a manutenção do crescimento de SRAG entre crianças até 2 anos, associado ao VSR, com níveis de incidência de moderado a muito alto em estados do Norte (Acre e Amapá), Centro-Oeste (Distrito Federal e Goiânia) e Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo).
A manutenção do crescimento de SRAG nas crianças de 2 a 14 anos em muitos estados das regiões Norte (Amapá e Roraima) e Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul e Distrito Federal) é atribuída principalmente ao rinovírus.
A atualização mostra que 12 das 27 capitais apresentam nível de incidência de SRAG em alerta, risco ou alto risco (últimas duas semanas), com tendência de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana 13: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Macapá (AP), Palmas (TO), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA) e Vitoria (ES).
Sinal de aumento na tendência de longo prazo
Em nível nacional, o cenário atual sugere que os casos notificados de SRAG apresentam sinal de aumento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas).
Só neste ano, já foram notificados 28.036 casos de SRAG, sendo 10.866 (38,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 12.742 (45,4%) negativos e ao menos 2.571 (9,2%) aguardando resultado laboratorial.
Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado. Dentre os casos positivos do ano corrente, 32,8% de Sars-CoV-2 (Covid-19), 29,7% de rinovírus, 26,3% de vírus sincicial respiratório, 6,4% de foram influenza A e 2% de influenza B.
Da Agência Fiocruz, com Redação