Na semana dedicada ao Dia Mundial sem Tabaco, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), profissionais de saúde de diferentes especialidades alertam para os riscos do tabagismo à saúde humana – veja abaixo mais uma lista delas que fazemos questão de ressaltar em cada matéria da série Vida Sem Fumo. Uma delas, pouco conhecida, e que o hábito de fumo também traz sérios prejuízos ao sono.

Isso porque o fumo contém estimulantes que causam agitação e perturbam a noite de sono. Pesquisa realizada pela Vigilantes do Sono, constatou que os fumantes demoram em média 21 minutos a mais para pegar no sono. Para a diretora de psicologia da healthtech, Laura Castro, o ideal é a abdicação total ou um grande intervalo entre oúltimo cigarro e o início do sono.

Além disso, a especialista alerta que as alternativas ao cigarro comum, como os cigarros eletrônicos e narguilés podem ser igualmente prejudiciais. A Vigilantes do Sono, startup voltada ao combate da insônia, ressalta que o tabagismo é extremamente prejudicial para o sono, podendo causar ou até amplificar a insônia.

Um estudo realizado pela startup em 2021, analisou os dados de aproximadamente 70 mil noites de sono registrados por mais de 6 mil pessoas. Os resultados indicam que quando uma pessoa fuma até duas horas antes de dormir, ela demora em média 21 minutos a mais para pegar no sono.

Para Laura Castro, sócia e diretora de psicologia na Vigilantes do Sono, o abandono e até a redução do uso de cigarros de fato melhora a qualidade do sono. “Quando pensamos em saúde e qualidade de vida, não podemos deixar de dizer que no caso do cigarro, o melhor dos cenários é a abdicação total. Se o usuário não considerar essa opção, o ideal é ter um intervalo grande entre o último cigarro e o início do sono”, destaca.

A especialista também ressalta que os efeitos do consumo do tabaco se assemelham com o efeito do álcool, sendo que ambos podem trazer uma falsa sensação de sono, quando na verdade, embora a pessoa possa se sentir sonolenta, as substâncias são estimulantes e agem no organismo durante horas após o uso, causando agitação e perturbando o sono.

A falsa ilusão dos cigarros eletrônicos

Embora o número de fumantes esteja em queda, por outro lado o país observa uma crescente no uso dos cigarros eletrônicos. Dados da Covitel apontam que 1 a cada 5 jovens de até 24 anos, consomem frequentemente o vape, sendo a maioria, homens. Vale ressaltar que os cigarros eletrônicos não são legalizados no Brasil.

Dado como uma alternativa para quem quer largar o cigarro convencional, os vapes também contam com substância prejudiciais ao organismo e que podem causar agitação e consequentemente, más noites de sono.

Outra alternativa ao cigarro, o narguilé, tem em sua essência o tabaco, causando consequência similares ao cigarro comum. Laura Castro ressalta que é importante se certificar dos componentes presentes no objeto de fumo, seja cigarro eletrônico, cachimbo, narguilé ou quaisquer outros.

“Independente de ser no cigarro comum ou em outro instrumento de fumo, o importante é se atentar à composição e fugir de elementos como nicotina e tabaco, que afetam diretamente o sono e a qualidade de vida do indivíduo”, finaliza.

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