aprendizagem

Pesquisas estimam que de 40% a 42% dos alunos nas séries iniciais tenham dificuldades para aprender. Destes, 4% a 6% têm transtornos de origem neurobiológica, que podem ser Dislexia, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou sem Hiperatividade (TDA).  Mas qual a diferença entre dificuldade de aprendizagem e  transtorno de aprendizagem? Como detectar e lidar com problema?

Diante do número cada vez maior de crianças com dificuldades para aprender o conteúdo dentro de sala de aula, escolas não estão conseguindo atender às necessidades desses alunos e pais, mesmo percebendo o problema, não sabem como ajudá-las. Para a psicopedagoga Luciana Brites, idealizadora do programa NeuroSaber, as escolas não estão preparadas para perceber os sinais de forma segura e objetiva, pois muitas das capacitações nesta área acabam por ficar numa linguagem técnica. Já os profissionais de saúde – como psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e terapeutas ocupacionais – recebem formação, porém, sem fundamentação científica consistente. “Isto é, sem uma visão interdisciplinar”.

Segundo a especialista, por não terem conhecimento sobre diagnósticos de distúrbios, os pais ficam perdidos sem saber o que fazer. “É uma triste realidade que atrapalha o desenvolvimento cognitivo, provocando problemas maiores na adolescência e na fase adulta”. Para o neuropediatra e também idealizador do programa NeuroSaber, Clay Brites, outra dificuldade está no fato de que muitos profissionais têm dificuldades de identificar se a criança é imatura ou se tem o transtorno de aprendizagem. Por esse motivo, ele argumenta a importância de se entender o funcionamento cerebral.

Clay diz que isso faz toda a diferença na observação e na estruturação de práticas destas crianças, sejam elas na clínica, na escola ou em casa. “Esse detalhe pode selar o destino de uma criança”, destaca. O profissional ressalta ainda que se isto não estiver muito claro para o profissional que avalia, para o professor que encaminha ou para o pai que percebe as dificuldades de seu filho, a criança poderá passar despercebida e ouvir: ’ Vamos esperar para ver se melhora’. “Esta frase pode acabar com o futuro de uma criança que apresente uma dificuldade de aprendizagem”.

II Jornada NeuroSaber

Buscando soluções para a nova realidade das famílias, o projeto NeuroSaber realiza a II Jornada NeuroSaber, totalmente gratuito e online  dos dias 5 a 12 de junho.  A iniciativa tem como objetivo discutir o funcionamento neurológico com o intuito de impactar positivamente o atendimento clínico, a inclusão escolar e o conhecimento da família de pessoas que tenham Dificuldades e Distúrbios de Aprendizagem.

As aulas da II Jornada da NeuroSaber são voltadas para a capacitação total dos profissionais e levando conhecimento aos professores e pais. Esse aprendizado poderá dar mais segurança desde a avaliação, passando pelo diagnóstico até a intervenção. Durante a programação, serão respondidas perguntas sobre o funcionamento do cérebro de uma criança com e sem problemas de aprendizagem; quais as áreas cognitivas são acionadas e porque este conhecimento faz toda a diferença no processo de avaliação e durante as intervenções.

Inscrições: https://jornada.neurosaber.com.br/conheca-a-jornada

Fonte: NeuroSaber

 

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