Começa nesta segunda-feira (7/4) a força-tarefa do Ministério da Saúde, Governo do Estado e prefeituras para bloqueio vacinal contra o sarampo nos municípios prioritários de Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaboraí, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro e São Gonçalo. O objetivo é ampliar a cobertura vacinal e evitar novos casos da doença, que já havia sido erradicada no Brasil, mas voltou a registrar casos nos últimos anos.

O público-alvo é a população de 6 meses a 59 anos, mas haverá ações específicas voltadas a diversos segmentos, como crianças e jovens. A estratégia de vacinação será realizada em três etapas. A primeira vacinará alunos e trabalhadores da educação em escolas e creches; serviços de saúde, profissionais de rotina e todos os trabalhadores da saúde; da rede de turismo, seja de hoteis, moteis, guia de turismo, trabalhadores da praia; trabalhadores de transporte individual e coletivo; forças de segurança e pessoas em situação de rua.

A etapa dois deverá ser realizada no fim de abril e envolverá universidades, escolas de ensino técnico e trabalhadores da saúde. Já a terceira etapa ocorrerá até a segunda semana de maio e prioriza pontos volantes de vacinação, locais públicos e de grande movimentação, estações e terminais (passageiros e trabalhadores); áreas comerciais e praças públicas.

Leia mais

Sarampo: Rio e mais 8 cidades recebem vacinação de bloqueio
Sarampo: município do Rio amplia vacinação em pontos estratégicos
Sarampo: município do Rio amplia vacinação em pontos estratégicos

Niterói inicia campanha de vacinação contra o sarampo

Ação é voltada para crianças a partir de 1 ano a adultos de até 59 anos, que ainda não tenham tomado o imunizante

Vacinação contra o sarampo em Niterói (Fotos: Bruno Eduardo Alves)

A Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou nesta segunda-feira (7) a campanha de vacinação contra o sarampo, voltada para crianças a partir de 1 ano a adultos de até 59 anos, que ainda não tenham recebido o imunizante.

O esquema vacinal varia de acordo com a idade. Crianças devem receber a primeira dose da vacina aos 12 meses e a segunda aos 15 meses. Adolescentes e adultos de até 29 anos que não tiverem comprovação de vacinação precisam tomar duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas.

Já adultos de 30 a 59 anos devem receber uma dose única da vacina, caso não tenham sido imunizados. Trabalhadores da saúde, independentemente da idade, também devem tomar duas doses.

A vacina tríplice viral é a medida de prevenção eficaz contra o sarampo. A aplicação também imuniza contra a rubéola e a caxumba. Em Niterói, está disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, em todas as Unidades Básicas de Saúde, Policlínicas e Módulos do Programa Médico de Família do município. Para se vacinar, os adultos devem apresentar documento de identidade. Já menores de idade precisam levar CPF e carteira de vacinação.

 A secretária municipal de Saúde, Ilza Fellows, reforçou a importância da vacinação.

É fundamental que todos os moradores de Niterói, dentro dessa faixa etária e que ainda não tenham se vacinado contra o sarampo, procurem os postos de vacinação. O sarampo é uma doença que já havia sido erradicada no Brasil e que não pode voltar a nos afetar”, alertou.

A estudante Gabriela Alencar Ornellas, de 30 anos, foi tomar a vacina na Policlínica Regional Sérgio Arouca, no Vital Brasil, porque vai iniciar um estágio em Odontologia na rede pública do SUS.

Além de ser importante andar protegido e imunizado, quando está na área da saúde o profissional cuida de muita gente e esquece de se cuidar. Precisamos tomar todas as vacinas do calendário anual. Muitas doenças, que antes estavam erradicadas, estão voltando de novo pela falta da vacinação. É importante que a população em geral se conscientize e traga seus filhos para que não tenhamos novos surtos, assim como aconteceu com a Covid-19”, disse a estudante.

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, transmitida por gotículas expelidas ao tossir, espirrar ou falar. Os principais sintomas incluem febre alta, tosse seca, coriza, conjuntivite, manchas brancas na mucosa da boca e manchas vermelhas que se espalham pelo corpo. A vacinação continua sendo a forma mais eficaz de prevenção, como explica a coordenadora de Vigilância em Saúde, Ana Lúcia Fontes Eppinghaus.

“Na região metropolitana do Rio tiveram dois casos confirmados. O sarampo era uma doença que estava totalmente erradicada, mas existe uma baixa cobertura de vacina no mundo. Os países precisam também implementar políticas públicas para aumentar as coberturas vacinais. Os governos precisam esclarecer, fazer campanhas e oferecer a vacina. Então, a gente precisa aumentar a nossa cobertura da vacina e nossa meta é de 95%, e fazer vigilância se ocorrer casos suspeitos. O sarampo é muito transmissível e a pessoa não vacinada é o provável que pegará a doença”, explicou a coordenadora.

Após caso em março, DF volta a considerar sarampo eliminado

Vinte dias depois da confirmação do diagnóstico de sarampo em uma mulher adulta no Distrito Federal e também de uma nova suspeita recente, a secretaria de Saúde local informou, neste sábado (5), que considera a enfermidade eliminada da capital do País.

A Secretaria de Saúde informa que uma nova suspeita de sarampo foi notificada, mas o caso já foi descartado”.

Outra informação divulgada é que todas as notificações anteriores que estavam em monitoramento também foram descartadas.

Assim, não há nenhum caso confirmado da doença no DF. O DF foi recertificado esse ano, por ter o sarampo eliminado”. No caso de março, a pessoa foi curada sem necessidade de internação. Não havia registro da doença na capital desde 2020.

No caso dessa paciente, as autoridades locais explicaram que ela tem histórico de viagens internacionais. “A paciente apresentou os primeiros sintomas em 27 de fevereiro e as manchas vermelhas na pele surgiram em 1º de março”, informou, na ocasião, a secretaria de Saúde.

Transmissão no DF em 1999

Em informativo epidemiológico publicado em 2022, a secretaria de Saúde informou que os últimos casos de sarampo que foram transmitidos no próprio DF ocorreram em 1999. A doença apareceu entre 2018 e 2020, mas a transmissão teria ocorrido em outras localidades.

Em 2022, inclusive, o Distrito Federal teve 54 casos suspeitos de doenças exantemáticas, destes, 14 suspeitos de rubéola e 40 de suspeitos de sarampo. Não houve confirmação de casos em 2022.

O sarampo, segundo explica o site da secretaria, é uma doença viral aguda, contagiosa e que tem, entre os sintomas, febre, tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas na pele. Um alerta é que o sarampo pode ser acompanhado de complicações, principalmente em crianças menores de cinco anos de idade e pessoas com imunodepressão.

Com informações da Agência Brasil e SES-RJ e Prefeitura de Niterói (atualizado em 7/4/25)

Shares:

Posts Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *