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Muita gente ainda ignora, mas a intimidade da mulher está cada vez mais na ordem do dia. E vale tudo pelo prazer. Inclusive se submeter a cirurgia plástica na área íntima para aumentar a sensação de bem-estar no ato sexual. Pesquisas indicam que cresce a cada dia no Brasil o interesse das mulheres em procedimentos estéticos para rejuvenescimento vaginal. E a satisfação sexual está no topo das razões para elas buscarem esse método.

Pesquisa realizada pela Viveve com 306 mulheres de 24 a 50 anos mostrou que as principais motivações para as brasileiras recorrerem ao rejuvenescimento íntimo são desfrutar mais do sexo, sentir-se melhor sobre si e seu corpo, reduzir o desconforto físico e agradar seus parceiros (veja detalhes abaixo).

O Brasil já é campeão mundial em cirurgias plásticas íntimas,  à frente dos Estados Unidos, de acordo com dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na sigla em inglês).  A cirurgia plástica que rejuvenesce os lábios vaginais, levantando e / ou injetando gordura ou por meio do preenchimento na área, aumentou 39%, em 2016, com mais de 12 mil procedimentos. Mas o potencial para crescimento deste mercado é enorme. O país conta com 5.850 cirurgiões plásticos que atuam em território nacional, e de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, estima-se que apenas cerca de 45% façam esse tipo de operação.

“À medida que os procedimentos cosméticos se tornam mais comuns, presenciamos mais diversificação nas áreas do corpo que os pacientes estão escolhendo para tratar. Uma década atrás, os cirurgiões plásticos viam seus pacientes a cada sete/dez anos, quando eles precisavam de um procedimento importante como um lifting facial ou uma abdominoplastia. Agora, os pacientes têm relações contínuas com seus cirurgiões plásticos e se sentem mais confortáveis em ​​discutir intervenções em todas as áreas do corpo”, afirma o cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada.

Mulheres temem falar sobre o assunto

Um dos motivos para a procura ainda tímida, embora crescente, é o tabu em torno do assunto. Em 2009, a Viveve, primeira empresa totalmente focada na vitalidade sexual feminina, fez um levantamento nos Estados Unidos e no Japão que mostrou que 60% das mulheres não falam abertamente sobre os seus órgãos e as relações sexuais.

Para este grupo específico de mulheres, falar sobre as sensações e a satisfação sexual é um tabu. Por aqui não é diferente. “A maioria admite ter vergonha de conversar sobre o assunto com amigas, familiares, maridos e até mesmo os médicos”, afirma Nicolle Gouvea responsável pela comunicação da Viveve no Brasil.

Os motivos variam. “Algumas acham que os médicos são muito velhos ou muito novos para falar sobre o assunto. Outras não sabem como abordar o tema pois acham que eles não vão entender o que elas querem dizer. A maioria admite não saber com quem falar sobre isso.E deixar o assunto de lado tem suas consequências”, complementa.

De acordo com Michael Krychman, diretor médico da Viveve e diretor executivo do Southern California Center for Sexual Health and Survivorship Medicine, milhões de mulheres sofrem em silêncio com a flacidez vaginal e suas condições associadas, como sensação reduzida durante a intimidade e incômodo com a incontinência urinária. O especialista aponta ainda que essas mudanças geralmente ocorrem após o parto ou com o passar do tempo. Elas podem levar a diminuição do prazer durante as relações sexuais e ao “escape” urinário.

Outras consequências são a sensação de perda para a mulher, algo que pode representar barreiras significativas para sua felicidade e bem-estar em geral. “As mulheres são sobrecarregadas com informação e desinformação sobre rejuvenescimento vaginal. Isso não é cirurgia e isso não é sobre a aparência. É sobre como uma mulher se sente, o que pode ter um efeito profundo sobre seu senso de si mesmo e seu bem-estar geral”, afirma.

A melhora da relação das mulheres com o próprio corpo e sua sexualidade trouxe uma conscientização maior sobre a saúde e a estética da região vaginal. Hoje em dia, muitas mulheres vêm buscando, nos consultórios médicos, alternativas que melhorem não só a força e o tônus da região íntima, como também sua aparência.

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Por que elas procuram o rejuvenescimento vaginal

1 – Desfrutar mais do sexo

Com o passar dos anos o corpo humano sofre muitas alterações. No caso da mulher, a região íntima perde a sensibilidade física e isso a impede de desfrutar as mesmas sensações físicas que as demais. O rejuvenescimento íntimo é uma forma que elas encontraram para se sentirem mais seguras durante o ato sexual e também sentir maior plenitude sexual e auto-estima. Vale lembrar que a questão da insensibilidade vaginal não é um problema apenas para mulheres mais velhas, as mais jovens também podem realizar o procedimento para ativar a sensibilidade na região vaginal.

2 – Sentir-se melhor com o corpo

Atualmente as mulheres são submetidas a muitas situações estressantes no trabalho, na família, nas relações amorosas e nas questões pessoais. Somado a essa realidade há o desejo e a necessidade delas em se sentirem bem, bonitas e plenas. Então, muitas buscam o tratamento como uma forma de auxílio ou seja, um meio de agir para mantê-la de “igual para igual” com o parceiro. Nestes casos, o tratamento funciona como um forma de sustentar a confiança em alta.

3 – Reduzir o desconforto físico

Médicos ginecologistas e dermatologistas frequentemente escutam queixas sobre a flacidez e a incontinência urinária. Há casos em que a eliminação física ocorre com uma simples tosse ou um exercício físico. E isso não é um problema restrito as mulheres idosas. Paciente jovens que passaram por partos normais ou com um trabalho de parto mais traumático também podem passar por isso. Os especialistas afirmam que antes era necessário indicar fisioterapia ou cirurgia. O tratamento de rejuvenescimento íntimo não é indicado para o tratamento do tema, mas produz efeitos secundários que também proporcionam uma significativa melhoria na qualidade de vida delas.

4 – Agradar seus parceiros

Os médicos apontam que a visão de “agradar os parceiros” varia muito de acordo com a idade da mulher. As mais jovens (20 a 30 anos), buscam estar sempre na frente. Mesmo que não seja uma situação urgente, elas querem fazer o tratamento como uma espécie de prevenção. Já a mulher casada (faixa dos 40 anos) muitas vezes leva uma vida sexual monótona e quer proporcionar uma novidade, levando um maior prazer ao parceiro. Por fim, há também as divorciadas (de 50 a 60 anos) e que hoje em dia tem parceiros da mesma idade ou até mais novos e querem surpreendê-los com a novidade.  

Fonte: Viveve e Centro de Medicina Integrada

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