Política: escolha candidatos que elegem o bem-estar 

‘Que tipo de governantes as eleitoras brasileiras querem ou vão escolher nesta eleição?’, questiona psicóloga

Imagem de mohamed Hassan por Pixabay
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Por Rosângela Sampaio*

A política que eu acredito não é de esquerda nem de direita, afinal, ambos os lados são políticas dos meios. Estamos falando de capacitar estados versus capacitar indivíduo, mas na essência ambas defendem fins semelhantes: mais prosperidade material, mais riqueza.

A política que eu acredito não defende nenhum meio em particular, e sim outro fim. Este fim não é riqueza ou conquista, mas bem-estar. A prosperidade material interessa e muito, mas apenas para aumentar o bem-estar.

Para que serve a riqueza? Acredito que ela deva estar a serviço do bem estar. Mas aos olhos dos economistas, a riqueza é para produzir mais riqueza, e o sucesso político deve ser agregado à quantidade de riqueza que ela produz. 

O princípio da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), que nos informa se uma nação está se saindo bem e quão bem está. A meta dos países membros do G20, do qual o Brasil também faz parte, é diminuir em 25% a desigualdade de gênero no mercado de trabalho até 2025.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), isso traria um acréscimo de 3,3% ao PIB brasileiro ao longo do período. As estimativas apontam que se a participação feminina crescesse 5,5 pontos percentuais, o mercado de trabalho brasileiro ganharia uma mão de obra de 5,1 milhões de mulheres.

A economia hoje reina incontestavelmente na arena política, todos os jornais/noticiários ou imprensa diários têm uma seção dedicada ao dinheiro e os economistas possuem cargos de destaque nas capitais do mundo. 

Quando os políticos concorrem a um cargo público, eles fazem campanha sobre o que farão ou o que fizeram pela economia. Frequentemente assistimos e/ou ouvimos reportagens falando sobre o desemprego, a dívida nacional e tudo gira em torno dos indicadores econômicos que são amplamente atualizados diariamente.

Atualmente, principalmente as mulheres são as maiores vítimas da recessão econômica. Ao ver minhas economias minguarem dia após dia, fiquei imaginando o que aconteceria com o meu bem-estar e da minha família se o mercado de ações caísse ainda mais. 

A teoria do bem-estar diz que existem cinco caminhos para o bem-estar:

Emoção positiva – felicidade e satisfação com a vida, alguns exemplos são: conforto, acolhimento, segurança, conforto, amparo, pertencimento, ou seja, é aquilo que faz cada uma de nós feliz;

Engajamento – envolvimento de atividades que tem a sensação de que o tempo não para;

Sentido – pertencer e servir algo que acredita, sentir que a vida tem valor;

Realizações – conquistas por mérito e dedicação, possibilidades de conquistas efetivas;

Relacionamentos – ter pessoas ao redor que se importam e vice-versa.

Você sendo mulher, como sua vida nesses cinco campos pode ser afetada pelo seu voto nos próximos quatro anos?

Os resultados saíram rapidamente, mas para nós mulheres os desafios continuam, somos a minoria nas bancadas.

De quem é a culpa? Nossa!

Será que realmente pensamos em ampliar nossa participação na política? Talvez a gente consiga prever as próximas eleições se mudarmos nossa postura agora. Você quer números grandes, então mude seu comportamento como mulher e em relação a outras mulheres.

Mudar nossas crenças e estilo de vida é difícil, portanto, a questão que devemos disseminar de forma rápida e ampla é se as escolhas que fizemos potencializam o nosso bem-estar como mulheres. Se a resposta for negativa, vamos pensar em um novo posicionamento para mudanças efetivas.

*Psicóloga, pós-graduada em Psicologia e Saúde da Mulher, Fitoterapia e Prescrição de Fitoterápicos e Terapia Cognitivo Comportamental, Professional & Career Coaching. Instagram: @rosangelasampaiooficial

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