A segunda onda da Covid-19 está aí e, mesmo com a vacinação começando, ainda vai levar alguns meses para que toda a população seja imunizada. Lembrando que apenas maiores de 18 anos receberão as doses da vacina. De qualquer forma, até a pandemia acabar 100%, o uso da máscara continuará sendo obrigatório. E como sabemos que esse é um tema cheio de mitos, a pediatra Felícia Szeles esclarece as principais dúvidas sobre o tema:
Crianças assintomáticas não precisam usar máscara.
MITO. A maioria das crianças são assintomáticas e sabemos que transmitem menos que os adultos, mas ainda assim são disseminadoras do vírus. Por isso, o uso da máscara é obrigatório.
Bebês não devem usar a máscara.
VERDADE. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Academia Americana de Pediatria (AAP), recomendam o uso apenas para maiores de dois anos, já que antes dessa idade existe o risco de sufocamento.
Antes de sair de casa com a máscara, é importante fazer uma adaptação com a criança.
VERDADE. Se a máscara não é tão confortável para os adultos, imagine para as crianças. Por isso, não dá para já sair de casa sem antes uma adaptação para evitar que a criança fique toda hora mexendo na máscara e colocando as mãos nos olhos e até nos pais.
Todas as crianças podem usar a máscara a partir de dois anos.
MITO. Apesar da SBP e a AAP recomendarem a partir dos dois anos, só o Pediatra que faz o acompanhamento poderá indicar o melhor. Cada criança tem uma particularidade de desenvolvimento cognitivo e de doenças que podem ser prejudicadas com o uso da máscara, como doenças neurológicas, e asma.
Todos os adultos devem usar a máscara juntos com as crianças.
VERDADE. A criança tem sempre como referência as pessoas que mais convive, por isso, o exemplo é fundamental na hora de explicar a importância de se proteger com a máscara.
“Sei que nem sempre é fácil mostrar para a criança a importância de usar a máscara, principalmente as mais velhas, que já têm a memória de não precisar usar. Por isso, uma dica é fazer essa adaptação de forma lúdica, dentro de casa, que é um ambiente seguro. E quanto mais tratarem a máscara como algo leve e divertido, menores as chances de resistência”, completa a Dra. Felícia.