Estudo feito pela Universidade de Birmingham, no Reino Unido, quer acabar com o mito do “obeso saudável”. Entre os anos de 1995 e 2015, os pesquisadores analisaram 3,5 milhões de pessoas e concluíram que mesmo com exames saudáveis num primeiro momento estes obesos seguem tendo riscos de desenvolver problemas cardíacos e vasculares. Dos pacientes acompanhados, 61 mil desenvolveram doença coronariana com o passar do tempo, apesar de estarem metabolicamente saudáveis no início do estudo.
O médico-cirurgião brasileiro Cid Pitombo, especialista em estudos de obesidade, explica: “O excesso de peso sobrecarrega joelhos, coluna, coração, pulmão. E essa sobrecarga vai apresentar a conta ao longo da vida, gerando problemas diversos de saúde, podendo inclusive levar à morte. Uma analogia que pode ajudar os pacientes a entenderem é imaginar um carro com motor 1.0 novo. Ele vai conseguir acelerar e subir ladeiras normalmente, mesmo que cheio de passageiros. Mas com o passar do tempo este motor vai começar a falhar e perder o desempenho. É o mesmo com o organismo do obeso”, explica dr Cid Pitombo, que é o recordista de cirurgias bariátricas pelo Sistema Único de Saúde e trata dos atores André Marques e Leandro Hassum.
Segundo a pesquisa, os obesos que pareciam saudáveis tinham risco 50% maior de desenvolver doença cardíaca do que as pessoas com peso normal. Além disso, os pacientes que estavam acima do peso tinham um risco 7% maior de ter doenças vasculares cerebrais e o dobro de risco de ter insuficiência cardíaca. Editor-chefe do livro ‘Obesity Surgery: principle and practice’, Cid explica quais são os problemas de saúde que o excesso de peso pode acarretar com o passar do tempo, mesmo que o paciente esteja saudável num primeiro momento.
Estudo feito pela Universidade de Washington aponta a obesidade como uma crise de saúde pública em escala global. A análise dos pesquisadores norte-americanos foi feita com base em relatórios de 35 anos de observação, incluindo quase 200 países. Aproximadamente 30% da população mundial está acima do peso, sendo 600 milhões de adultos e 150 milhões de crianças. E mesmo aqueles que não estão exatamente no nível considerado de obesidade devem se preocupar: das 4 milhões de mortes atribuídas ao excesso de gordura em 2015, quase 40% ocorreram entre sujeitos com IMC entre 25 e 30, nível considerado como sobrepeso.
O dr. Cid Pitombo, especialista brasileiro no tratamento da obesidade e médico dos atores André Marques e Leandro Hassum, reforça o alerta: “O excesso de peso sobrecarrega joelhos, coluna, coração, pulmão. E essa sobrecarga vai apresentar a conta ao longo da vida, gerando problemas diversos de saúde, podendo inclusive levar à morte. Uma analogia que pode ajudar os pacientes a entenderem é imaginar um carro com motor 1.0 novo. Ele vai conseguir acelerar e subir ladeiras normalmente, mesmo que cheio de passageiros. Mas com o passar do tempo este motor vai começar a falhar e perder o desempenho. É o mesmo com o organismo do obeso”, explica dr Cid Pitombo.
Entre 1980 e 2015, a obesidade cresceu mais entre os adultos jovens, principalmente homens de 25 a 29 anos de países com níveis de renda e de educação mais baixos. No mesmo período, o percentual de crianças e adultos obesos dobrou em 73 países. No Brasil, na faixa de 15 a 19 anos, a obesidade entre homens aumentou de 8% para 25% e entre as mulheres, saltou de 11 para 20%. “É fundamental discutir formas de combater a obesidade e promover a alimentação saudável. E isso precisa ser uma política pública adotada urgentemente”, destaca dr. Cid Pitombo.