Como uma das medidas para antecipar o diagnóstico e tratamento e eliminar a tuberculose o Sistema Único de Saúde (SUS) começou a oferecer a testagem da Infecção Latente por Tuberculose (ILTB). O exame é considerado essencial para pessoas do grupo de risco, devido à fase inicial assintomática da doença, que pode durar muito tempo até que a imunidade do paciente seja afetada. Com a doença latente, a pessoa doente pode transmitir a bactéria para até 15 pessoas.
A Qiagen anunciou nesta quinta-feira (19) que o Ministério da Saúde aprovou, por meio de licitação pública, a aquisição de mais de 53,4 mil novos testes do Interferon Gamma Release Assay (IGRA). Com diagnóstico rápido e seguro, com a precisão de testes laboratoriais, o IGRA está entre os mais recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para identificar a tuberculose em sua fase assintomática, quando a contaminação já existe, mas sem sintomas no indivíduo.
No SUS, o IGRA está disponível para crianças maiores de dois anos e menores de dez, que tiveram contato com pessoas com tuberculose ativa, candidatos a transplantes de órgãos, pacientes com HIV – algumas das maiores vítimas dessa enfermidade – e pessoas com doenças inflamatórias imuno mediadas, incluindo a psoríase, doença de crohn e artrite reumatoide.
Como funciona o novo teste para tuberculose
O exame é considerado eficaz no rastreio e identificação da doença em sua fase latente, quando ainda não apresenta sintomas. No IGRA, o sangue do paciente é coletado em quatro tubos e levado para análises laboratoriais que levam até 24h para dar o resultado.
Anteriormente, o SUS oferecia apenas o PPD, onde se aplica uma injeção administrada de forma subcutânea, e a reação do organismo é observada dentro do período de até 72 horas após a aplicação, formando uma espécie de caroço que deve ser medido na régua. Se for formada qualquer reação superior a 5 mm, o exame é considerado positivo — mas o paciente precisa voltar ao hospital para as medições.
“O Teste Tuberculínico, utilizando o PPD, é um diagnóstico que apresenta limitações de desempenho. Ele ainda é oferecido pelo SUS, porém, enfrenta frequentes problemas de desabastecimento, o que impacta a disponibilidade do exame para a população”, alerta o gerente da multinacional QIAGEN, que fornece o teste para o SUS.
A companhia já havia disponibilizado 52 mil testes para a unidade de saúde pública, que implementou a solução em 2021. Disponível também em unidades de saúde privada, o teste, conhecido como QuantiFERON-TB Gold Plus, já está presente em 59 laboratórios do país em quase todos os estados, com exceção do Piauí, Tocantins, Mato Grosso e Rondônia.
Com Assessorias
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