De acordo com o Ministério da Saúde, 300 mil brasileiros sofrem infartos todos os anos e em 30% dos casos, o ataque cardíaco é fatal. Entre as doenças que mais matam estão o infarto agudo do miocárdio, morte súbita, doença vascular cerebral (AVC) e a doença vascular periférica. Ou seja, manter a saúde do coração em dia é fundamental para quem busca qualidade de vida.
O fato de uma pessoa não estar doente não significa, necessariamente, que ela seja uma pessoa saudável. O diagnóstico precoce é essencial para iniciar um tratamento rapidamente, aumentando as chances de sucesso e cura. Quanto mais precoce o diagnóstico de uma doença, maior a possibilidade de sucesso com o tratamento”, comenta o médico.
Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil
2 vezes mais mortes que todos os tipos de câncer juntos;
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2,3 vezes mais mortes que acidentes e violência;
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3 vezes mais mortes que as doenças respiratórias;
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6,5 vezes mais mortes que todas as infecções, incluindo a Aids.
Sono de má qualidade também prejudica o metabolismo
Idade nem sempre é sinal de doença do coração
O cardiologista Diego Garcia, especialista em medicina preventiva e medicina do estilo de vida, explica que grande parte das doenças que afetam o sistema cardiovascular não manifestam sintomas e que muitas pessoas só deixam para procurar um cardiologista quando já estão com um quadro grave.
Idade já não é mais um fator exclusivo para definir a saúde do coração, até os 30 anos a maior parte dos diagnósticos estão atrelados aos hábitos prejudiciais”, explica.
Para esclarecer algumas formas que podem contribuir para a redução nos riscos de desenvolver algum tipo de doença cardiovascular, o cardiologista lista os hábitos que podem fazer bem ao coração.
1. Atividade física para prevenir e recuperar
O ideal é reservar 150 minutos por semana e com frequência mínima de 2 a 3 vezes por semana para obter os benefícios do exercício físico. “Além de ajudar nas condições físicas, favorece na diminuição do colesterol ruim (LDL) e aumenta o colesterol bom (HDL) no sangue, por exemplo”, ressalta o Dr. Diego.
Antes de qualquer atividade, a principal recomendação é que tenha um acompanhamento médico para entender as limitações e os exercícios indicados. “Hoje já sabemos que os exercícios ajudam na prevenção de diversas doenças do coração e ainda contribui para a recuperação daqueles que têm algum problema”, explica.
2. Mantenha uma alimentação equilibrada
A alimentação balanceada é um dos pilares para uma boa saúde. Uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos, oleaginosas, peixes e alimentos com um baixo teor de gordura e carboidrato é essencial para um bom desempenho físico. “Evitar alimentos industrializados e ricos em corantes são algumas práticas que ajudam a manter a alimentação mais saudável”, comenta o especialista.
3. Fique longe do tabagismo
Segundo um estudo divulgado pela BMJ, fumantes têm 50% mais chances de desenvolver doenças cardíacas e 30% mais chances de sofrer um infarto. Além de promover o depósito de colesterol na parede das artérias e a oxidação do coração, essa situação favorece a formação de coágulos que podem promover um derrame cerebral. Para quem faz uso do cigarro, recomenda-se buscar auxilio com profissionais qualificados para abandonar o hábito. “Essa atitude pode melhorar a qualidade de vida do paciente e prevenir diversas doenças cardiovasculares, pulmonares e oncológicas”, conta o Dr. Diego.
4. Maneire no álcool
O cardiologista Diego Garcia explica que o consumo exagerado de álcool pode aumentar o risco de arritmias e insuficiência cardíaca, mesmo em pessoas que não apresentam antecedente pessoal ou familiar de cardiopatia. “O álcool promove uma agressão direta sobre as células cardíacas, podendo comprometer o funcionamento do músculo e do sistema de condução do estímulo elétrico no coração”, diz o especialista. Dentre os sintomas de alerta estão: palpitações, dores no peito, falta de ar e inchaço nas pernas.
Vale lembrar que apesar de existirem recomendações a respeito do consumo máximo de álcool recomendado, esse limite varia consideravelmente de acordo com a tolerância individual.
5. Use sal com moderação
De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, atualmente 40% dos infartos e 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) estão associados a hipertensão. A doença pode ter influência do fator genético, mas evitar o sedentarismo e controlar o consumo de sódio na alimentação é fundamental para evitar o quadro.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o brasileiro consome em média 12 gramas de sal por dia mesmo sendo recomendada a ingestão de no máximo seis gramas. “É preciso também prestar atenção na ingestão de alimentos industrializados, pois eles são ricos em sódio e por isso o consumo acaba se tornando excessivo”, explica o especialista.
6. Procure ficar longe do estresse
O corpo reage de forma imediata a situações inesperadas a partir de adaptações como é o caso do aumento da pressão arterial, frequência cardíaca e hormônios. “O estresse aumenta o tônus adrenérgico e eleva o risco de eventos cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico”, frisa o Dr. Diego.
7. Vá ao cardiologista periodicamente
Mesmo com a correria é preciso estar sempre em dia com as consultas e exames solicitados pelos médicos. O controle regular é a melhor maneira de verificar possíveis riscos. “É preciso que a população saiba que as doenças do coração são silenciosas, por isso o acompanhamento médico é fundamental para a prevenção, diminuindo o risco de complicações e aumentando a sobrevida”, finaliza o Dr. Diego Garcia.
Da Redação, com Assessorias