Hoje, cerca de 24,9 mil profissionais já trabalham em 4,2 mil municípios – 77% do território nacional. Dentre as cidades, 1,7 mil, segundo o ministério, apresentam altos níveis de vulnerabilidade social. A meta é alcançar 28 mil profissionais no programa até o final de 2025.
Em todo o país, o número de profissionais do Mais Médicos atendendo à população dobrou. Atualmente são quase 25 mil profissionais em atividade pelo programa, enquanto em 2022 esse número era de 13,1 mil. Mais de 66 milhões de pessoas são beneficiadas pela iniciativa.
Em dezembro de 2024, o programa registrou um marco ao atingir o maior número de médicos em atividade nos Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs), com 601 profissionais atuando nessas regiões”, destacou a pasta.
Com a chegada desses médicos, o Ministério da Saúde espera impactos positivos nas comunidades atendidas, como a ampliação do acesso aos serviços de saúde na atenção primária, a redução do tempo de espera por atendimento com a utilização do prontuário eletrônico do SUS (e-SUS APS), além de avanços significativos na saúde indígena”, destacou a pasta em nota.
De acordo com o comunicado, antes de iniciarem as atividades, os profissionais de saúde passaram por um treinamento específico para atuar em situações de urgência e emergência e também no enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões onde vão atuar, incluindo a malária.
Com o objetivo de assegurar a eficácia do programa e a qualidade do atendimento prestado à população, a pasta acompanha de perto o desempenho dos profissionais. Um dos principais instrumentos de monitoramento é o e-SUS APS, que permite registrar e acompanhar o histórico dos pacientes, facilitando a integração entre a atenção primária e os demais níveis de cuidado”, informa ainda o ministério.
Para garantir atendimento médico para toda a população, o Ministério da Saúde anunciou em março o primeiro edital de 2025 para contratação de 2.279 profissionais pelo Programa Mais Médicos. Desse total, 85 serão destinados para o estado do Rio de Janeiro, onde 26 municípios terão contratações imediatas e 55 para cadastro reserva.O Rio de Janeiro receberá um reforço na atenção primária à saúde com a ampliação do programa Mais Médicos.
Nessa etapa, as vagas estarão abertas para adesão dos gestores de 4.771 municípios. Com o preenchimento dessas vagas, serão mais de 28 mil profissionais atuando em todo o país.
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Durante visita ao Rio de Janeiro, o ministro de Saúde, Alexandre Padilha, recepcionou 55 novos profissionais do Programa Mais Médicos para fortalecer a Atenção Primária na capital fluminense. Esses profissionais serão distribuídos em 239 unidades de saúde, entre clínicas da família e centros municipais.
Agora, serão 416 profissionais do programa atuando no município. A cobertura da Atenção Primária no Rio de Janeiro alcança, atualmente, 79,37%, com 1.365 equipes de Saúde da Família em operação.
Atualmente, o Rio de Janeiro tem 1.546 vagas ativas no Mais Médicos, sendo 1.373 delas ocupadas e 66 em processo de ocupação. Os profissionais atuam em 81 municípios do estado e alcançam cerca de 3,98 milhões de habitantes.
Programa inclui dentistas, enfermeiros e assistentes sociais
O programa Mais Médicos foi criado em 2013, com o objetivo de ampliar a assistência à atenção básica de saúde levando médicos para atuarem em regiões prioritárias, remotas, de difícil acesso e de alto índice de vulnerabilidade, onde há escassez ou ausência desses profissionais.
Em 2023, o programa foi relançado e rebatizado de Mais Médicos para o Brasil, passando a incluir outras áreas de saúde, como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais, e prometendo priorizar profissionais brasileiros.
Segundo o Ministério da Saúde, a atenção primária chegou à marca de 26.872 vagas preenchidas no Mais Médicos no final do ano passado, sendo 601 para atuação em 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) . Destes, 50 profissionais foram encaminhados para o território Yanomami.
Outro destaque, informou a pasta, foi a abertura de editais com regime de cotas étnico-raciais e para pessoas com deficiência (PCDs), com a oferta de 3,1 mil vagas para profissionais de 1.574 municípios brasileiros.
Esses profissionais atuam nas equipes de Saúde da Família que fazem o atendimento e o acompanhamento mais perto da população e, quando necessário, encaminham para uma consulta com profissionais especializados. Hoje, o programa permite horários de atendimento estendidos,
Levando-se em conta o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS), a maior parte dos profissionais que trabalham no estado fluminense, 859 médicos, atua em municípios de baixa vulnerabilidade. Outros 442 estão em municípios de média vulnerabilidade, enquanto 52 estão em regiões de alta vulnerabilidade e 20 em locais de muito baixa vulnerabilidade.
Uma importante ferramenta que vai contribuir para a eficiência no atendimento e auxiliar na redução do tempo de espera é o e-SUS APS, o prontuário eletrônico do SUS. Gratuito, ele permite a integração das informações dos pacientes entre atenção primária e atenção especializada.
Isso possibilita que os profissionais acompanhem o histórico de consultas, exames e tratamentos de forma rápida e eficiente, reduzindo o tempo de espera e garantindo um atendimento mais completo.
Fonte: Agência Brasil, Ministério da Saúde e Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República