Ginástica para o cérebro faz bem para idosos e jovens

OMS recomenda prática de atividades intelectuais, como exercícios de neuroplasticidade, para envelhecimento saudável e a proteção contra o Alzheimer

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O mês de setembro é dedicado a promover a sensibilização e esclarecimentos da população acerca dos cuidados com o cérebro. A ciência ainda não descobriu a cura do Alzheimer, mas para retardar o aparecimento dos sintomas, existe uma alternativa não medicamentosa muito eficiente: a prática de exercícios para o cérebro, que tem sido adotada por milhares de adultos e idosos em todo o Brasil, para ajudar a manter a mente ativa por toda a vida e quebrar os estigmas relacionados à doença.

A ginástica para o cérebro é recomendada pela Organização Mundial da Saúde para se manter um processo de envelhecimento saudável com autonomia e independência. De acordo com a OMS, as diretrizes são: manutenção da preservação cognitiva, realização de atividades físicas regulares, adoção de uma dieta balanceada, sono de boa qualidade e prática de atividades intelectuais, como a ginástica para o cérebro.

Graças à neuroplasticidade – capacidade do cérebro em se modificar e criar novas conexões neurais -, mantê-lo ativo com atividades que promovam novidade, variedade e desafio crescente aumenta a reserva cognitiva, ou seja, a resistência do cérebro às lesões.

A prática de exercícios para o cérebro é uma das atividades mais eficazes para que se construa uma rede robusta de neurônios no cérebro, formando uma reserva no cérebro, postergando assim o aparecimento dos sintomas da doença e fazendo com que a pessoa possa vir a não desenvolvê-los, garantindo saúde e qualidade de vida por mais tempo.

Ao estimular o cérebro, o fluxo sanguíneo aumenta, há um crescimento na produção de proteínas da aprendizagem e da rede neural. Ocorre ainda um processo chamado neurogênese, ou seja, o nascimento de novos neurônios, deixando o cérebro mais resistente ao desenvolvimento de doenças neurológicas”, explica a pesquisadora Thaís Bento Lima, que é Gerontóloga – consultora do SUPERA Ginástica para o Cérebro e docente do Curso de Graduação em Gerontologia da Universidade de São Paulo e membro do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento, da USP.

Ela complementa citando o conceito de reserva cognitiva, ou seja, a resiliência do cérebro em apresentar melhores condições de se proteger, tolerar ou lidar com as alterações cerebrais.

“Todos nós temos reserva cognitiva, porém, ela é construída gradativamente e pode ser ‘maior ou menor’, dependendo das experiências de cada um – quanto mais variadas e inovadoras, melhor. Por isso, a ginástica para o cérebro pode ser considerada uma grande aliada nesse sentido”, diz a especialista.

Além de ser responsável pela criação de novos neurônios e aumento da reserva cognitiva, a ginástica para o cérebro ainda promove a melhora da autoestima, contribuindo para o bem-estar e evitando outras doenças, como a depressão, muito comum entre idosos.

Método criado no Brasil

Para que a prática seja eficiente, adultos e idosos optaram por exercitar o cérebro com uma metodologia fundamentada na neurociência e criada por um brasileiro, chamada Método SUPERA.

Trata-se de um curso indicado para todas as idades, em que os alunos utilizam cinco ferramentas: o ábaco, apostilas com exercícios cognitivos, jogos de tabuleiro, jogos online, dinâmicas em grupo e neuróbicas (atividades cotidianas realizadas de formas diferentes para tirar o cérebro da zona de conforto).

Com isso, os alunos de todas as idades melhoram a autoconfiança e mant:êm as habilidades, como memória, concentração, raciocínio, coordenação motora, criatividade, entre outras.

Resultados para idosos e jovens

Os alunos da rede SUPERA são as maiores provas dos benefícios da ginástica cerebral. Em 12 anos, mais de 100 mil pessoas já treinaram o cérebro no SUPERA e podem dar depoimentos positivos sobre seus resultados.

“Eu sentia necessidade de exercitar o cérebro, principalmente porque tenho caso de Alzheimer na família. O curso veio em boa hora, com minha aposentadoria. Percebi melhoras na memória, nas atividades do dia a dia, como lembrar onde guardei as coisas, horários de consultas médicos e outras tarefas”, afirma a aluna Maria Santana de Souza, 71 anos, aluna do SUPERA Londrina (PR).

“Depois que comecei a praticar ginástica para o cérebro, retenho com muito mais facilidade o que leio ou escuto, além de conseguir fazer até cálculos mentalmente. Também ajudou a melhorar minha autoestima e segurança, o que faz com que eu me posicione melhor diante de várias situações do cotidiano”, conta Priscila Webber, de 36 anos, aluna do Método SUPERA Passo Fundo (RS).

Eduarda Valliod, de 19 anos, conta que começou a exercitar o cérebro inspirada na avó, que foi diagnosticada com Alzheimer e apostou na prática para que os sintomas não avancem. Os resultados foram expressivos, a frequência dos esquecimentos diminuiu e Eduarda se matriculou no curso esperançosa de que a ginástica para o cérebro também a ajudaria nos estudos. O resultado também foi positivo. “Melhorei minha concentração e me sinto mais confiante para fazer os simulados”, conta a aluna do SUPERA Ribeirão Preto.

Conforme o caso da avó de Eduarda, caso o paciente já esteja diagnosticado com a doença, dependendo do estágio em que se encontra, a ginástica para o cérebro pode evitar o avanço dos sintomas da doença, contribuindo para a qualidade de vida.

AULAS e palestras GRATUITAS

Durante todo o mês de setembro, as 400 unidades do SUPERA Ginástica para o Cérebro estarão de portas abertas, oferecendo aulas gratuitas para incentivar a população a cuidar da saúde do cérebro e conscientizar acerca dos benefícios de exercitá-lo diariamente.

No Dia Mundial do Alzheimer (21 de setembro), das 8h30 às 12h, a rede realiza o evento “Despertando a Sociedade”, no Teatro Gazeta (SP), com a presença de médicas especialistas e as atrizes Nicette Bruno e Beth Goulart, embaixadoras da ginástica para o cérebro no Brasil. O evento é aberto ao público e tem entrada gratuita.

A partir deste dia, a academia de ginástica para o cérebro SUPERA Vila Valqueire promove uma semana de palestras e ações gratuitas de conscientização para manter a mente saudável, postergando o aparecimento dos sintomas da doença e garantindo mais qualidade de vida. A participação é gratuita, mas é necessário realizar inscrições com antecedência.

A programação se inicia no dia 21, às 10h, com a palestra “Eu não esqueço – Como construir uma reserva cognitiva”, abordando práticas que ajudam a manter o cérebro ativo. Ao longo da semana, a unidade promoverá uma série de palestras com profissionais da área da saúde, abordando temas referentes ao bem-estar e qualidade de vida. Confira programação abaixo.

A unidade visa promover atividades para conscientizar sobre a importância de manter a mente saudável desde a infância e prevenir o aparecimento de sintomas do Alzheimer desde cedo. Os eventos são destinados para pessoas de todas as idades, que estão dispostas a manter o cérebro saudável e garantir bem-estar.

As inscrições podem ser feitas na própria unidade ou por telefone. Todas as palestras acontecerão na Rua Luiz Beltrão, 278 – loja A – Vila Valqueire. Para mais informações e garantir a inscrição, os telefones de contato são (21) 3243-3219 ou (21) 97432-1492.

Programação

21/09 – 10h
Eu não esqueço – Como construir uma reserva cognitiva – Ministrada pelos profissionais de ginástica para o cérebro da unidae.

23/09 – 14h

Pequenas atividades contra o sedentarismo – Educadora Física Fernanda Bastos

25/09 – 13h

Depressão, causas e efeitos – Dr. José Vinícius Martins

27/09 – 14h

Como podemos prevenir o Alzheimer e outras doenças degenerativas – fisioterapeuta Shirlei Juliace

28/09 – 10h

Vamos falar sobre dor lombar? – Médico ortopedista Dr. José Cândido Gonçalves

Fonte: Método Supera

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