Cuidar da saúde física e emocional inclui ações como beber água, alimentação saudável, fazer exercícios físicos, usar protetor solar, se expor ao sol por alguns minutos ao dia, realizar exames regulares, entre outras. Quando há doenças pré-existentes, os exames de rotina devem ter mais regularidade e se tornam essenciais, assim como em determinadas faixas etárias ou durante a gravidez.
Foi durante um exame de rotina que Maria Lucia Fernandes, de 60 anos, descobriu a presença da bactéria H. pylori (Helicobacter pylori). A bactéria é responsável por mais de 60% dos casos de câncer de estômago no Brasil, e estima-se que, em média, 71,2% da população brasileira esteja infectada. O tratamento é longo e decidido individualmente a partir de cada caso, mas geralmente é feito com o uso de antibióticos combinado com um inibidor de próton, como foi o caso de Maria Lucia.
Realizo a endoscopia anualmente para monitorar minha gastrite, mas foi através deste exame e da biópsia que descobri a bactéria. Naquela época, estava com sintomas mais intensos, como azia e indigestão. Eu tomei antibióticos e Omeprazol por cerca de duas semanas e após algumas semanas, fiz o exame novamente”, contou.
A endoscopia não é um exame de rotina, mas para quem possui condições pré-existentes é importante a realização com frequência, assim como os exames de sangue – como o hemograma, o colesterol e a glicemia, é importante para que os resultados funcionem como direcionamento ao estilo de vida. A detecção precoce é fundamental em muitas doenças, como o diabetes, hipertensão, cânceres e doenças cardiovasculares;
Os exames periódicos funcionam como uma espécie de termômetro da saúde. Ao identificar fatores de risco – como colesterol elevado, glicemia alterada ou alterações hormonais – é possível orientar mudanças no estilo de vida com base em dados objetivos”, diz André Vianna, endocrinologista do Centro de Diabetes Curitiba, do Hospital Nossa Senhora das Graças.
Segundo ele, quando essas condições são descobertas no início, o tratamento tende a ser mais simples, menos agressivo e com melhores resultados. Exames de rotina são uma das ferramentas mais importantes para tornar esse diagnóstico precoce possível. Isso torna a prevenção mais personalizada e eficaz, ajudando o paciente a tomar decisões conscientes para preservar sua saúde no longo prazo.
A Mobius, por exemplo, oferece um diagnóstico molecular específico para detectar a bactéria H. pylori (Helicobacter pylori). e verificar possíveis resistências à Claritromicina, um dos antibióticos mais usados no tratamento.
A tecnologia a serviço da saúde e da biossegurança
Com um olhar atento às regulamentações e à capacitação das equipes, o setor de saúde avança no enfrentamento do câncer, reafirmando que a prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas nessa batalha. Profissionais da saúde e especialistas reforçam a importância dos exames de imagem como aliados indispensáveis na luta contra o câncer. Entre as tecnologias mais utilizadas estão a Tomografia Computadorizada (TC) e a Ressonância Magnética (RM).
Esses exames desempenham um papel essencial em todas as fases do cuidado oncológico, desde o diagnóstico inicial até a avaliação da resposta ao tratamento, passando pela detecção de metástases e pelo acompanhamento da progressão da doença. Esses métodos oferecem alta sensibilidade e especificidade, permitindo uma avaliação detalhada de múltiplos órgãos e sistemas. Os exames de imagem não apenas auxiliam no diagnóstico precoce, como também oferecem informações cruciais para o planejamento e monitoramento dos tratamentos.
Além dos exames de imagem propriamente ditos, o uso de injetoras de contrastes e conectores específicos é indispensável para a realização segura dos procedimentos. Nesse contexto, dispositivos multipacientes têm ganhado espaço, mas exigem cuidados rigorosos de biossegurança.
Mais segurança para o paciente oncológico
Estudos, como o conduzido por Alessandro Pereira dos Santos (2020), destacam que o uso subsequente de contrastes iodados e à base de gadolínio em pacientes oncológicos têm mostrado segurança em termos de função renal, quando realizados com critérios rigorosos de controle.
De acordo com Marcela Padilha, coordenadora de Desenvolvimento de Produtos e Suporte Clínico da Alko do Brasil – empresa especializada em medicamentos e produtos médicos para diagnósticos por imagem – estudos publicados, como o de Azevedo et al. (2020), comprovam que conectores multipacientes, quando manuseados conforme protocolos específicos, não apresentam risco de contaminação bacteriológica.
Os conectores multipacientes precisam seguir padrões bem definidos e regulamentações da Anvisa, como as Resoluções de Diretoria Colegiada (RDC), além de serem respaldados por evidências científicas concretas”, explica a Dra. Marcela. O estudo citado avaliou a biossegurança de válvulas antirrefluxo em sistemas de infusão, destacando sua eficácia na prevenção de contaminações.
Regulamentações e a responsabilidade dos serviços de saúde
A utilização segura de dispositivos médicos, como o Transfer-Fill e o Patient-Set, em pacientes oncológicos requer não apenas o registro adequado na Anvisa, mas também treinamento técnico e adoção de protocolos baseados em evidências científicas. “Instituições de saúde devem garantir que todos os conectores multipacientes acoplados a equipamentos sejam utilizados conforme as instruções dos fabricantes e as normas vigentes”, reforça a especialista.
Além disso, a adoção de conectores multipacientes, também contribui para a sustentabilidade dos serviços de saúde, desde que respeitem critérios de qualidade e segurança. Como apontado por Azevedo (2018), a eficácia desses dispositivos depende diretamente da aplicação correta dos protocolos de biossegurança, protegendo tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde.
O avanço tecnológico deve caminhar ao lado da biossegurança e do cuidado humanizado. Estudos, como os mencionados, reforçam o impacto positivo que a integração entre ciência e prática clínica pode ter na luta contra o câncer”, diz Marcela Padilha.
Com Assessorias