O mês de maio é marcado pela conscientização de doenças reumáticas, condições crônicas que afetam milhões de pessoas em todo o mundo, mas que, muitas vezes, são mal compreendidas e diagnosticadas tardiamente. Este é o caso da espondilite anquilosante, que mundialmente é lembrada no dia 7 de maio no calendário das doenças raras.
A espondilite anquilosante é uma forma de artrite que afeta principalmente a coluna vertebral e as articulações sacroilíacas. Essa condição acomete mais de 2 milhões de brasileiros e já é considerada uma doença, hoje, muito comum, segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).
Os sintomas incluem dor crônica nas costas e rigidez, que podem piorar ao longo do tempo. É comum que os pacientes associem o quadro a uma dor ciática”, explica a reumatologista da Sociedade Paulista de Reumatologia (SPR), Sandra Watanabe.
Dificuldades no diagnóstico atrapalham tratamento
Segundo ela, as doenças destacadas no Maio Roxo são ainda pouco conhecidas pela população. Elas podem trazer graves consequências para a qualidade de vida dos pacientes, quando não diagnosticadas e tratadas de forma precoce e adequada.
Pacientes com essas doenças tendem a enfrentar longos períodos até receberem um diagnóstico correto, o que pode levar a um agravamento dos quadros clínicos. É por isso que essa conscientização sobre as doenças é tão importante”, ressalta
O diagnóstico precoce das doenças como lúpus, espondilite anquilosante e fibromialgia tem papel crucial na redução do sofrimento e no processo de assegurar qualidade de vida e perspectivas melhores de tratamento. Quando não são diagnosticadas prontamente, os pacientes tendem a enfrentar sintomas debilitantes e complicações graves que afetam bastante a qualidade de vida.
Ao promover a conscientização sobre os sinais e sintomas dessas doenças e incentivar avaliações médicas precoces, permitimos intervenções mais eficazes, incluindo terapias direcionadas, medicamentos específicos e medidas preventivas para reduzir o impacto das doenças no longo prazo”, completa a doutora Sandra Watanabe.
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É necessário implementar uma higiene do sono, estabelecendo uma rotina consistente e criando um ambiente propício para dormir, como um quarto silencioso e escuro, sem estímulos visuais como TV e outras telas”, alerta o especialista.
Medicamentos podem ajudar a melhorar a qualidade e a iniciação do sono, mas devem ser prescritos com cuidado. Técnicas de relaxamento e terapia cognitivo-comportamental podem ser eficazes tanto para melhorar o sono quanto para manejar a dor”, completa ele.
Com informações da SBR e SPR