No embalo do Carnaval, uma boa oportunidade para crianças e jovens se tornarem músicos de verdade. E de graça. Estão abertas as inscrições para alunos da rede pública de ensino do Estado do Rio de Janeiro que quiserem aprender a tocar diversos instrumentos como violino, viola, violoncelo, contrabaixo, oboé, fagote, flauta doce, flauta transversal, clarinete, saxofone, trompete, trompa, trombone, tuba e percussão. E também para ingressar no canto coral.

As aulas, com profissionais qualificados e instrumentos afinados, são oferecidas gratuitamente pelo Projeto Geração de Sons, e direcionadas a estudantes com idades entre 6 e 19 anos. Nesta etapa, as matrículas são direcionadas para dois polos, os de Santa Cruz e Campos Elíseos (Duque de Caxias) e podem ser feitas até o dia 28 de fevereiro.

O Geração de Sons, lançado há um ano, já conta com 1.000 integrantes – alunas e alunos da rede pública de ensino do Estado do Rio de Janeiro – e está formando e transformando uma nova geração de instrumentistas e coristas. Os estudantes recebem aulas gratuitas de formação musical em polos distribuídos pelo território fluminense: em Santa Cruz, Campos Elíseos, Duque de Caxias e Centro do Rio de Janeiro, ocupando sedes próprias ou funcionando em parceria com escolas públicas. Sem custo algum para as crianças e jovens, é bom repetir.

No projeto, o aluno passar por um amplo processo de educação musical e aprende o instrumento desejado. A partir de avaliações dos professores, ele pode integrar um dos grupos musicais, como as Orquestras e Bandas Juvenis ou Coros, que fazem parte do Geração de Sons.

Não existe um tempo exato de duração do curso. É um ensino de música continuada, alcançando do ensino do instrumento até a universidade. O aluno tem dois dias de aula por semana, com duas horas por dia. O projeto empresta o instrumento ao integrante para que ele possa estudar em casa e ter melhor rendimento.

As matrículas devem ser feitas no pólo de Santa Cruz, na Reta João XVIII, 2.435, onde as aulas acontecem às segundas, quartas e sextas, das 14h às 17h30, ou no polo Campos Elíseos, à Rua Pedro Toledo, 10, Fonseca – Duque de Caxias, com aulas de segunda a quinta, das 14h às 18h.

A iniciativa tem patrocínio da Caixa e Governo Federal e também da NTS e Deloitte, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

13 vagas abertas na Orquestra Parassinfônica de São Paulo

Orquestra Parassinfônica de São Paulo abre a partir do dia 24 de fevereiro as inscrições para concorrer às treze novas vagas na primeira orquestra do mundo protagonizada por músicos com deficiência (Foto: Divulgação)

Estão abertas a partir do dia 24 de fevereiro as inscrições para concorrer às treze novas vagas criadas na OPESP (Orquestra Parassinfônica de São Paulo), a primeira orquestra do mundo protagonizada por músicos com deficiência. Parte do processo de crescimento e amadurecimento do projeto, iniciado em 2022, o novo edital busca pessoas com ou sem deficiência, desde que com experiência musical em cordas, madeiras, metais e percussão.

“O sucesso do primeiro ano do projeto foi garantido pela paixão e empenho de um grupo excepcional de pessoas dedicadas em contribuir para a causa da inclusão e educação musical das pessoas com deficiência”, explica Igor Cayres, mestre em atividades culturais e artísticas, idealizador e produtor da OPESP. “Esta nova etapa se inicia com ares de conquista e novo fôlego para cumprir uma agenda de pelo menos cinco concertos no Brasil”, celebra.

Superação

A paulistana Miriã Vitória dos Santos iniciou seus estudos musicais aos seis anos na Escola de Música do Estado de São Paulo. Em decorrência de uma cirurgia, sua trajetória musical foi interrompida por três anos. De volta à ativa, Miriã integrou a OPESP ao longo do ano de 2022 e comemora.

“A experiência na OPESP foi muito além do que eu imaginava. Graças às aulas e aos ensaios, conheci e evoluí consideravelmente na parte técnica do violoncelo. Além disso, foi uma oportunidade de estreitar laços e fazer amizades. Neste ano, espero evoluir ainda mais no instrumento e que mais pessoas saibam que nós existimos e apoiem a causa”, detalha.

Processo de inscrição

As novas vagas são direcionadas para musicistas dos seguintes instrumentos: violino (4 vagas), viola (3 vagas), violoncelo (1 vaga), contrabaixo (1 vaga), flauta/piccolo (1 vaga), trombone (3 vagas) e percussão (1 vaga). Os interessados devem acessar o site da OPESP, preencher a ficha de inscrição, enviar um vídeo cumprindo os requisitos de formato descritos e enviá-los até o dia 7 de março.

Tudo de forma online, a equipe pedagógica da OPESP fará uma análise dos inscritos e os selecionados serão anunciados no dia 10 de março. Pessoas que não moram em São Paulo estão aptas a se inscreverem, mas não terão ajuda de custo extra, além da bolsa já prevista a todos os integrantes da orquestra.

Jornada de sucesso

O levantamento mais recente do IBGE aponta que 8,4% da população brasileira acima de dois anos, o que representa 17,3 milhões de pessoas, tem algum tipo de deficiência. A pesquisa detalha que 7,8 milhões, ou 3,8% da população acima de dois anos, apresenta deficiência física nos membros inferiores, enquanto 2,7% das pessoas tem nos membros superiores. Além disso, 3,4% dos brasileiros possuem deficiência visual; 1,1%, deficiência auditiva.

Foi contrapondo esses números com a representatividade dessa população na música brasileira que Igor Cayres construiu o projeto da OPESP – para criação, desenvolvimento e promoção da primeira orquestra do Brasil protagonizada por músicos com deficiência.

Ao todo, 33 pessoas foram selecionadas, dentre PCDs e não-PCDs, e passaram por um semestre intenso de aulas e ensaios e, então, estrearem em grande estilo na Sala São Paulo, uma das dez melhores salas de concerto do mundo, em dezembro de 2022. Por fim, Igor Cayres foi vencedor do Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes 2022, no quesito Inclusão, Diversidade e Acesso à Cultura, pela idealização da OPESP.

“Na Shell, temos o compromisso de contribuir para o desenvolvimento social do país, onde operamos há 110 anos. A Orquestra Parassinfônica de São Paulo, da qual temos o orgulho de sermos apresentadores, é um belo exemplo de iniciativa que reúne elementos fundamentais para a nossa companhia, com a valorização da cultura nacional e o empoderamento de grupos minorizados. Acreditamos que apoiar o projeto é uma maneira de avançar na construção de uma sociedade mais inclusiva, impactando positivamente milhares de vidas”, destaca Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil.

Segundo Igor, a grande maioria dos músicos da OPESP vivenciou pela primeira vez na vida a experiência da rotina de uma orquestra sinfônica. “Vistas todas as dificuldades impostas sobre as pessoas com deficiência, para eles chegava a ser difícil até mesmo encontrar escolas de música para estudar. Hoje serem protagonistas da OPESP e terem contato com um corpo técnico deste nível, é extremamente recompensador”, detalha Igor.

Sob coordenação pedagógica de Aída Machado, Mestre em Música pelo Departamento de Música da Universidade de São Paulo,orquestra terá regência do maestro Marcos Arakaki, renomado por dirigir importantes orquestras nacionais e internacionais, como a Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Filarmônica de Buenos Aires, Orquestra Sinfônica de Xalapa, Orquestra Filarmônica de Universidade Autônoma do México, Kharkiv Philharmonic na Ucrânia e Bohuslava Martinů Philharmonic Orchestra na República Tcheca.

Sobre a OPESP

A Orquestra Parassinfônica de São Paulo é uma realização da Associação Orquestra Parassinfônica do Estado de São Paulo – OPESP, apresentada pela Shell, Instituto Cultural Vale e Ministério da Cultura, com apoio do Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e patrocínio da Astrazeneca, Syngenta, Raia Drogasil, Unigel, Banco Bradesco SA.

Com assessorias

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