Dengue explode no Estado do Rio: casos triplicam em relação a 2021

Número de casos aumentou 300% em relação ao ano passado no Estado do Rio. Secretaria de Saúde publica Plano de Contingência para Arboviroses

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O número de casos de dengue explodiu neste ano em todo o país. Levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES) aponta que os casos de dengue no estado do Rio de Janeiro registraram um aumento de 300% de janeiro a outubro (até dia 16) de 2022 comparado com o mesmo período de 2021. O número de casos de chikungunya cresceu 24% no mesmo período.

De acordo com os dados registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), em 2022, foram notificados 10.471 casos e 14 óbitos por dengue e 611 casos e nenhum óbito por chikungunya. Em 2021, foram 2.613 notificações e 4 óbitos por dengue e 492 casos e nenhum óbito de chikungunya. Apenas a zika apresentou redução no período.
As chamadas arboviroses são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, presente em toda a área urbana e periurbana do estado. Com a aproximação do fim do ano, período em que ocorre aumento dos focos do mosquito, a SES publicou esta semana o Plano de Contingência para Enfrentamento às Arboviroses Urbanas causadas pelo Aedes aegypti 2022/2024 e faz um alerta sobre a importância da população atuar na eliminação dos criadouros.
“O plano visa dar uma resposta rápida a uma possível epidemia. Ele também está relacionado com a prevenção à doença. E para isso estamos lançando uma grande campanha de conscientização da população, reforçando a campanha 10 minutos salvam vidas. O mosquito da dengue vive preferencialmente dentro das nossas casas, por isso é tão importante que todos dediquem 10 minutos por semana para eliminar os focos”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
O documento elaborado pela Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SUBVAPS) é uma ação de resposta rápida ao aumento no número de casos das arboviroses. Ele traça estratégias para orientar os municípios em quatro áreas: gestão, assistência, comunicação e mobilização social. O plano prevê desde a capacitação de profissionais de saúde para o atendimento adequado dos casos suspeitos até as ações de contingenciamento, como por exemplo, a estruturação de centros de acolhimento em unidades de saúde e UPAS, visando garantir atendimento adequado, considerando as especificidades da doença.

Entre os principais objetivos do plano estão o monitoramento da circulação viral da dengue, da zika e da chikungunya em todas as regiões do estado, identificação das áreas de maior risco, promoção permanente de mobilização social, qualificação da assistência para atendimento aos pacientes e detecção precoce dos casos e organização da rede assistencial para acompanhamento dos pacientes na fase crônica.

O programa estabelece que a vigilância estadual atue auxiliando os 92 municípios do estado na elaboração dos seus planos de contingência, na investigação dos óbitos suspeitos, na avaliação e na qualificação das práticas assistenciais nas unidades de saúde, no apoio à implantação de salas de situação e centros de hidratação, entre outras atividades.

Os subtipos da dengue

dengue é uma doença febril aguda causada pela picada dos mosquitos Aedes aegypti. Existem quatro subtipos de vírus da dengue: DenV-1, DenV-2, DenV-3 e a DenV-4. Atualmente, os sorotipos 1 e 2 são os que mais circulam no estado, sendo o DENV-2 prevalente. Esse vírus não circulava no Rio de Janeiro desde 2008 e é um dos fatores ligados ao aumento de casos registrado este ano.

“Desde 2019, estamos monitorando a reentrada do vírus tipo 2 da dengue, responsável pela maior epidemia que o estado enfrentou em 2008. Quem nasceu depois desse período não tem imunidade para esse subtipo do vírus. Por isso, temos uma importante parcela da população suscetível, o que pode levar ao aumento da transmissão” reforça o secretário de Saúde.
  • 10 minutos salvam vidas

  • A melhor forma de se proteger contra as doenças causadas pelo mosquito é evitar que ele se desenvolva, ou seja, eliminar os focos de larvas. Medidas simples podem ser adotadas por todos, como:• Verificar se a caixa d’água está fechada e bem vedada;
    • Deixar as lixeiras tampadas;
    • Colocar areia nos pratos de plantas;
    • Recolher e acondicionar o lixo do quintal;
    • Limpar as calhas;
    • Cobrir piscinas;
    • Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários;
    • Limpar a bandeja externa da geladeira;
    • Limpar com esponja as vasilhas dos animais de estimação e trocar a água com frequência;
  • • Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado;
    • Cobrir bem a cisterna;
    • Cobrir bem todos os reservatórios de água.
  • Dez minutos por semana dedicados a evitar a dengue podem salvar vidas
  • Campanha de conscientização em ritmo de Copa do Mundo

    “Olha o vaso de planta juntando água na entrada da área. Vira, vira a garrafa. Que bela jogada!” É assim, em ritmo de narração de jogo de futebol, embarcando no clima da Copa do Mundo, que a nova campanha publicitária do Governo do Estado convoca a população fluminense a entrar em campo para combater o mosquito causador de dengue, zika e chikungunya.

  • A campanha começa a ser veiculada em rádios e TVs, além dos canais oficiais, nesta quinta-feira (27). São necessários apenas dez minutos por semana para eliminar os focos e reduzir o risco de uma epidemia no verão que se aproxima. Além da campanha de conscientização, as equipes da vigilância estadual atuam junto aos municípios apoiando no monitoramento das visitas domiciliares, pesquisa do índice de infestação para saber a quantidade de mosquito em cada localidade, distribuição de inseticida, entre outras ações.
    “O combate à dengue é um esforço coletivo do poder público e dos cidadãos. O Governo do Estado está mobilizando todos os recursos necessários em uma grande campanha de enfrentamento à doença. Em apenas dez minutos por semana, é possível dar conta dos focos do mosquito e deixar nossas casas mais seguras. Vamos trabalhar juntos com a população para vencer a luta contra a dengue“, declarou o governador Cláudio Castro.
  • Fonte: SES/RJ
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