Em reunião realizada nesta terça-feira (5), o Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro debateu e recomendou o retorno pleno das aulas presenciais em todas as unidades de ensino públicas ou particulares, nos diferentes níveis de educação. Para a decisão, os especialistas consideraram a melhora do cenário epidemiológico no Município do Rio, com menor taxa de transmissão e hospitalizações por covid-19, e o avanço da cobertura vacinal da população.

Para uma volta segura às escolas, está mantido o uso obrigatório de máscaras de proteção e a maior ventilação possível nos ambientes. As salas de aula poderão retornar às suas configurações iniciais, recuperando a capacidade de estudantes que acolhia no período anterior à pandemia. Casos de evasão escolar devem ser apurados por busca ativa dos alunos, atraindo-os novamente à rotina de estudos.

Outra pauta deliberada pelo CEEC, em sua 16ª reunião, foi a realização de celebrações de final de ano e de grandes eventos em 2022. Condicionadas ao avanço do cenário epidemiológico favorável e da continuidade da adesão do carioca à vacinação, festas como o réveillon e o carnaval poderão ocorrer sem medidas restritivas como distanciamento e uso de máscaras.

Baixos índices de vacinação na Região Metropolitana

Cidades da Região Metropolitana estão entre as que apresentam os mais baixos índices de vacinação contra a covid-19, no estado. A conclusão é do levantamento realizado pela Assessoria Fiscal da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), com base nos dados do Vacinômetro, do Ministério da Saúde.

No que se refere ao esquema vacinal completo, entre os dez com menor cobertura entre os municípios do estado estão sete da periferia: Itaboraí, Duque de Caxias, Japeri, Belford Roxo, São João de Meriti, São Gonçalo e Queimados – este com 14,50% dos vacinados, em último lugar.

O Estado do Rio de Janeiro é o 8º do país no ranking de população totalmente imunizada, com 39,1% de seus habitantes com esquema vacinal completo. O índice nacional é de 41,7%, segundo números atualizados em 28/09. Na análise do diretor-presidente da Assessoria Fiscal da Alerj, Mauro Osorio, os dados refletem a precariedade estrutural das cidades da periferia metropolitana do estado.

“Temos, na Região Metropolitana do Rio, uma falta de estrutura absurda. É importante analisarmos este fato, que tem reflexos na Saúde e nas demais, áreas, como Segurança Pública. Precisamos de políticas públicas para melhorar as condições destes municípios”, defende.

No comparativo das capitais dos estados em todo o país, a cidade do Rio de Janeiro aparece na 6ª posição, com 54,3% da população vacinada. Quando a avaliação envolve apenas os 92 municípios fluminenses, os três melhores colocados são Macuco – em primeiro lugar, com 78,76% dos completamente vacinados. Niterói, em segundo, com 62,59% e o Rio, em 3º, com 54,30%. O último lugar, com a pior cobertura é Macaé, com 10,78%.

Niterói serve de exemplo

Quando se leva em consideração os 76 municípios com mais de 100 mil habitantes nas regiões metropolitanas das capitais do Sudeste e do Sul, Niterói é a mais bem posicionada, com 62,59% de seus habitantes completamente imunizados. Neste recorte, a capital Rio de Janeiro vem em sexto, tendo 54,3% de sua população tendo recebido duas doses de vacina ou a dose única. Levando em consideração apenas os vacinados com a primeira dose, Niterói também lidera, 84,11%, e o Rio de Janeiro sobe para a terceira posição, 82,6%.

O secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, destacou que os baixos índices de vacinação em alguns municípios do estado se devem também a atraso nos registros feitos pelas prefeituras. “Alguns municípios vêm apresentando dificuldade na inserção dos dados, por conta de falta de pessoal. Cabe um esforço destas secretarias municipais de Saúde, para agilizar esse processo, dando mais transparência à vacinação, e se aproximando da realidade da imunização de cada um destes municípios”, explicou.

Com Assessorias

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