Revelação dos últimos carnavais, o ‘Bloco do Sai, Hétero!’ estreou em 2018 no Rio de Janeiro como uma resposta bem-humorada à discriminação sofrida por lésbicas, gays, travestis e transexuais. Aclamado no Carnaval de Rua de 2018 a 2020, com eventos que já reuniram mais de 30 mil pessoas, o bloco saiu das ruas em 2022 para apresentar seu camarote na Marquês de Sapucaí na sexta-feira (29), véspera do Desfile das Campeãs.

Ex-BBB, a transexual Ariadne Arantes é a rainha do Camarote do Sai, Hétero (Foto: Thiago Mattos / AgNews)
A atriz e ex-BBB Juliana Alves Camarote do Sai, Hétero (Foto: Thiago Mattos / AgNews)

Assim como o bloco, o camarote abraça, de forma leve, colorida e divertida como tem que ser, a causa da população LGBTQIA+ , numa verdadeira celebração à diversidade. E já se prepara para ‘fechar’ a Avenida em 2023.

Com uma festança para mais de 300 convidados, em parceria com o Camarote Lapa, o evento recebeu a atriz Juliana Alves como musa e a modelo Ariadna Arantes como rainha do bloco, ambas ex-integrantes do Big Brother Brasil.

O Portal ViDA & Ação esteve presente e registrou as cenas da festa em meio à muita alegria e sensação de libertação, após dois anos sem Carnaval e sob o clima pesado da pandemia, que impôs um luto coletivo que parecia quase interminável. E se depender de animação, 2023 já está logo ali e vem com tudo.

Ator Rodrigo França, um dos sócios do camarote Sai, Hétero (Foto: Ana Paula Macedo)

“Queremos um Carnaval que respeita as suas raízes, que prega a sua pluralidade, a diversidade, o respeito. Um carnaval do povo, cada vez mais”, antecipou Rodrigo França, cineasta, dramaturgo, filósofo, empresário e ator da segunda temporada da série Arcanjo Renegado.

França se tornou agora sócio do Camarote Sai, Hétero, ao lado do advogado e empresário Allex Cruz, do ativista e promotor de eventos Victor Ribeiro, e do publicitário e produtor Anderson Oliveira, com a proposta de profissionalizar o carnaval do ‘Sai, Hétero!’. A ideia é criar uma megaestrutura e buscar investidores para manter viva a mensagem social contra a LGBTIfobia e qualquer forma de discriminação contra minorias.

Rodrigo França, Allex Cruz e Anderson Oliveira se associaram para tocar o Camarote do Sai Hétero (Foto: Divulgação)

“Me sinto honrada com o convite de ser musa e colaboradora deste evento. Quero contribuir e fazer parte desta causa que defende a pluralidade e a diversidade. Estou de mãos dadas com meus irmãos. Declaro todo o meu amor e a minha empatia. E convoco a todos que prestigiem essa manifestação que é o ‘Sai, Hetero’. Que o projeto possa percorrer o Brasil”, declarou Juliana Alves.

Bloco já reuniu artistas consagrados

A ideia surgiu entre um grupo de amigos ativistas em prol da causa. A militância virou uma festa que ganhou uma mega proporção entre a sociedade carioca e começou atrair pessoas de todas as tribos, inclusive, heterossexuais. O que era uma manifestação de forma bem-humorada virou um grande negócio. Já passaram pelo bloco artistas consagradas, como exemplo, Lexa, Rebecca, Pocah, além de inúmeros DJ e personalidades da noite gay.

“O bloco é quase um universo paralelo, um mundo ideal onde a diversidade se encontra para festejar. Junto com os meus sócios queremos trazer o que há de melhor em entretenimento visando a pluralidade”, conta Rodrigo França.

O ator Silvero Pereira também prestigiou o Camarote do Sai, Hétero (Foto: Thiago Mattos / AgNews)

“Estamos trazendo o conceito do Sai, Hétero! pelo primeira vez para a Sapucaí. Em 2023, no próximo carnaval, o camarote vai ser a nova sensação da festa”, explica Allex Cruz, um dos sócios da marca.

O evento open bar também ofereceu jantar premium, e a mesa de docinhos finos foi um sucesso, macarrons, pipocas gourmet e até o tradicional ‘cajuzinho de amendoim’ fez a alegria de anônimos, influenciadores e famosos, que passaram por lá.

Igor Rickli, Aline Wirley, Silvero Pereira, Rainha Matos, Cariúcha, Sérgio Loroza, Suzy Brazil, Marcela Porto, Gabô Pantaleão Beni Falcone e o chef João Diamante estavam entre os diversos famosos que se divertiram na festa de estreia nas cores do arco-íris e com todas as bandeiras LGBTQIA+.

“A ideia é criar uma megaestrutura e buscar investidores para manter viva a mensagem social contra a fobia LGBT e qualquer forma de discriminação contra minorias”, disse Rafael Gomes como assessor e promoter do evento.

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