Que a atividade física faz bem para prevenir e tratar o câncer de mama muita gente já sabe. Mas um esporte em especial vem chamando a atenção quando o assunto é a doença. Estudos revelam que a canoagem pode trazer benefícios na reabilitação de mulheres que tiveram câncer de mama. Estudos do médico canadense Donald (Don) McKenzie, em 1995, deram origem ao movimento global Dragon Boat, uma modalidade de remo milenar de origem chinesa, que tem sido aliada na recuperação física e emocional da paciente com câncer de mama.

As pesquisas de McKenzie desafiaram a visão da época de que a prática de atividade física resultaria em linfedema para sobreviventes de câncer de mama. Em seu estudo com 24 pacientes inscritas por seis meses em um programa de remo de Dragon Boat, ele provou que a atividade era altamente benéfica para essas pacientes, evitando, inclusive, o desenvolvimento de linfedema. No Brasil, o movimento está presente em todas as regiões do país, com 21 equipes.  No mundo são 6 mil remadores, em 24 países.

Fundadora do Instituto Umauma, uma entidade sem fins lucrativos que promove a atividade, Alessandra Rodrigues é formada e pós-graduada em Educação Física e percorreu uma vitoriosa carreira como atleta olímpica de canoagem. Uma lesão no braço interrompeu a carreira da atleta. No entanto, depois de um período de recuperação, Alessandra voltou a competir e segue até hoje no esporte.

Em 2018, formei a equipe UmaUma Dragon Boat Brasil, em São Paulo, porque me apaixonei pelo esporte e sabia que esta atividade poderia ajudar as pacientes. Inclusive minha mãe que havia sido diagnosticada com câncer de mama em 2016, pratica o esporte até hoje, com 82 anos”, afirma.

Para participar da equipe UmaUma Dragon Boat Brasil, a paciente precisa de liberação do médico assistente. Não é necessário saber nadar, todas passam por avaliação e são monitoradas e orientadas pela equipe de voluntários do Instituto UmaUma, formada por fisioterapeuta, nutricionista, educador físico, psicóloga, professor de natação. O instituto realiza seu trabalho com ajuda de voluntários, parcerias e doações.

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Ex-paciente criou projeto que incentiva canoagem em Niterói

Em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, o esporte também vem conquistando muitas sobreviventes do câncer de mama, por meio do Brio, um projeto social idealizado pela mineira e remadora Cris Berton, que enfrentou a doença, e com sua experiência canalizou como uma oportunidade para auxiliar outras pessoas em situações parecidas.
Com o apoio de muitos voluntários, incluindo sua amiga e incentivadora Verônica Souza, Cris concebeu o Projeto Brio. A iniciativa tem o foco de oferecer esperança, motivação e recursos para pacientes e sobreviventes, utilizando o esporte como uma ferramenta de conscientização contra o câncer.
Nos últimos quatro anos, o projeto realiza o Remadas Rosa e Azul, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a prevenção dos cânceres de mama e de próstata.  “É bom lembrar que não só as mulheres são acometidas pelo câncer de mama. Essa doença também atinge os homens”, destaca o secretário municipal de Esporte e Lazer, Rubens Goulart.

Agenda Positiva

Projeto em Niterói promove Remadas Rosa e Azul

No feriado desta sexta sexta-feira (15), Niterói recebe a quarta edição da Remadas Rosa e Azul.  A partir das 7h30, na Praia de Charitas, próximo ao gramadão, remadores em canoas polinésias participarão da ação organizada pelo Projeto Brio, com apoio da Prefeitura de Niterói
Além da canoas, atrações como a banda VA’A Surf Band, o cantor Raphaello Mazzei, a bailarina e professora de Hori Tahiti e Hula Priscila Ribeiro, ainda sorteio de brindes, mesa de frutas e expositores farão parte da edição de 2024.

Com assessorias
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