4 mitos e verdades sobre o câncer de ovário

Especialista esclarece as principais dúvidas relacionadas à doença que pode ter 6 mil casos a cada ano no Brasil e costuma ter difícil diagnóstico na menopausa

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Você pode não saber, mas o câncer de ovário está entre os dez tipos de tumor mais comuns estando entre as principais causas de morte relacionadas às mulheres. Isso está ligado ao fato de que 70% dos casos são diagnosticados em estágio muito avançado ou com metástase (quando a doença já atingiu outros órgãos).

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2018 foram registrados 6 mil novos casos de câncer de ovário no Brasil aproximadamente. O número é muito inferior ao número de mulheres com diagnóstico neste mesmo ano de câncer de colo de útero (16.370 mulheres) e de mama (59.700 mulheres).

Porém, este é um tumor que não pode ser facilmente diagnosticado e ocorre principalmente em mulheres durante a menopausa. O risco de desenvolver este câncer ao longo da vida é de 1,3%.

Os tumores ovarianos podem ser decorrentes da predisposição genética hereditária, herdada de pai ou mãe, ocorrendo em 15% dos casos do câncer , porém especialistas ressalvam que cerca de 1/3 das pacientes portadoras da mutação do gene BRCA (principal gene envolvido no surgimento desta enfermidade) não apresentam sequer um familiar portador de câncer.É por este motivo que ao se realizar o diagnóstico de câncer de ovário, todas as mulheres devem ser testadas geneticamente.

Neste 8 de maio é lembrado o Dia Internacional de Conscientização sobre o Câncer de Ovário, data criada por varias ONG’s internacionais para levar mais conhecimentos sobre a doença no mundo. O ViDA & Ação traz alguns mitos e verdades esclarecidos com a oncologista Michelle Samora, do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho, em apoio à campanha mundial da conscientização do câncer de ovário.

1- Durante a idade fértil (antes da menopausa) as mulheres não desenvolvem câncer de ovário.

Mito: Esse tipo de câncer é realmente mais comum em mulheres que já estão na menopausa, acima de 50 anos, mas isso não é uma regra. Recomenda-se que durante a idade fértil, as mulheres mantenham acompanhamento ginecológico regular, não apenas em razão do câncer de ovário, mas também para prevenção do câncer de colo de útero e avaliação de doenças sexualmente transmissíveis.

2- Tomar pílula diminui as chances de câncer nos ovários?

Verdade: Estudos apontam que mulheres que fazem uso de medicamentos anticoncepcionais têm menos chances de desenvolver câncer nos ovários, mas não significa que quem toma ou tomou anticoncepcional não terá a doença.

3- Cisto no ovário é câncer!

Mito: Definitivamente ter um cisto não significa ter um câncer. Mas é importante que a mulher que tem um cisto faça acompanhamento médico para que seja tratado corretamente e, dependendo do caso, removido.

4- Os sintomas do câncer de ovário são discretos.

Verdade: no estágio inicial da doença os sintomas são bem discretos, mas podemos considerar os sinais abaixo como um alerta:

Aumento desproporcional na vontade de urinar;

Dores na região abdominal;

Indigestão;

Cansaço intenso e sem motivo aparente;

Sangramentos vaginais anormais;

Rápida perda de peso.

 

 

 

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