Excesso de peso aumenta risco de desenvolver 13 tipos de câncer, alerta Inca

Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

criança-refrigerante

Aproximadamente 13 em cada 100 casos de câncer no Brasil são atribuídos ao sobrepeso e obesidade, sugerindo uma carga significativa de doença pelo excesso de gordura corporal. Pessoas acima do peso correm o risco de desenvolver 13 tipos de câncer: esôfago (adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo – doença que levou à morte, nesta sexta-feira (4 de agosto), o cantor e compositor Luiz Melodia. O sobrepeso e a obesidade possivelmente  estão associado também aos cânceres de próstata (avançado), mama (homens) e linfoma difuso de grandes células B.

É o que revela o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), em posicionamento lançado nesta sexta-feira, em alusão ao Dia Nacional da Saúde (5 de agosto). Segundo o órgão do Ministério da Saúde responsável por ações de prevenção de neoplasias malignas, as práticas alimentares não saudáveis e a exposição precoce ao sobrepeso e obesidade atuam diretamente sobre o risco de câncer pelo efeito cumulativo dos fatores carcinogênicos. O alerta é importante para sensibilizar a população de que as medidas efetivas para a prevenção e controle do sobrepeso e obesidade contribuem, consequentemente, para a prevenção do câncer.

Crianças expostas a doces e refrigerantes estão mais suscetíveis

Outra questão preocupante, de acordo com a nota do Inca, é a alimentação das crianças, com consumo de açúcar constante. Pesquisa Nacional de Saúde (2013) mostrou que a cada 10 crianças menores de dois anos, cerca de três já tomaram refrigerante ou suco artificial, três consumiram doce, bala, ou outros alimentos com açúcar e seis comeram biscoitos ou bolos.

“A infância e adolescência são períodos críticos do desenvolvimento em que, além da formação de hábitos de vida, a exposição a determinados fatores de risco pode afetar a saúde do adulto”, destaca o documento, ao alertar para o fato de que o excesso de peso corporal nestas fases da vida aumenta o risco de obesidade e/ou câncer na fase adulta. Também destaca que a obesidade infantil não apenas compromete o bem-estar físico, como também o social e psicológico das crianças.

Para a nutricionista Maria Eduarda Melo, responsável pela área Unidade Técnica de Alimentação, Nutrição e Câncer do Inca, o texto apoia medidas intersetoriais de regulação de alimentos que objetivam a prevenção e o controle do excesso de peso corporal, com o reconhecimento que tais medidas convergem para a prevenção do câncer.

Entre as medidas ela destaca “o aumento da tributação de bebidas açucaradas e adoçadas com adoçantes não calóricos ou de baixa caloria; restrição da publicidade e promoção de alimentos e bebidas não saudáveis dirigidas ao público infantil; restrição da oferta de alimentos e bebidas ultraprocessados nas escolas e aprimoramento das normas de rotulagem de alimentos com vistas a deixar a informação mais compreensível e acessível ao consumidor”.

 Mais sobre o documento

O documento lançado pelo Inca tem como base o Relatório da Comissão para o Fim da Obesidade Infantil da Organização Mundial de Saúde (OMS), no plano de implementação do relatório discutido na Assembleia Mundial da Saúde em 2017, e no Plano de Ação para a Prevenção da Obesidade em Crianças e Adolescentes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS, 2014). O texto está alinhado ainda aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável adotados pela Assembleia Geral das Nações Unidas e ao Plano de Ação Global para Prevenção e Controle de Doenças Não-Transmissíveis (2013-2020) da OMS.

O documento oficial está disponível em http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/comunicacao/posicionamento_inca_sobrepeso_obesidade_2017.pdf

Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

You may like

In the news
Leia Mais
× Fale com o ViDA!