Quantos anos mais você quer viver? E quantos você realmente vai viver? Por enquanto, ninguém tem resposta para a segunda pergunta, mas se você respondeu que pretende viver até os 90 anos ou mais, pode ser que você esteja certo. Tudo vai depender do quão saudável e ativa é a sua vida hoje.

Com ajuda da inteligência artificial, já é possível ao menos ter uma ideia de quantos anos de vida você terá, a apender das suas escolhas atuais. É o que promete sinalizar o Indicador de Longevidade Pessoal (ILP), uma ferramenta lançada esta semana pelo Grupo Bradesco Seguros que permite mapear hábitos fundamentais que impactam na nossa qualidade de vida e, consequentemente, na nossa longevidade.

Inédito, o ILP Foi criado pelo Instituto Locomotiva, a partir de uma pesquisa que mediu seis importantes indicadores: saúde física, saúde mental, interações sociais e meio ambiente, cuidados de saúde e prevenção, atitudes em relação à longevidade e, por último, finanças. Sim, porque, sem um ‘pezinho de meia’, fica mais difícil pensar em ter uma vida mais longa, ativa e saudável.

Aliás, as finanças se mostraram o principal desafio da longevidade para os brasileiros: somente quatro em cada 10 entrevistados possuem reserva financeira para a aposentadoria. Ainda assim, quase metade (49%) considera que suas atitudes financeiras contribuem para a longevidade.

Saúde mental e alimentação preocupam

Cada vez ocupando mais espaço nos debates, a saúde mental também foi um pilar com baixo desempenho na pesquisa. Apesar de 61% das pessoas considerarem que suas ações com a saúde mental contribuem muito para a longevidade, apenas 29% afirmam ter muitas oportunidades para realizar atividades de lazer.

Embora o brasileiro demonstre preocupação com os cuidados com a saúde, comumente associados à longevidade, a pesquisa destaca alguns recortes negativos. Mais da metade (52%) das pessoas entre 18 e 29 anos buscam atendimento de saúde apenas quando estão com muito incômodo/problemas graves de saúde.

No quesito alimentação, a situação também é preocupante: menos de um terço da população come três ou mais porções de frutas, legumes ou verduras por dia. Nas classes D e E, 10% não costumam consumir estes alimentos. Segundo o estudo, a sociedade ainda não atribui às pessoas idosas conceitos como vida social ativa: 80% dos respondentes associa essas ideias a conceitos conservadores.

Uma curiosidade: ao contrário do que muita gente pensa, 65% do público 50+ afirmaram estar satisfeitos com suas relações pessoais, enquanto os jovens de 18 a 29 anos, comumente associados a uma vida social ativa, mostraram que têm mais frustrações nessa área: 19% não estão satisfeitos com suas relações pessoais.

O ILP veio para desmistificar algumas percepções. Dados da pesquisa mostram que as pessoas mais velhas são mais ativas e exemplares que os jovens em diversos aspectos”, avaliou o médico gerontólogo Alexandre Kalache, de 78 anos.

Outra  boa notícia na pesquisa é que, na contramão de muitas atitudes etaristas que se vê por aí, 71% dos entrevistas acreditam que as pessoas mais velhas são fontes de inspiração e 89% concordam que elas têm muito a ensinar aos mais jovens.

Maioria dos brasileiros desconhece o conceito de longevidade

Mas ainda existe um longo caminho para o brasileiro seguir quando o assunto é longevidade e planejamento de vida. A  pesquisa traz um desafio: apenas 38% dos brasileiros entendem totalmente o conceito de longevidade que, segundo Kalache, é baseado em quatro importantes pilares – saúde, relações sociais, meio ambiente e finanças.

No Brasil, 9 em cada 10 pessoas dizem ter algum conhecimento sobre o conceito de longevidade, mas apenas 38% declaram saber exatamente o seu significado. Apesar de apenas 46% avaliarem o tema como uma prioridade pessoal, 8 em cada 10 pessoas têm interesse em adquirir mais conhecimento sobre longevidade.

O ILP se torna ainda mais relevante, ao proporcionar uma visão holística de qualidade de vida e sua manutenção com o passar da idade”, diz a superintendente de Comunicação do Grupo Bradesco Seguros, Regina Macedo. “Mais do que uma pesquisa, o ILP é um legado para a população, colocando a longevidade em pauta com mais profundidade e cuidado”, finaliza.

Média da população no indicador é de 64 pontos

Em uma escala de 0 a 100, que avalia parâmetros desde saúde física e mental a interações sociais e educação financeira, a média da população brasileira é de 64 pontos – ressaltando que há espaço para melhorias em termos de conhecimento e atitudes para uma vida mais longeva.

A propósito, ILP desta que vos escreve deu 65, apenas um ponto acima da média nacional. Mas o bom é que há espaço para melhorar. E é o que pretendo fazer: repetir o teste, após a retomada de alguns hábitos importantes que poderão alterar esse resultado. Previdente, com razoável acesso a serviços e boa qualidade de vida na faixa dos 50 anos, ainda preciso caprichar em aspectos como atividade física e alimentação – “casa de ferreiro, espeto de pau”?

Então, ficaram curiosos em saber como o Indicador da Longevidade Pessoal funciona? Basta clicar aqui e fazer o teste gratuitamente para descobrir o seu ILP. E o melhor de tudo: nunca é tarde para mudar e fortalecer – ou mesmo iniciar – a sua jornada para o envelhecimento saudável – o seu novo tempo começa agora. Afinal, quem não quer viver mais e melhor?

*A jornalista Rosayne Macedo viajou a São Paulo para o Fórum da Longevidade 2024 a convite da Bradesco Seguros.

 

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