Roberta Santos Cruz
Roberta perdeu 45 quilos com bariátrica, mas só depois da plástica passou a gostar do seu corpo.(Fotomontagem: Acervo pessoal)

Roberta Santos da Cruz sempre foi uma pessoa acima do peso, porém, em outubro de 2014 chegou ao limite: 120 quilos. “As atividades mais simples eram difíceis para mim. Não fazia minha unha do pé, não me levantava sem apoio, não corria”. Assim como Maria Bernadete relatou aos leitores do Vida & Ação, ela tinha vergonha de ficar presa na roleta do ônibus. Evitava sentar no canto para não ocupar todo o espaço”, conta a moça. Ela relembra um episódio infeliz pelo qual passou no trabalho. “Uma vez passei mal e, ao ser socorrida pelo bombeiro, fui colocada em uma cadeira de rodas. Na hora em que o táxi chegou, fiquei entalada na cadeira”.

Roberta se submeteu à cirurgia bariátrica e conseguiu perder 45 quilos. Mas isso não resolveu seus problemas com autoestima. “Depois da bariátrica fiquei me achando mais feia que antes. Morria de vergonha do marido, coisa que não sentia quando era gorda. O peito era uma derrota total”, conta. Foi na cirurgia plástica que ela encontrou a solução para a mudança que tanto desejava em seu corpo. “Hoje, com 65 quilos, tenho plena noção de que as plásticas de seios e a abdominoplastia 360 mudaram a minha vida”, releva Roberta.

Pós-bariátrica: emagrecer não termina na mesa de cirurgia

Muito além da questão estética

Não são poucos os casos de pessoas que, ao passarem por processos de grande perda de peso, seja através da cirurgia bariátrica ou por outro motivo, acumulem muita quantidade de pele na barriga, braços e em outras áreas do corpo. Ao contrário do que se pensa, este problema não é meramente estético. Correspondente a 16% do peso corporal, a pele tem funções importantes como térmica, de defesa orgânica e proteção e é vital para a sobrevivência do corpo humano.

No caso das cirurgias bariátricas, onde se chega a perder de 40 a 50% do peso, a cirurgia reconstrutora, muitas vezes até chamada de higiênica, é essencial para se restabelecer a qualidade de vida e terminar um longo processo que se inicia na gastroplastia. Segundo o cirurgião plástico Victor Varela, a correção das deformidades geradas pelo grande emagrecimento, através da retirada do excesso de pele e remodelamento corporal, eleva a autoestima e proporciona qualidade de vida ao paciente.

“Hoje em dia, o bem estar é cada vez mais importante. Todos querem não só viver mais, mais viver bem e, nesse sentindo, a cirurgia plástica pós-bariátrica é um grande aliado na busca por esse objetivo”, afirma Varela. Diretor da Clínica Varela, no Rio de Janeiro, ele é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica-RJ e especializado em cirurgias pós-bariátricas.

Entre as intervenções mais procuradas por quem faz a bariátrica destaca-se a abdominoplastia. Em seguida está a mamoplastia, com ou sem o uso de próteses de silicone e a correção da flacidez nos membros superiores e inferiores. Quando o procedimento é realizado em uma área menor, pode existir a possibilidade de fazer duas correções de uma vez só como, por exemplo, mama e braço. “Elas são associadas, pois estão no mesmo segmento corporal e apresentam uma recuperação parecida. A única exceção fica a cargo da abdominoplastia”, finaliza.

Fonte: Clínica Varela

 

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