Um emocional fragilizado, um gerenciamento das emoções deficiente e uma saúde mental em desequilíbrio, certamente, influenciam tomadas de decisões, relações interpessoais e o comportamento humano, de uma forma geral. Não temos dúvidas que o emocional está sempre interferindo nas nossas respostas e entregas cotidianas.

E com o dinheiro não é diferente. É evidente que os desafios financeiros vão muito além de números e orçamentos; eles estão, profundamente, conectados com nossas emoções e nossas crenças. Tanto que, quando agimos de forma impulsiva, geralmente, colhemos muitos prejuízos e um deles pode ser diretamente traduzido nas finanças.

Dinheiro é emocional! E esse é um princípio básico de gerenciamento das finanças pessoais, que pode ser amenizado através do autocontrole, do autoconhecimento e também do melhor gerenciamento das emoções.

Isso acontece porque o estresse, o medo, a insegurança e a ansiedade, e até mesmo a necessidade de recompensa imediata, que é muito inerente aos indivíduos, influenciam diretamente em suas decisões financeiras.

Estudos mostram certos padrões emocionais que estão por trás dos gastos financeiros. E para melhor entender essa dinâmica, o primeiro passo é refletir, sendo bastante honesto nessa reflexão, se os gastos ou parte do que se gasta com o dinheiro, é baseado nas emoções. Estou gastando porque preciso, ou por estar afetado por alguma emoção?

Essa análise faz todo sentido, quando entendemos que as nossas emoções interferem na nossa capacidade de tomar decisões, diminuindo ou impedindo a realização de metas e sonhos, potencializando impulsos que são refletidos por consumos e gastos financeiros em excesso.

Nesse momento, o bom senso é ofuscado, pela falta de inteligência emocional, que estimula as emoções a assumirem o controle da situação. E o resultado se reflete nas compras por medo, culpa, tristeza ou para apenas se colocar em um patamar de igualdade ou superioridade em relação a alguém com que se esteja buscando comparações.

Nossas finanças são um reflexo direto das crenças e padrões mentais que carregamos. Ou seja, a maneira como lidamos com o dinheiro revela o que acreditamos sobre ele, desde a infância.

O dinheiro, portanto, é um espelho das nossas emoções, tanto que ao estarmos envolvidos por emoções negativas, a tendência é que, despertados por sentimentos, como  insegurança, ambição, euforia e até mesmo bloqueios internos, somos dominados pelo “TER” e esquecemos da importância do “SER”. Repetindo assim, padrões emocionais de escassez e distorção em relação às conquistas monetárias.

Enfim, fica claro que, assim como nossas emoções influenciam na relação com os alimentos, nas relações pessoais, na relação com o “eu”, também irão interferir, profundamente, no padrão dos gastos financeiros. Por isso, é preciso criar consciência e mudar essa realidade financeira, reprogramando a mentalidade, transformando e quebrando os ciclos viciosos em relação ao dinheiro.

Emocionalmente, temos que estar alinhados com o que se deseja conquistar, sendo capaz de interromper e quebrar os estigmas que limitam, Dando a partida para a construção de uma relação saudável com as finanças.

Porém, essa mudança só acontece quando nos permitimos revisitar crenças, emoções e comportamentos. E quanto mais cedo abraçarmos essa verdade, mais poderemos usar o dinheiro como uma ferramenta para a liberdade e realização, e não apenas como uma fonte de preocupação e ansiedade.

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