Com 117 cm de bumbum, inflado por pelo menos dois litros de silicone e hidrogel, a influencer Juju Ferrari, de 37 anos, recebe inúmeros comentários de haters sobre o seu corpo nas redes sociais. “Todos os dias dezenas de pessoas se sentem no direito de me insultar e me ridicularizar”, desabafa. O principal alvo das críticas é o bumbum, motivo de incômodo também para Juju, que revela já ter gasto muito dinheiro em procedimentos nesta parte do corpo.

Gastei mais de R$50 mil para aumentar o meu bumbum, porém, o procedimento deu errado. Passei por problemas devido à cirurgia realizada por uma pessoa sem ética e sem profissionalismo. O que pude fazer foi tentar reverter o caso. Mas não consigo simplesmente voltar a ser como era antes, assim, de repente”, lamenta a influencer, que tem quatro filhos.
O primeiro procedimento foi realizado em uma clínica clandestina com uso de hidrogel, o que resultou em complicações que, posteriormente, Juju tentou solucionar. Hoje, a influencer faz uso de fios de sustentação para tentar “dar um jeito”. Segundo ela, “deve ter mais de um litro de produto em cada glúteo”.

Teve aplicação de PMMA. Fiz o preenchimento por três vezes, a primeira em São Paulo, em 2019. O médico não me falou exatamente qual era o material, mas eu presumo que tenha sido silicone industrial. A segunda vez foi no Rio de Janeiro, com uma pessoa até conhecida, usando o hidrogel. Daí acabou misturando os dois produtos”, revela.

Questionada por ViDA & Ação, Juju conta que não chegou a processar o profissional que fez o procedimento por um simples fato: ele desapareceu. “O problema demorou algum tempo para aparecer e eu não tinha mais contato com o profissional. Ele nunca foi localizado”, afirma ela, desolada.

Mas por que a influencer procurou uma clínica clandestina? “Foi ingenuidade, eu tinha ‘amigas’ que já tinham feito nesta clínica e então resolvi ir pela cabeça delas”, contou.

Críticas abalam autoestima: como lidar?

Juju Ferrari, influencer e mãe de 4 (Foto: Thaynara Rodrigues – CO Assessoria)

Juju Ferrari demonstra estar emocionalmente abalada com os ataques dos haters. Ao publicar vídeos recentes em uma praia de Fortaleza ou enquanto provava roupas no espelho, a influencer foi bombardeada no Instagram, rede em que ela acumula quase oito milhões de seguidores. Entre as opiniões alheias, os comentários se baseavam diretamente na aparência do bumbum.

Parece que tá de fralda”, “De ferrari não tem nada tá mais pro tanque de guerra”, “A impressão que tenho que essa bunda dela vai cair”, “Ela já teve um corpo muito bonito acabou exagerando na proporção!!!!”, “Puts lembrei agora que meu sofá ta sem almofada!!”, foram alguns deles.

Segundo a influencer, as críticas sobre a aparência física, infelizmente, ainda são comuns na rotina das mulheres, mas quem trabalha com a internet a situação fica ainda mais alarmante. Juju conta que, independentemente da roupa que vestir, as suas fotos e vídeos são alvo de comentários pejorativos e eles vêm de homens e mulheres.

Noto que as críticas chegam de todos, eles falam mal do meu bumbum, reclamam sobre as minhas pernas e dizem constantemente que preciso fazer algo para mudar. Para uma pessoa com a autoestima abalada, isso é muito doloroso. Por isso tento sempre focar em respostas boas de pessoas queridas e relevo a maldade dos outros. Me sinto muito bem da forma que sou”, explica.

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‘Há anos fiz o que não deveria e agora estou tentando consertar’

Em agosto, Juju Ferrari surpreendeu seus 8,5 milhões de seguidores no Instagram ao revelar que estava internada em um hospital de São Paulo para se submeter a uma cirurgia de drenagem de silicone. Em uma série de posts em seu perfil nas redes, Juju compartilhou detalhes sobre a cirurgia, explicou o processo e as medidas do pós-operatório.

Ela disse ainda que a decisão tem o objetivo de alcançar o melhor resultado na aparência de seu bumbum, uma vez que já passou por graves problemas decorrentes da aplicação de silicone industrial na região. Juju é alvo de constantes críticas nas redes devido à aparência dos seus glúteos.

Vivem me julgando e reclamando do formato do meu bumbum. Há anos fiz o que não deveria e agora estou tentando consertar. Mas o bumbum é meu, quem precisa se preocupar com ele sou eu”, declarou a loira.

O relato da influencer gerou um burburinho nas redes e levantou o debate sobre os riscos associados a procedimentos cirúrgicos. Além disso, revisitou a importância de pesquisar e consultar profissionais competentes, ou seja, se preocupar com a saúde antes e depois cuidar da estética.

Me sinto pronta e sei que voltarei ainda mais feliz e bonita da mesa de cirurgia. O processo para a recuperação é rápido e o pós-operatório é bem tranquilo. Preciso apenas ficar em repouso por alguns dias, tomar algumas medicações apropriadas e não realizar muitos esforços físicos. Ficarei quietinha por um tempo, mas daqui a pouco tudo volta ao normal. Quero muito ver esse resultado logo e mostrar para vocês, é claro”, contou a influencer.

Morte de ex-sósia de Kim Kardashian por complicações de cirurgia plástica

Em abril deste ano, Juju Ferrari ficou muito abalada com a morte de Christina Ashten Gourkani e  mostrou seu apoio e solidariedade com uma contribuição de $500 dólares para o funeral da sósia de Kim Kardashian. Ela morreu devido à parada cardíaca após complicações com nova cirurgia plástica. Para a realização de seu funeral, a família da musa do OnlyFans abriu uma vaquinha online.

Juju Ferrari diz ter se comovido com o falecimento de Christina pois já viveu complicações com cirurgias, assim como ela. A influencer é conhecida por suas cirurgias plásticas, principalmente por ter aumentado o tamanho de seus glúteos. Ela também já passou por outras intervenções estéticas, como redução de curvas, lipoaspiração e preenchimento labial.

Em um momento de luto, a atitude de Juju Ferrari em contribuir para o funeral de Christina Ashten Gourkani é uma mostra de empatia. “Assim com ela (Christina) eu sou fã da Kim Kardashian, então era mais uma coisa que a gente tinha em comum. Que essa tragédia sirva como um alerta para a importância da segurança nas cirurgias plásticas e para a valorização da nossa vida“, conclui Juju.

Cirurgião plástico alerta para procedimentos enganosos

O caso da influencer Juju Ferrari – que já se submeteu a vários procedimento para corrigir a aplicação de substâncias que geraram sérios problemas de saúde – não é o único. Frequentemente a internet traz histórias de procedimentos estéticos mal feitos que resultam até mesmo em deformação de partes do corpo. 

Mulheres das mais variadas idades que praticam exercícios de hipertrofia para os glúteos por muitos anos até recorrerem a algum procedimento para aumento da região é uma realidade constante nos consultórios de cirurgiões plásticos.

O grande problema está quando essas mulheres se deixam levar por procedimentos enganosos”, alerta o cirurgião plástico André Ahmed, especialista em gluteoplastia e membro da  Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC).

Dr. André comenta que há pacientes em busca de procedimentos mais baratos, em detrimento da própria segurança. “Muitas dessas mulheres que buscam por esses procedimentos, muitas vezes realizados por não médicos em ambientes precários, sabem o risco que estão correndo”, destaca.
Para o especialista, a batalha contínua é por tentar alertar as mulheres a não caírem nessa “roubada”.
Devemos nos esforçar para conscientizar o máximo de pessoas possível sobre os riscos inerentes à injeção de substâncias de preenchimento não biocompatíveis em grande quantidade nos glúteos. Isso inclui também silicone industrial”, explica.
Ele ressalta que alguns procedimentos expõem a paciente a riscos. “Exemplo: o uso de PMMA em grande quantidade nos glúteos. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprova o uso de PMMA apenas em pequenas quantidades no rosto, mas proíbe a utilização em grande volume, como é feito nos glúteos, procedimento esse também conhecido como bioplastia”, explica Dr. André Ahmed.
Dr. Ahmed alerta contra o uso de certas substâncias para fins estéticos.  “Em relação ao uso de substâncias de preenchimento não biocompatíveis, como PMMA (polimetilmetacrilato) e o silicone industrial, jamais se deve aceitar esse tipo de coisa em seu corpo. Até porque, se houver alguma reação adversa com esses produtos, não existirá uma solução definitiva”, afirma.
PMMA – a sigla para polimetilmetacrilato, também conhecido como metacril – é uma substância derivada do acrílico, não biocompatível, e que, mais cedo ou mais tarde, pode provocar reações inflamatórias no paciente.
O maior problema está no fato de que, quando ocorre uma complicação, não há como resolver de forma simples. A substância não é absorvível e fica entremeada e agarrada nos tecidos. Isso faz com que, muitas vezes, a solução seja uma cirurgia mutiladora, retirando-se em bloco os tecidos que contêm o produto”, explica o cirurgião.
Com Assessorias (atualizada para incluir o novo procedimento de agosto de 2023)
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