O confinamento que passamos por um bom tempo, imposto pela pandemia de Covid-19, deixou algumas sequelas emocionais bem limitantes. Percebo que algumas pessoas estão apresentando sintomas fóbicos, tais como medo de sair de casa, de se relacionar, de doença, de tomar vacina ou injeção, de ir ao médico, de farmácia… Medo de retomar a sua vida normal.

O que antes da pandemia era uma tarefa simples, se tornou algo complexo. Enfim, são medos exagerados que estão dominando e impossibilitando os seres humanos de viver a vida natural e plenamente, como era antigamente. Mas antes de falar sobre fobia é importante esclarecer a diferença entre medo e fobia.

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Diferenças entre medo e fobia

O medo é da natureza do ser humano, tem a ver com a preservação da espécie. Precisamos ter medo para estarmos vivos. Muitas vezes não nos colocamos em situações de perigo ou risco porque temos medo. Esse tipo de medo é saudável, ele nos protege. Mas, nas fobias, o medo é incapacitante, é um medo além da conta, incontrolável e desmedido.

As fobias são classificadas em específicas e sociais. A fobia é um transtorno de ansiedade que, como o próprio nome já diz, transtorna a nossa vida. É definido pelo persistente e excessivo medo de pessoas, objeto, animal ou situação, um sentimento de pânico incontrolável, terror ou temor em relação a uma situação de pouco ou nenhum perigo real.

Apesar de as causas da fobia não estarem totalmente esclarecidas, sabe-se que pode ter uma ligação bastante direta com traumas e situações passadas. Afinal, a maioria dos problemas emocionais e comportamentais ocorre por situações enfrentadas no decorrer da vida.

Durante a crise há o aparecimento de algumas reações físicas e psicológicas, como taquicardia, sudorese, boca seca, tensão no corpo, dificuldade para respirar, sensação de pânico e ansiedade intensos.

Sintomas e tipos de fobias

É muito comum que os sintomas físicos estejam acompanhados de muito medo, uma apreensão ou sensação de que alguma coisa muito ruim irá acontecer a qualquer momento e pensamentos catastróficos.

O indivíduo que apresenta o quadro fóbico pode prejudicar o desempenho no trabalho, nos estudos e nos relacionamentos. É  um transtorno que dificulta e vai limitando as possibilidades de vida da pessoa. Pois, mesmo sabendo que o medo que sente é irracional e exagerado, não consegue controlar.

Os tipos mais comuns de fobia são: fobia de pessoas, doenças, avião, dirigir, elevador, trovão, altura, água, lugar fechado, bichos (cobras, gatos, cachorros, ratos, aves, lagartixas e outros), insetos (baratas, aranha e outros), morte, internação, fazer exame ressonância magnética, injeção, sangue e outros.

O que fazer, como lidar?

Para a pessoa que está passando por uma situação de fobia, é importante buscar ajuda profissional, o tratamento pode ser psicológico e, em alguns casos, quando necessário, psiquiátrico, somente um médico pode prescrever remédio.

Por meio do atendimento com um psicólogo, ele irá trabalhar sentimentos e emoções que podem diminuir a intensidade do medo. Quando isso acontece, a ansiedade diminui significativamente e a pessoa passa a lidar melhor com o que lhe causava pavor, neutralizando a emoção e melhorando a qualidade de vida.

A pandemia está controlada, vamos resgatar a nossa vida e alegria de viver! Precisamos investir na nossa saúde mental, sair de casa e fazer nossas atividades como antes. 

Leia outros artigos nossos no ‘Palavra de Especialista’

 

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1 Comment
  • João Ricardo Quintal
    26 de julho de 2023 at 02:50

    Excelente Artigo. Ele ao mesmo tempo esclarece sobre a saúde mental pós covid como também nos convida a retornar as nossas atividades normais no pós covid.

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