Há três domingos (6 de maio), falei sobre a necessidade de adotarmos a resiliência e a perseverança como receitas para nosso bem-estar e indiquei dois livros que poderiam ajudar a receita a não desandar: 365 reflexões para viver, da psicóloga Flavia Melissa, e Desvende o poder da inteligência espiritual, do economista Djalma Pinho.
Hoje, quero falar de dois exemplos concretos de resiliência e perseverança, diante de duras adversidade, que viraram livros: O de Carolina Magalhães, que escreveu sua história em ‘Mas nem parece que você tem câncer’, para encorajar pacientes com câncer de mama, inspirar pessoas e agradecer pela vida, e o de Léo Alves, com ‘Abismo – Quando o fim se torna recomeço’, que mergulha fundo em seus dramas familiares e profissionais, passando por seus duros episódios de depressão.
A publicitária Carolina não tinha idéia do que iria enfrentar. Ela tinha 29 anos (está com 31) quando recebeu o diagnóstico de um câncer na mama. Durante um ano e meio se submeteu ao tratamento, com resiliência e coragem, para vencer a doença.
Primeiro, foram exames com resultados inconclusivos sobre o que podia ou não podia ter. Mais exames foram, então, realizados. Até chegar ao conclusivo, com o diagnóstico de que o tumor poderia ter se originado na tireoide de Carolina. Foram quatro cirurgias, a mastectomia, plano de saúde suspenso durante o tratamento, recidiva do câncer de mama, nódulo no fígado, quimio e radioterapia.
Passei por todos esses processos e hoje estou aqui para contar essa história, que não foi nada fácil, mas deu certo no final. Foi uma trajetória de pouco mais de um ano. Nunca pensei que fosse morrer, sempre tive muita fé e força para seguir dia após dia no tratamento, por mais difícil que fosse muitas vezes”, relata Carolina.
Sempre que ela começava a contar a história para algumas pessoas, ouvia com um susto: “Mas nem parece que você tem câncer! Você deveria escrever um livro”. Aí, ela foi e escreveu. Isso, Carolinda. Resiliência, perseverança e confiança.
Perda do pai, do irmão… e a depressão
Primeiro, Léo Alves perdeu o pai. Depois foi o irmão, num acidente de carro. Mais adiante, já trabalhando em uma grande e então respeitada empresa no setor da construção civil, viu-se às voltas com uma onda de escândalos de corrupção, que abalaram para sempre a reputação da companhia em que tinha orgulho de trabalhar, na área de recursos humanos: a Odebrecht.
Foram a paternidade e a resiliência que içaram o administrador de empresas do abismo em que se viu caído. “Como pai de dois filhos, foi preciso enfrentar o exercício da paternidade plena para preencher lacunas e conseguir reconhecer novas e enriquecedoras oportunidades”, depõe.
Seu livro representa uma destas oportunidades. A obra é um relato perseverante e sincero de sua dolorosa caminhada, com frustrações, angústias, depressão, até a descoberta de que alcançar o bem-estar e a felicidade é possível.
Com a escrita do livro, além de externar minha vivência com o que passei, quis compartilhar que, mesmo diante de tragédias vividas por tantas famílias, é possível perseverar, aprender com os erros e buscar um novo olhar que nos permita alcançar uma intensidade de vida, com foco naquilo que está sob o nosso alcance e responsabilidade”, atesta Léo Alves.
O livro foi criado a partir de uma ação de financiamento coletivo de cerca de 90 apoiadores de várias regiões do país.
SOBRE OS AUTORES
Carolina Magalhães atua como diretora de arte em uma das maiores produtoras de entretenimento de Salvador, Bahia.
Léo Alves é especialista em remuneração, consultor comportamental, coach de vida e carreira. Atuou durante mais de 20 anos na área de Recursos Humanos em grandes organizações como Odebrecht, Bosch, Adams e Samsung. Palestrante e escritor.
SERVIÇO:
Abismo – Quando o fim se torna recomeço
Autor: Léo Alves
Editora: Literature Books
Páginas: 200
Gênero: Autobiografia
Onde comprar: http://bit.ly/
Investimento: R$ 34,90
Mas nem parece que você tem câncer
Autora: Carolina Magalhães
Editora: Meteora
