leitura no leito
O vigilante Marco Aurélio conheceu o projeto enquanto esteve internado no Hospital Getúlio Vargas (Foto: Divulgação SES/ Maurício Bazílio)

Se a leitura permite viajar pelo mundo sem sair do lugar, quando o leitor está em um leito de hospital o hábito pode ser ainda mais enriquecedor e até mesmo saudável. Internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio, o vigilante Marco Aurélio da Silva Farias, de 48 anos, quase não acreditou quando recebeu uma visita inesperada. Eram os voluntários do projeto ‘Mais Leitura, Mais Saúde’, distribuindo livros aos pacientes e seus familiares.

Morador de São João de Meriti, ele foi um dos primeiros pacientes a conhecer a biblioteca itinerante do HEGV. “Isso é muito importante pra todo mundo que fica internado. Ocupar a mente, ler um livro, poder se distrair. O tempo passa mais rápido e o nosso dia fica mais agradável”, disse.

De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, os pacientes e acompanhantes podem escolher um livro durante a internação, tornando esse período mais confortável e acolhedor. Os livros são divididos por gêneros, como romance, infantil, religioso e crônicas. Neste primeiro momento, o programa vai beneficiar pacientes do setor de Ortopedia, mas a ideia é expandi-lo para as demais enfermarias. O projeto conta com a parceria da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro.

Circuito Literário no HemoRio

Outra unidade da rede estadual, o Hemorio, também criou projeto para estimular seus pacientes a ler e, com isso, ajudá-los a exercitar a mente e deixar a imaginação fluir. O projeto Circuito Literário distribui livros, que circulam em um carrinho pelos corredores do ambulatório da unidade, a pacientes e acompanhantes. Idealizado pela fonoaudióloga Márcia Baima, o projeto também conta com a ajuda de outros profissionais da instituição, que colaboram na sensibilização dos pacientes e na arrecadação e distribuição dos livros.

A iniciativa acontece toda última quinta-feira do mês no Hemorio. O projeto surgiu há cerca de um ano a partir de um tratamento realizado especialmente com pacientes com dificuldades cognitivas. “Montamos uma biblioteca para que eles pudessem exercitar a leitura como forma de trabalhar a parte cognitiva. Daí, decidimos expandir, abraçando os demais pacientes e acompanhantes. A leitura é muito importante para exercitar a mente. Quando lemos, criamos histórias na nossa cabeça e utilizamos muito a memória. Esse exercício é muito importante para portadores da doença falciforme que têm dificuldades de aprendizado”, explica Marcia.

Na última edição do projeto, a paciente Andressa Navarro, de 14 anos, estava com as mãos cheias de livros. Sua mãe, Michele Faria, prometeu incentivar todos em casa a começar a ler mais. “Estou levando um monte de livros pra casa e vou colocar meu marido para ler também. É um hábito muito bom”, afirma Michele.

O projeto também é aberto para os funcionários da unidade. Melicia Saad, do setor de limpeza do hospital, conta que a leitura é uma paixão e que pretende cursar faculdade de Letras. “Desenvolvi o hábito da leitura quando estava desempregada. Fiquei na casa da minha irmã, comecei a ler todos os livros dela e não parei mais. Este ano vou fazer a prova do Enem e pretendo começar o curso de Letras. Estou muito animada com isso. Adoro o Circuito Literário, sempre pego vários livros e leio tudo”, conta.

Fonte: SES-RJ, com Redação

 

 

 

 

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