Se ficar longe de um bebê já é difícil para qualquer mãe, imagina para aquelas que têm alta após o parto, mas não podem levar seus filhos porque eles precisam ficar na incubadora para concluir seu processo de desenvolvimento ou ficam internados por conta de algum problema no nascimento? Para aliviar a dor e a preocupação dessas mães, muitas maternidades já oferecem acomodações especiais, principalmente para aquelas que moram mais longe e não têm condições de ir e vir todos os dias para as visitas.

Débora de Almeida, de 44 anos, e a filha Maitê, em acompanhamento no Hospital da Mulher (Foto: Divulgação SES-RJ)

Este é o caso da depiladora Débora de Almeida, de 44 anos, que há quase dois meses acompanha, diariamente, a recuperação da filha Maitê na UTI do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ela é uma das hóspedes da Casa da Mãe, residência oferecida às puérperas que estão com bebês internados e que moram a mais de 50 quilômetros de distância da unidade. O local – com cinco quartos, 15 camas, copa, cozinha, sala e banheiros – permite que as mães fiquem mais tempo com seus filhos.

“Cheguei aqui com um quadro de pressão alta grave e já fiquei internada direto. Após alguns dias, minha menina nasceu. Fui muito bem atendida, desde a minha entrada aqui na unidade. Agradeço aos médicos, às enfermeiras, aos técnicos e, em especial, ao atendimento de assistência social e psicológico, pois é muito importante para nós que temos um filho prematuro e enfrentamos os dias na UTI acompanhando nossos bebês”, conta.

Segundo o coordenador da UTI Neonatal, José Alberto Pereira, a agenda do HMulher neste Novembro Roxo, mês de atenção e conscientização sobre a prematuridade, mês reforça sua missão de cuidado diferenciado voltado à gestação de alto risco. “A Casa da Mãe tem puérperas (mães de recém-nascidos) que passam três, quatro, cinco meses morando aqui, e enfrentam instabilidade emocional”, diz ele.

Hospital no Rio oferece alojamento para mães na ‘Casa da Puérpera’

Hospital da Mulher Mariska Ribeiro oferece a Casa da Puérpera para alojar as mães de prematuros (Foto: Divulgação)

Também na rede pública municipal do Rio, o Hospital da Mulher Mariska Ribeiro (HMMR), práticas humanizadas que já são parte da rotina de atendimento. A mãe do bebê que nasce antes do tempo esperado tem participação ativa na recuperação do seu filho, seja fornecendo o leite que irá alimentá-lo, seja no contato pele a pele, tão importante no processo de evolução do bebê.

A diretora médica Brunna Milanesi explica que, na unidade, essa proximidade é permanente, já que as mães não precisam ir para suas casas e retornar no dia seguinte – o hospital oferece uma espécie de alojamento para elas, a Casa da Puérpera.

“Como as internações de bebês prematuros costumam ser prolongadas – de 30 a 90 dias –, oferecemos a possibilidade de a mãe permanecer na Casa da Puérpera, que consiste em um espaço dentro da unidade, semelhante a um apartamento e que comporta até seis mães”, complementa a diretora.

Segundo a Dra. Brunna, o ambiente conta com camas, sala com TV, banheiro, copa e até uma área de serviço para o cuidado com as roupas dessas hóspedes, que podem se alimentar no refeitório da unidade. “Essas mulheres também recebem atendimento psicológico, pois entendemos que todo esse acolhimento familiar contribui para a boa recuperação dos nossos pacientes”, finaliza.

Leia mais no Especial Novembro Roxo 2023

Agenda Positiva

Ação social para mães de bebês no Hospital da Mulher

Cerca de 40 mulheres que recebem apoio da Casa da Mãe, no Hospital da Mulher de São João de Meriti, tiveram um ‘dia do autocuidado’ (Foto: Divulgação)

A Casa da Mãe, espaço do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, onde a mulher fica hospedada, caso seu recém-nascido precise permanecer na unidade, recebeu no último dia 7 o ‘Dia do Autocuidado’. A  ação social reuniu cuidados com a beleza, palestras, apoio psicológico e troca de experiências. Uma equipe de profissionais de beleza do Salão CKamura Rio fez corte de cabelo, escova e maquiagem em aproximadamente 30 mulheres.

“Todas as nossas ações são focadas no prematuro, mas também reconhecemos a dificuldade das mães. Esse é o momento de dedicar um pouco de cuidados para elas, que também estão precisando de atenção, para fortalecer a autoestima e o emocional dessas mães, a Casa da Mãe”, disse o coordenador da UTI Neonatal, José Alberto Pereira.

Fundadora da Associação de Cuidado Integral à Prematuridade (ACIP) e mãe de 2 filhos nascidos prematuros, Teresa Ruas já esteve no HMulher durante palestra para mães do Bloco Neonatal e trocou experiências com as puérperas acolhidas na Casa da Mãe.

“O Hospital da Mulher me marcou muito positivamente, com uma equipe humanizada e 100% SUS, onde fica visível que o olhar diferenciado faz muita diferença. Nesta primeira ação social da ACIP, escolhi essa unidade que me impactou muito pelo acolhimento dos profissionais de saúde junto às mães”, afirmou Teresa Ruas.

Com Assessorias SES-RJ e SMS-Rio 

 

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