Uma boa notícia para quem sofre na fila de espera por atendimento nos hospitais públicos do Rio de Janeiro. O Ministerio da Saúde acaba de anunciar que vai contratar mais 3.592 profissionais para os seis hospitais e dois institutos federais localizados na capital. Serão beneficiados os hospitais federais do Andaraí, Bonsucesso, Ipanema (foto ao lado), Lagoa, Servidores do Estado e Cardoso Fontes, além dos institutos nacionais de Cardiologia (INC) e de Traumatologia e Ortopedia (Into), todos de administração direta do Ministério da Saúde.

É prevista a contratação de 1.340 médicos especializados, 831 enfermeiros, 230 técnicos em enfermagem, 832 profissionais para atividades de gestão e manutenção hospitalar em nível superior, 359 profissionais para atividades de gestão e manutenção hospitalar em nível intermediário (nível médio).

A portaria que autoriza a contratação foi publicada nesta quarta-feira (28). O Departamento de Gestão Hospitalar e o Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro estão finalizando o edital que irá prever as vagas por cada unidade, além da data de inscrições para o processo seletivo. Os contratos terão prazo de seis meses, podendo ser prorrogados por até dois anos, a partir da primeira contratação do profissional.

Meta é aumentar em 20% o atendimento em oncologia, ortopedia e cardiologia

As novas medidas integram o plano de reestruturação dos hospitais federais, que prevê a especialização de cada uma das seis unidades em determinadas áreas de atuação, qualificando a assistência e ampliando a oferta dos serviços à população. A meta é aumentar em 20% o atendimento em oncologia, ortopedia e cardiologia. O anúncio ocorreu durante a Inauguração do Centro de Diagnóstico de Câncer de Próstata do Inca, no Rio de janeiro.

A iniciativa do plano de reestruturação dos hospitais federais do Rio de Janeiro, que já está em curso, visa aperfeiçoar o atendimento oferecido na capital do Rio. Foi empreendido pelo Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde (DGH). A especialização das unidades possibilitará um aumento do número de procedimentos realizados e maior qualificação das equipes de profissionais. Setores com baixa produção em uma unidade serão realocados para outra, onde a estrutura existente poderá ser melhor aproveitada pela população.

As mudanças previstas não alteram o atendimento já agendado dos pacientes nem prevê qualquer suspensão, diminuição ou corte de serviços. Pelo contrário, a expectativa é aumentar a oferta. Na rede de seis hospitais, desde janeiro, a espera cirúrgica das seis unidades foi reduzida em 82%, de 17 mil em janeiro deste ano, para 3.056 cirurgias (número atual).

Duas mil novas cirurgias cardíacas ao ano

Para viabilizar a proposta, está em andamento o processo de especialização das unidades federais no Rio de Janeiro, com a consultoria de profissionais do hospital Sírio Libanês (SP), por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), promovendo entre as seis unidades uma redefinição dos perfis assistenciais, otimizando o funcionamento dentro de uma rede unificada. A medida deve ampliar a assistência à cirurgia vascular. Cada unidade terá capacidade de realizar 40 cirurgias por mês, que representa cerca de duas mil cirurgias ao ano.

O orçamento destinado às seis unidades federais é crescente a cada ano. Pela Lei Orçamentária, a previsão para este ano é 22% maior, cerca de R$ 673,8 milhões. Atualmente, o Ministério da Saúde reserva cerca de R$ 1 bilhão para o pagamento de profissionais nessas unidades.

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Fonte: Ministério da Saúde, com Redação

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