Hanseníase: campanha incentiva diagnóstico precoce

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A hanseníase tem cura, desde que seja diagnosticada precocemente e iniciado o tratamento, que bloqueia o ciclo de transmissão da doença. Com o slogan ‘Hanseníase: Identificou. Tratou. Curou’, a nova campanha nacional de combate à doença foi lançada nesta quarta-feira (31) pelo Ministério da Saúde. O objetivo é alertar a população sobre sinais e sintomas, estimular a procura pelos serviços de saúde e mobilizar profissionais de saúde na busca ativa de casos. Com isso, a proposta é favorecer o diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a prevenção das incapacidades. Confira aqui a apresentação com as peças da campanha e dados epidemiológicos.

O público prioritário são homens na faixa etária entre 20 e 49 anos, parcela da população com maior número de casos diagnosticados. Também deve ser dada atenção especial ao público idoso, por se tratar de um grupo com alta taxa de detecção de casos novos com grau 2 de incapacidade físicas (incapacidades visíveis) causadas pela hanseníase. Para alcançar essa população, a sensibilização entre profissionais de saúde será fundamental, bem como a busca ativa de casos novos em espaços de convivência (ambiente domiciliar e social).

A campanha publicitária também enfatiza a importância de examinar as pessoas que convivem ou conviveram de forma continua e prolongada com os casos diagnosticados. Também alerta à população para buscarem os serviços de saúde ao menor sinal da doença, pois a transmissão se dá de uma pessoa doente sem tratamento para outra, por meio das vias aéreas. Em 2017, foram examinados 77,4% dos contatos registrados.

O enfrentamento da hanseníase baseia-se na busca ativa de casos novos para o diagnóstico precoce, tratamento oportuno, prevenção das incapacidades e investigação dos contatos, como forma de eliminar fontes de infecção e interromper a cadeia de transmissão da doença. O diagnóstico e o tratamento são ofertados pelo SUS, disponível em unidades públicas de saúde.

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Redução de 37% em novos casos em 10 anos

Em dez anos, o Brasil apresentou uma redução de 37,1 % no número de casos novos, passando de 40,1 mil diagnosticados no ano de 2007, para 25,2 mil em 2016. Tal redução corresponde à queda de 42,3% da taxa de detecção geral do país (de 21,19/100 mil hab. em 2007 para 12,23/100 mil hab. em 2016). Do total de casos novos registrados, 1,6 mil (6,72%) foram diagnosticados em menores de 15 anos, sinalizando focos de infecção ativos e transmissão recente, e 7,2 mil iniciaram tratamento com alguma incapacidade.

Em 2016, 2.885 municípios diagnosticaram casos novos de hanseníase no Brasil. Desses, 591 municípios diagnosticaram casos em menores de 15 anos, sinalizando focos de infecção ativos e transmissão recente. O país registrou 25.218 casos novos da doença, com taxa de detecção de 12,23 por 100.00 habitantes, considerado de alta endemicidade. Do total de casos novos registrados, 1.696 (6,72%) foram diagnosticados em menores de 15 anos e 7.257 (28,8%) iniciaram tratamento com alguma incapacidade física.

Quanto à distribuição por sexo e faixa etária, em 2016, do total de casos novos registrados no Brasil, 13.686 (54,2%) foram na população masculina. Desses, 6.233 (45,5%) casos foram diagnosticados na faixa etária de 20 a 49 anos de idade e, 3.422 (25%), na faixa etária de 60 anos ou mais. Em 2017, dados preliminares apontam 24.209 casos novos diagnosticados no país.

Conforme dados preliminares de 2017, o estado do Pará, escolhido para receber o lançamento nacional da campanha, é o terceiro em número de casos novos da doença País, com 2.359 casos diagnosticadas, perdendo apenas para Mato Grosso (3.167) e Maranhão (2.715). Além disso, o estado do Pará é o primeiro em número de casos novos na Região Norte, e segundo em casos menores de 15 anos no país (213), quinto em taxa de detecção geral (28,2/100 mil hab) e em taxa de detecção em menores de 15 anos (8,96/100 mil hab).

Saiba mais sobre a doença e a campanha Janeiro Roxo

Fonte: Ministério da Saúde, com Redação

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