O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (8) que reduziu em 92% a fila de procedimentos cirúrgicos acumulada entre 2014 e 2022 no Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF), em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A medida foi possível após a implementação do Programa de Gestão de Filas do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH). A unidade teve a gestão municipalizada à Prefeitura do Rio em dezembro passado. 

Ao todo, o HFCF já realizou 575 procedimentos. Para zerar a fila, os últimos 64 pacientes serão atendidos na unidade até meados de fevereiro. Neste período, alguns pacientes foram atendidos em outras unidades ou tiveram o caso judicializado.  O ranking de procedimentos realizados é composto por 21% de cirurgias plásticas reparadoras, 19% de cirurgias gerais e 8% atendimentos urológicos.

Esta é mais uma iniciativa prevista no Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro, capitaneado pelo Ministério da Saúde, e que vem executando melhorias nas unidades.

Entre os primeiros resultados da reestruturação está a ampliação de leitos e serviços. A previsão é que ainda em janeiro de 2025 cerca de mil leitos sejam abertos em três unidades — Bonsucesso, Andaraí e Cardoso Fontes. 

O que foi feito para reduzir as filas no Cardoso Fontes?

O secretário adjunto de atenção especializada do Ministério da Saúde, Nilton Pereira Júnior, salienta que uma série de esforços foram implementados no Hospital Cardoso Fontes.

Encontramos uma fila que, nos piores momentos, chegou a ter 800 pacientes aguardando procedimentos cirúrgicos. Fizemos uma série de ações, como contratações e reorganização da fila, para otimizarmos o atendimento”, destaca.

A coordenadora-geral de assistência do DGH, Marisol da Paz, explica que, apesar da eficiência do programa, novos pacientes entram na fila diariamente. Com o Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais, ela explica que a unidade terá mais capacidade de atendimento devido a ampliação de leitos e serviços. Entre janeiro a outubro de 2024, o HFCF realizou 2.249 cirurgias.

Essa realidade mostra que, apesar dos avanços, há muitos desafios a serem superados, como contratação de recursos humanos e o investimento em infraestrutura. Para isso, o Ministério da Saúde implementou um plano de reestruturação. Espera-se que, com o processo de descentralização da gestão da unidade, sejam supridas essas necessidades, ampliando o atendimento à população”, frisa Marisol.

Hospital Federal da Lagoa inaugura novo abrigo de resíduos de saúde

Iniciativa consolida a unidade, no Rio de Janeiro, como referência em práticas que integram inovação e responsabilidade socioambiental
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Abrigo foi planejado para assegurar o armazenamento adequado e a destinação final segura dos resíduos de saúde (Foto: divulgação/HFL)

O Hospital Federal da Lagoa (HFL), localizado no bairro de mesmo nome, na Zona Sul do Rio de Janeiro, inaugurou nesta quarta-feira (8) um novo abrigo de resíduos de saúde. A estrutura foi concebida para atender às mais rigorosas normas sanitárias e ambientais. Com isso, o manejo dos resíduos pode ser realizado com mais segurança e eficiência, o que reafirma a responsabilidade sustentável da unidade.

O projeto foi inteiramente desenvolvido com recursos disponíveis no próprio hospital, o que reforça o compromisso institucional com a preservação ambiental e a gestão responsável de materiais. O abrigo foi planejado para assegurar o armazenamento adequado e a destinação final segura dos resíduos de saúde”, explica Túlio José Possamai, chefe do setor de infraestrutura do HFL.

A gestão adequada desse material é necessária visto que os hospitais lidam com resíduos infectantes e químicos, além dos comuns. A legislação determina que o abrigo deva ser fechado, com aberturas apenas para a ventilação por meio de telas, além de não ser exposto à luz solar.

A solicitação desse espaço foi feita em 2012. Então, a inauguração me deixa muito feliz. Os trabalhadores fizeram tudo com muito zelo e carinho”, afirma Maria Amelia dos Santos Machado, responsável técnica pela Gerência de Resíduos no hospital.

Entenda a reestruturação dos hospitais federais do Rio

Ao todo, 4 unidades federais já iniciaram o Plano de Reestruturação: os hospitais federais de Bonsucesso (HFB), do Andaraí (HFA)Cardoso Fontes (HFCF) e Servidores do Estado (HFSE) já começaram o processo.

Os hospitais Cardoso Fontes e Andaraí foram municipalizados para a Prefeitura do Rio de Janeiro. A meta é dobrar o número de atendimentos. O Ministério da Saúde repassou R$ 150 milhões à prefeitura. Além desse pagamento, está prevista a incorporação de R$ 610 milhões de teto MAC (atendimento de média e alta complexidade) para a cidade do Rio de Janeiro.

A unidade de Bonsucesso é administrada pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC) desde 15 de outubro. Entre as ações mais recentes, está a contratação de 1,5 mil funcionários. Dentre os profissionais, estão nutricionistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, entre outros.

Já o Hospital dos Servidores do Estado (HFSE) iniciou estudos para a fusão com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Com a integração, serão 500 leitos à disposição do sistema de saúde. Além disso, haverá maior capacidade de qualificação para os profissionais com a abertura de novas vagas de residência médica.

No caso do Hospital Federal da Lagoa, há uma proposta em andamento com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para integração do Instituto Fernandes Figueira (IFF) com a unidade. Já o Hospital de Ipanema está passando por ações de construção para modernização e melhorias nos próximos meses.

Exoneração voluntária de servidores

A reestruturação em curso garante todos os direitos dos servidores dessas unidades hospitalares. Haverá um processo de movimentação voluntária dos profissionais, que respeitará a opção dos servidores por outros locais de trabalho.

O ministério criou um canal de atendimento para tirar dúvidas de servidores sobre o plano. Os questionamentos são recebidos por e-mail e respondidos pela Coordenação de Gestão de Pessoas do DGH. Ao todo, as unidades federais possuem 7 mil servidores efetivos e 4 mil temporários.

Fonte: Ministério da Saúde

 

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