Após finalmente garantir a posse da nova gestão do Hospital Federal de Bonsucesso, o Ministério da Saúde dá mais um passo no Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro. Na tarde desta sexta-feira (1º), a ministra Nísia Trindade assinou o acordo de cooperação técnica (ACT) com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Hospital Federal dos Servidores do Estado passará por uma integração com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. O processo dará origem ao novo hospital universitário.  Atualmente, as unidades têm juntas 480 leitos ativos. Com a integração, serão 500 leitos à disposição do sistema de saúde. Além disso, haverá maior capacidade de qualificação para os profissionais com a abertura de novas vagas de residência médica.

Na prática, o acordo inaugura um momento de seis meses em que um grupo de trabalho vai fazer um diagnóstico aprofundado para entender quais são os melhores padrões para que no futuro essa fusão seja possível, criando um grande e mais moderno espaço de assistência para atender mais e melhor a população fluminense.

Hospital Federal de Bonsucesso: inscrições para vagas temporárias até dia 4

No Hospital Federal de Bonsucesso, a transição da gestão começou no último dia 15. O Grupo Hospitalar Conceição (GHC) assumiu a gestão da unidade e está realizando um diagnóstico vivo da situação do hospital para as tomadas de decisão assertivas e em tempo oportuno.

Foram realizados três encontros com aproximadamente 700 servidores de maneira presencial para apresentar o GHC e esclarecer as dúvidas dos trabalhadores sobre a transição de gestão. Todos os direitos dos servidores serão respeitados.

edital para contratação de 2,2 mil profissionais de saúde temporários para o Hospital Federal de Bonsucesso já conta com 81,5 mil inscritos. O prazo para candidatura termina na próxima segunda-feira (4).

A reestruturação dos hospitais federais do Rio de Janeiro que está em curso pelo Ministério da Saúde visa, entre outras ações, ampliar a oferta e a qualidade dos serviços hospitalares no estado.

Os hospitais federais oferecem serviços de média e alta complexidade a uma população significativa. Atualmente, as unidades estão com emergências fechadas, leitos bloqueados, déficit de funcionários e dificuldades de abastecimento.

O modelo de gestão dessas unidades é fragmentado e ao longo das décadas foi amplamente discutido. Tivemos excelentes áreas de especialidades, de cirurgiões, por exemplo. Queremos recuperar isso e colocar integrado ao SUS. Como ministra, vejo essa ação como um novo marco para a assistência hospitalar”, comentou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Fortalecimento do SUS no Rio de Janeiro

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Ministra da Saúde Nísia Trindade defende a reestruturação dos hospitais federais do Rio (Foto: Matheus Damascena/MS)

A ministra defendeu que o Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro faz parte do processo de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.  Segundo ela, o novo modelo de gestão é inovador e faz parte do esforço do Ministério da Saúde para o resgate do funcionamento pleno das unidades.

Com essas medidas, o objetivo é restaurar a confiança da sociedade nos serviços oferecidos, garantindo todos os direitos dos servidores dessas unidades hospitalares e assegurando que todos tenham acesso à saúde de forma digna e eficaz.

A reestruturação faz parte da determinação do presidente Lula de colocar a saúde no centro da agenda, reduzir o tempo de espera e aumentar a qualidade de atendimento. Estamos trabalhando com muito esforço”, destaca Nísia Trindade.

O Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro representa um compromisso do Ministério da Saúde em garantir um sistema de saúde mais robusto, acessível e de qualidade para toda a população.

É muito importante a reestruturação por que se trata de recuperar a excelência, mas também colocá-la a serviço do Sistema Único de Saúde. Não podemos deixar de fazer essa transformação esperada há tanto tempo e que foi muito adiada”, defendeu a ministra.

Monitoramento 

O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH) e da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), é o gestor e fiscal do contrato das parcerias para a nova gestão dos hospitais federais do Rio.

A pasta fará acompanhamento e avaliação contínuos. Serão fixados indicadores de desempenho que permitam monitorar a eficácia do programa e implementar ajustes conforme necessário. A sociedade civil e os usuários do SUS estarão envolvidos na avaliação dos serviços, promovendo transparência e controle social.

A reestruturação garante todos os direitos dos servidores. Haverá um processo de movimentação voluntária de servidores federais que serão remanejados a outros hospitais e institutos federais”, informou o Ministério.

Fonte: Ministério da Saúde

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