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A proteção contra os mais variados tipos de doenças é essencial em recém-nascidos e crianças. Afinal, quanto mais as crianças ficarem protegidas através da vacinação, menor é a chance de que qualquer uma delas seja contaminada por doenças imunopreveníveis. É por meio de campanhas de vacinação que, no continente americano, diversas doenças foram consideradas erradicadas.

As vacinas representam uma significativa conquista alcançada pela ciência com vistas à promoção e proteção da saúde dos indivíduos, trazendo benefícios incomparáveis à humanidade. Atualmente, o Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas à população. As vacinas não são necessárias apenas na infância, e este ato estende-se à adolescência, vida adulta e à terceira idade.

O médico infectologista Fernando de Oliveira, do Hospital Moriah (SP), explica que “as vacinas podem ser produzidas com os agentes vivos causadores das doenças (vacinas atenuadas) bem como com os agentes mortos (vacinas inativadas)”. Quando tais agentes artificiais entram em contato com o nosso organismo, nosso corpo produz anticorpos que o combatem e, por isso, criamos imunidade.

As campanhas têm como objetivo conscientizar a população sobre a importância de manter todas as vacinações em dia, independentemente da idade, diminuindo a probabilidade de contrair diversas doenças, como Caxumba, Tétano, Hepatite A e B, formas graves de Tuberculose, Meningites, Febre Amarela, Pneumonia, gripe, entre outras.

Confira as doenças que podem ser evitadas graças às vacinas:

– Poliomielite: é uma doença causada por um vírus e é caracterizada por fraqueza súbita, geralmente nas pernas. Encontra-se erradicada no nosso país, graças à cobertura vacinal adequada.

– Coqueluche: também conhecida como tosse comprida, é uma doença infecciosa que compromete o aparelho respiratório e se caracteriza por ataques paroxísticos de tosse seca.

– Rubéola: é uma doença provocada por um vírus. Pode provocar febre e manchas vermelhas na pele. Sua apresentação mais grave é a forma congênita, quando a mãe transmite a doença para o feto.

– Febre amarela: é uma doença causada por um vírus transmitido por vários tipos de mosquitos. A forma da doença que ocorre no Brasil é a febre amarela silvestre, que é transmitida através da picada pelos mosquitos Haemagogus.

– Difteria: é causada por uma bactéria produtora de uma toxina que pode atingir as amígdalas, a faringe, o nariz e a pele, onde provoca placas branco-acinzentadas.

– Hepatite B: é uma doença causada por um vírus e quando cursa com sintomas, pode provocar mal-estar, febre baixa, dor de cabeça, fadiga, dor abdominal, náuseas, vômitos e aversão a alguns alimentos. O doente pode ficar com a pele de coloração amarelada.

– Tuberculose: é uma doença transmissível que afeta principalmente os pulmões. O principal sintoma é a tosse (seca ou produtiva) persistente por mais de três semanas.

– Hepatite A: é uma doença contagiosa, causada pelo vírus da hepatite A. Costuma ocorrer mais frequentemente na infância.

– Papilomavírus Humano (HPV): sua infecção pode não causar sintomas ou se caracterizar pela presença de verrugas, principalmente na região genital. A infecção persistente por determinado subtipos deste vírus pode levar ao desenvolvimento do câncer de colo do útero, nas mulheres.

– Meningite C: Meningites são inflamações nas membranas que recobrem o sistema nervoso central (as meninges). A Neisseria meningitidis (conhecida como meningoco) é uma das causas mais comuns de meningite nas crianças.

– Pneumonias: A pneumonia é caracterizada pela infecção dos pulmões e pode ser causada por diversos agentes. O Streptococcus penumoniae (pneumococo) é o principal agente causador desta doença. A pneumonia é a terceira maior causa de mortes do mundo.

– Gripe: A influenza (gripe) é uma doença respiratória de origem viral e que pode levar ao óbito, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores de risco para as complicações da doença.

– Tétano: Uma doença considerada grave e frequentemente fatal, é causada por uma bactéria que contamina ferimentos e pode ser encontrada no solo e até mesmo em objetos. Para evitar a contaminação, é necessário vacinar a pessoa desde criança.

– Varicela: Mais conhecida como catapora, à doença é infecciosa e contagiosa por um vírus que atinge principalmente crianças com menos de 10 anos. A epidemia pode ocorrer pelo contato aéreo com gotículas de saliva em espirros, tosse,bem como através do contato direto com as lesões de pessoas doentes.

– Caxumba: É uma infecção viral que atinge as glândulas parótidas, ocasionando inchaço e desconforto na região, além de outros sintomas, como febre, por exemplo. É uma doença mais comum entre crianças, porém nos últimos anos teve um aumento da proliferação de casos entre adultos pela falta de cobertura vacinal adequada em determinadas pessoas.

– Rotavírus: Ocasionado por um vírus, é uma das causas mais comuns de diarreia em um nível mais grave em jovens e crianças.

Vacinação para adultos é necessária

Muitas pessoas acreditam que a vacinação deve ser feita apenas na infância. Para a professora do curso de Enfermagem da Anhanguera de Niterói, Caroline Cardelli, essa crença é um grande engano. “Existem alguns tipos de vacinas que devem ser tomadas para o resto da vida. Algumas doenças se manifestam na fase adulta e, por isso, é de grande importância a vacinação contra doenças bacterianas e virais”.

A docente da Anhanguera explica que em função da perda progressiva da capacidade resposta imunológica do organismo ao longo da vida, depois da adolescência é preciso estar atento à imunização contra várias doenças. “Durante a vivência profissional neste âmbito, tenho observado que a adesão de vacinação ao calendário infantil tem alcançado bons índices, mas não podemos menosprezar a ausência de busca para vacinação dos adultos. É possível perceber que um adulto não vacinado não coloca em risco apenas sua saúde, podendo contrair versões mais agressivas de doenças como o sarampo, ele ainda pode servir como vetor de transmissão para crianças que não completaram a imunização”.

Caroline ressalta que as principais vacinas que devem ser administradas em adultos, tendo a oferta gratuita nas unidades básicas de saúde. “Quando se dirigir até a unidade, esteja munido do comprovante de vacinação anterior para que o profissional possa averiguar a necessidade de completar o esquema vacinal anterior ou apenas atualizar com uma dose de reforço, por exemplo”.

Vacina Dupla Tipo Adulto – para difteria e tétano
Vacina Tríplice Viral – para sarampo, caxumba e rubéola
Vacina contra Hepatite B
Vacina contra a Febre Amarela
Vacina contra o Influenza – gripe

Como controlar as reações adversas às vacinas

Logo após o nascimento, na própria maternidade, os bebês começam a ser imunizados contra uma série de doenças. Mas, algumas vacinas podem causar reações adversas nos pequenos pacientes. “As mais comuns são as reações locais, como vermelhidão, dor, endurecimento no local da injeção, além de reações sistêmicas, como a febre”, comenta Fernanda Pimentel, diretora de Área Médica e Pesquisa Clínica da Johnson & Johnson Consumo do Brasil/América Latina.

Embora a febre e a dor possam ser reações adversas esperadas após a imuniza­ção, antitérmicos e analgésicos podem ser recomendados para aliviá-los. O paracetamol pode ser indicado por especialistas para reduzir a febre e aliviar a dor que podem ocorrer após imunizações. “Mas é importante sempre consultar o médico antes de medicar as crianças”, lembra Fernanda. Isso é fundamental para que haja segurança e responsabilidade na hora de cuidar dos pequenos.

“Vivemos em um momento no qual tudo é feito com o propósito de alcançar objetivos instantâneos, sem levar em consideração as consequências de cada escolha. Quando se trata de assuntos relacionados à saúde, o alívio responsável da dor e da febre sempre é mais indicado do que pensar somente no alívio imediato”, afirma Fernanda.

Fonte: Hospital Moriah, Anhanguera e Johnson & Johnson

 

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