A FDA (Food and Drug Administration) – em português, Administração Federal para Drogas e Alimentos, a agência de saúde dos Estados Unidos equivalente à nossa Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), autorizou nesta sexta-feira (17/6) a vacinação contra a Covid-19 para bebês a partir 6 meses e crianças de até 5 anos. Deverão ser aplicados neste público inicialmente apenas os imunizantes pediátricos da Pfizer e da Moderna.
A aprovação agora segue para o CDC (Centers for Disease Control and Prevention’s), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano, que discutirá os dados dos testes clínicos neste sábado (18). Se houver a liberação, a imunização começará já na semana que vem nos EUA, segundo a agência de notícias AFP. A expectativa da Casa Branca é de que a aplicação comece na terça-feira (21/6).
As três doses da vacina fabricada pela Pfizer é segura para menores de 4 anos. Já as duas da Moderna podem ser aplicadas nos pequenos americanos de 6 meses a 5 anos, de acordo com os estudos aprovados pelo FDA. No entanto, antes do início da vacinação, o CDC vota as diretrizes para que farmácias e consultórios médicos possam aplicar os imunizantes.
“Como vimos com grupos etários mais velhos, esperamos que as vacinas para crianças mais novas forneçam proteção contra os resultados mais graves do Covid-19 , com hospitalização e óbito”, afirmou Robert M. Califf, comissário da FDA, em um comunicado.
Nos Estados Unidos, há uma forte resistência na imunização de crianças de 5 a 11 anos: menos de 40% tomaram a primeira dose. No Brasil, mais de 80% delas estão com o esquema vacinal completo. Assim como no Brasil, crianças menores de 5 anos ainda não foram vacinadas nos Estados Unidos.
A notícia animou muitos brasileiros, porém, ainda não há previsão de quando os imunizantes passarão a ser oferecidos também por aqui. Muitos pais, ansiosos, já pensam em viajar para os Estados Unidos para oferecer as vacinas a seus bebês e crianças, garantindo a sua imunidade.
Atualmente, de acordo com dados do Boletim Infogripe, da Fiocruz, bebês e crianças menores de 5 anos são mais suscetiveis à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causada por diversos tipos de vírus, inclusive o Sars-Cov-2. O mais comum é o vírus sincicinal, para o qual ainda não há vacina.
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