Divulgado nesta quinta-feira (26/1), o novo Boletim InfoGripe Fiocruz mostra a interrupção de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) no país. O estudo indica que o aumento associado à Covid observado no final de 2022 já foi interrompido e praticamente todos os estados têm cenário de queda para Sars-CoV-2.
“A maior parte do país está voltando a patamares significativamente baixos de Covid-19 em comparação com o histórico. Felizmente, não há sinal de retomada do crescimento nesse começo de ano”, afirma o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
A exceção é o Distrito Federal (DF), que ainda não apresenta reversão para queda. A manutenção de patamar elevado no DF requer atenção. “O crescimento foi interrompido, mas ainda há um volume de internações semanais relativamente constante”, explica o pesquisador.
Nas crianças de 0 a 4 anos, o VSR também mantém presença expressiva no Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e nos três estados da região Sul. Entretanto, diferentemente do que se observa no DF, nessas unidades federativas já há queda nas semanas recentes.
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Divulgado nesta quinta-feira (26), o novo Boletim, referente à Semana Epidemiológica (SE) 3, período de 15 a 21 de janeiro, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 23 de janeiro.
A análise mostra queda de SRAG nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas). Os dados apresentam manutenção do predomínio de Sars-CoV-2 (Covid-19) em todas as faixas etárias a partir de 5 anos, com maior destaque na população adulta.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 0,9% para influenza A; 0,7% para influenza B; 18,8% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 71,3% para Sars-CoV-2.
Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,1% para influenza A; 0,0% para influenza B; 1,5% para vírus sincicial respiratório; e 94,7% para Sars-CoV-2.
Estados e capitais
Das 27 unidades federativas, apenas Acre, Maranhão e Mato Grosso apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo até a SE 3. No Acre, o aumento aparenta maior concentração entre as crianças, embora os valores ainda sejam relativamente baixos. Na população adulta, o cenário é compatível com cenário de oscilação.
No Maranhão, o quadro ainda é de crescimento lento, podendo ser reflexo de pequenas flutuações em relação ao patamar atual que ainda é relativamente baixo. No Mato Grosso, também observa-se um patamar relativamente baixo em comparação com os picos de 2022, porém mantendo um platô desde a leve alta iniciada ao final de novembro de 2022 e concentrado na população a partir de 60 anos de idade.
No DF, embora o agregado populacional mostre queda, os dados apontam para manutenção de platô elevado entre as crianças de 0 a 4 anos de idade, em decorrência do vírus sincicial respiratório.
Cinco das 27 capitais apresentam crescimento na tendência de longo prazo até o mesmo período: Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Rio Branco (AC) e Vitória (ES).
Em Rio Branco, o crescimento se concentra principalmente entre crianças pequenas. Em Campo Grande, é observado principalmente na população a partir de 60 anos. Nas demais capitais, os dados por faixa etária sugerem que o crescimento se trata de oscilação em torno de patamar baixo.
Da Agência Fiocruz de Notícias
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