O Brasil bateu nesta quinta-feira (29/4) a triste marca dos 400 mil mortos pela Covid-19 e segue atrás apenas dos Estados Unidos, que tiveram até o momento 574.947 mortes pela doença. Depois do Brasil, vêm o México, com 215 mil, e a Índia, com 204 mil. Já no ranking de casos, o país está na terceira colocação, atrás da Índia (18.376.524) e dos Estados Unidos (32.272.447).

Os dados mostram como a pandemia acelera no Brasil. A primeira morte por Covid foi registrada no dia 17 de março do ano passado e o país levou quase cinco meses até atingir as 100 mil vítimas da Covid, no dia 8 de agosto. Depois, mais cinco meses até as 200 mil mortes, em 7 de janeiro.

A partir daí, veio a grande onda: em dois meses e meio (apenas 76 dias), o país passou dos 300 mil mortos, em 24 de março. Esse intervalo caiu novamente pela metade: em apenas 36 dias, chegou a mais de 400 mil vítimas da Covid. Se esse patamar elevado for mantido, sem redução, podemos somar mais 200 mil mortes até o meio do ano.

Apenas nos quatro primeiros meses de 2021, o país já soma mais óbitos pela doença do que o registrado ao longo de todo o ano passado. O Brasil hoje já é considerado um “platô” de 3 mil mortes diárias, no qual as estatísticas não pioram, mas resistem a dar sinais de melhora. Em boletim extraordinário divulgado no último dia 28, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reafirma a tendência de manutenção deste cenário.

Na visão dos pesquisadores do observatório, o quadro atual pode representar uma desaceleração da pandemia, com a formação de um novo patamar, como o ocorrido em meados de 2020, porém com números muito mais elevados de casos graves e óbitos, que revelam a intensa circulação do vírus no país”, afirma a entidade

Nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 3.001 novos óbitos no Brasil. Com isso, o total de pessoas que perderam a vida para a pandemia do novo coronavírus chegou a 401.186. Já pelos dados apurados pelo consórcio de veículos de imprensa waaw número foi de 401.417 óbitos, sendo 3.074 em 24 horas. A soma de pessoas infectadas desde o início da pandemia alcançou 14.590.678. Entre quarta e quinta, foram confirmados 69.389 diagnósticos positivos de Covid-19.

Na quarta, o balanço diário marcava 398.185 vítimas que não resistiram à pandemia 14.521.289 casos acumulados. Ainda há 3.663 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente. A quantidade de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.037.374. O número de pessoas recuperadas totalizou 13.152.118.

A média de mortes, após seis dias de queda, entrou nesta quinta na margem de estabilidade. São 2.523 mortes por dia, em média, variação de menos 12%. Nos estados, Pernambuco está com alta na média de mortes. Dezesseis estados estão em estabilidade. Com queda, estão nove estados e o Distrito Federal.

ranking de estados com mais mortes pela Covid-19 é liderado por São Paulo (95.532), Rio de Janeiro (43.965), Minas Gerais (33.041), Rio Grande do Sul (24.753) e Paraná (22.229). Já as unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (1.503), Acre (1.525), Amapá (1.536), Tocantins (2.529) e Alagoas (4.200).

Até o início da noite de quinta, segundo o Ministério, haviam sido distribuídos 57,9 milhões de doses de vacinas. Deste total, foram aplicados 41,4 milhões de doses, sendo 28,5 milhões da primeira dose e 12,9 milhões da segunda dose. Já de acordo com o consórcio de veículos, o total de vacinados com a primeira dose no país chegou a 31.208.111, o equivalente a 14,74% da população. Receberam a segunda dose 15.132.178 pessoas, ou 7,15% da população.

Ao todo, tomaram a primeira dose 467.300 pessoas e outras 510.484 mil receberam a segunda dose. No total foram aplicadas 977.784 doses de vacina em 24 horas. São quase 1 milhão de vacinados em 24 horas, mas, ainda assim, por causa da falta de doses, o país ainda está abaixo da sua capacidade de vacinar.

Conselhos lamentam as mortes

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou nota lamentando as 400 mil mortes. “O número reflete a dor de famílias que perderam pais, avós, filhos e irmãos de forma rápida, violenta e muitas vezes solitária. Reflete também erros de condução e a ausência de coordenação centralizada no nível federal.”

Na nota, os secretários estaduais de Saúde insistem na necessidade de ampliar a vacinação contra a covid-19 e de uma ampla campanha de comunicação para destacar a importância das medidas de prevenção e garantir adesão à vacinação.

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) também soltou comunicado no qual se solidariza com as famílias dos mortos e critica as ações do governo federal. “A ausência de coordenação nacional, o desfinanciamento deliberado do Sistema Único de Saúde (SUS) e a negação com motivação ideológica para compra das vacinas contra a covid-19, no momento em que precisávamos ter adquirido, são alguns dos inúmeros motivos que tornam a atual gestão como a grande responsável pela barbárie que vivemos”, diz o texto do CNS.

Da Agência Brasil, com Redação

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