O humorista e influenciador Gustavo Tubarão revelou recentemente em suas redes sociais que sofre com o Transtorno de Personalidade Borderline. Inclusive ele conta que, no passado, chegou a se envolver com drogas no auge do transtorno, devido a picos intensos de depressão. O jovem demonstrou muito medo e desespero ao receber o diagnóstico da doença.
Mas o que seria o Transtorno de Personalidade Borderline e de que forma ele se manifesta? Muito se ouve falar sobre este tipo de neurose. Algumas pessoas até usam, muitas vezes, até sem saber exatamente do que se trata, o termo “Borderline” para classificar pessoas que possuem alterações de humor.
Mas seria isso mesmo? Vamos entender melhor que tipo de personalidade é essa e como lidar com pessoas afetadas por ela.
A personalidade Borderline corresponde a um transtorno mental que se manifesta, especialmente, através de demonstrações reais de instabilidade emocional muito acentuada. Muitos ainda confundem essas manifestações com o Transtorno Bipolar, mas são distúrbios com características distintas. Para evitar confundir, se faz necessário a análise de suas diferenças.
Dentro do comportamento borderline podemos evidenciar agressão, automutilação, comportamentos compulsivos, hostilidades, falta de moderação, comportamentos autodestrutivos e fobias severas.
Um misto de sentimentos pode motivar os comportamentos, como por exemplo culpa, ansiedade, perda de interesse, falta de prazer pelas atividades que desenvolve, solidão e tristeza. O paciente vê sua imagem distorcida e se alimenta de uma paranoia, associada ao narcisismo e a depressão.
Neste sentido, como a instabilidade emocional é muito intensa, os Bordelines costumam ter problemas em seus relacionamentos pessoais, perdendo laços afetivos, familiares e de amizade.
E quais seriam as causas para este transtorno? Na realidade, não existe uma causa específica para quem desenvolve o Transtorno Borderline, sendo as crises geralmente manifestadas após conflitos emocionais difíceis ao longo da vida, que podem ser experiências como de morte ou separação, ou até mesmo abuso sexual – principalmente na infância e/ou na adolescência.
É muito importante que o diagnóstico do distúrbio seja fechado o quanto antes, para que a condução do tratamento culmine em um resultado satisfatório e não permita a associação de outros transtornos ou queixas maiores.
O borderline não pretende causar mal a ninguém e nem a si mesmo, no entanto, o seu desequilíbrio emocional abrupto cega suas ações e, inconscientemente, cria uma espécie de insanidade temporária.
Portanto, com acompanhamento adequado é possível controlar o transtorno. Em situações normais, o tratamento psicoterápico com psicanalista ou psicólogo, aliado à orientação médica e medicações específicas, consegue-se tratar o Borderline e fazer com que esse indivíduo tenha um maior suporte terapêutico no controle de seu transtorno.
Que fique claro, enfim, que a pessoa diagnosticada com o Transtorno de Borderline precisa estar em constante vigilância de um profissional de saúde mental, sendo acolhida e fazendo a administração correta da medicação proposta para que as crises sejam menos intensas e que ocorram em espaço maior de tempo, possibilitando qualidade de vida e equilíbrio psíquico.