Mudanças climáticas que produzem o temido aquecimento global, poluição por plástico nos oceanos, excesso de  lixo nas grandes cidades... Muito se fala sobre as ameaças do homem ao futuro do planeta. Mas como podemos virar esse jogo em nossas práticas diárias? É muito simples se cada um fizer sua parte. Afinal, não são só os governos e as empresas que devem se comprometer com a luta contra o aquecimento global. Cada um de nós pode rever seus hábitos de consumo como forma de combater as mudanças climáticas. Cada atitude, por mais simples que seja, conta – principalmente se servir de exemplo para outras pessoas e se for repetida ao longo do tempo.

Para este Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), em que também comemoramos os dois anos do Portal ViDA & Ação, abrimos a série Atitude Sustentável selecionando sete dicas do Instituto Akatu, especializado em consumo consciente, para combater o aquecimento global, um dos maiores desafios atuais da Humanidade. São sugestões de mudanças de hábito no dia a dia que podem fazer uma grande diferença. Aqui em casa a gente já emprega vários desses “mandamentos”, e aí na sua, como é?! Conta pra gente pelo redacao@vidaeacao.com.br.

  1. Reduza o consumo de carne bovina – A agropecuária é uma das maiores fontes de emissão de gases de efeito estufa no Brasil, não só pela sua prática como pelo desmatamento associado. Representa 61% das emissões de GEE totais do Brasil, considerando o uso da terra. O gado, em seu processo de digestão, gera o gás metano, que causa o efeito estufa em uma proporção 21 vezes maior do que o gás carbônico, contribuindo fortemente para o aumento da temperatura média do planeta. Por isso, repense sua alimentação. Diminua o consumo de carne bovina, procurando substitui-la, quando possível, por outras fontes de proteína – preferencialmente vegetais.
  2. Evite o uso de canudos e copos descartáveis – Esses utensílios são usados por poucos minutos e sua produção emite gases de efeito estufa, além de serem produzidos a partir de matéria prima fóssil, de um subproduto do petróleo. Assim, prefira recipientes duráveis, que poderão ser utilizados várias vezes, aproveitando assim o mais longamente possível os recursos consumidos na sua fabricação.
  3. Faça pequenos trechos a pé – Evite o uso do carro sempre que possível. Os veículos, na queima de combustíveis, emitem gases de efeito estufa. Para percursos de até 3 km de distância, ir a pé é a escolha com menor impacto ambiental, sendo bom para a saúde e eliminando a emissão de GEE. Se você trocar o carro pela caminhada, por exemplo, cinco vezes na semana, em um curto percurso (1,5 km no total de ida e volta), ao longo de uma vida, será evitada a emissão de uma quantidade de gases de efeito estufa (GEE) equivalente àquela emitida na produção de energia elétrica para uma residência por 41 anos!
  4. Não desperdice alimentos – O processo de decomposição dos alimentos também libera gases GEE, por isso, evite o desperdício. Uma boa dica é preparar somente a quantidade de comida para consumo imediato. Ainda assim se sobrar, coloque na geladeira e coma mais tarde, ou congele-a para preservá-la por mais tempo. Outra sugestão é reaproveitar as sobras de folhas, talos e cascas de hortaliças em receitas criativas, para evitar que essas partes nutritivas dos alimentos sejam jogadas fora. Já pensou em fazer um doce com casca de laranja ou um bolinho com talos de beterraba? Delícia!
  5. Desligue a luz ao deixar um ambiente – Economize energia elétrica, principalmente no período mais seco do ano, o inverno. Nessa época, chove menos e os níveis dos reservatórios de água das hidrelétricas ficam mais baixos. Quando isso acontece, é necessário acionar as usinas termoelétricas, que lançam mais gases de efeito estufa na atmosfera.
  6. Compre roupas de segunda mão – Quando você compra roupas de segunda mão, está ajudando a aumentar a vida útil desses produtos, ou seja, fazendo valer os recursos que nela foram consumidos. Todo o processo de produção de roupas e acessórios de moda emite gases de efeito estufa, entre outros impactos ao meio ambiente e à sociedade. Leia mais aqui.
  7. Reduza o volume do seu lixo – Diminua o volume do seu lixo e faça o descarte correto dos resíduos. Ao diminuir o volume de resíduos, menos terá que ser transportado seja para aterros sanitários, seja para reciclagem, o que reduz a emissão de gases de efeito estufa nesse transporte.

O perigo dos gases de efeito estufa

De acordo com o Instituto Akatu, populações de todas as áreas do planeta já lidam com as consequências desse problema, que traz um clima imprevisível e extremo, causando prejuízos enormes como a escassez de alimentos, a necessidade de deslocamento de populações e a extinção de espécies. Todas as atividades humanas – especialmente o desmatamento, a queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e derivados), a agropecuária, o desperdício de alimentos e a produção de energia elétrica – geram gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, que causam o aquecimento global e as alterações do clima no planeta.

Esse fenômeno tem piorado por causa dos atuais padrões de produção e consumo. Como consequências temos a incidência de secas, enchentes, tempestades, derretimento das geleiras que ameaçam a disponibilidade de água, de alimentos e de energia no mundo todo – mesmo que a maioria não perceba a conexão entre esses problemas e as suas próprias atitudes.

Conheça as 6 principais ameaças globais

A ONU Meio Ambiente listou as principais ameaças ambientais que precisarão ser enfrentadas este ano. Entre elas, estão os danos provocados nos recifes de corais, a poluição por plástico dos mares e oceanos, entre outras. Veja a lista completa, publicada pela Agência Envolverde, listando ainda os principais eventos relacionados à pauta ambiental no planeta.

1. Recifes de coral
Com três quartos dos recifes de corais do mundo já sob risco — devido a ameaças que vão desde espécies invasivas à acidificação do oceano e poluição por protetores solares — a hora da ação é agora. A Iniciativa Internacional para os Recifes de Coral escolheu 2018 como o Ano Internacional dos Recifes de Coral. As ações já começaram em Fiji, com o anúncio governamental de importantes locais de preservação. A ONU Meio Ambiente já começou uma análise detalhada da situação dos recifes de coral no Pacífico.

2. Poluição por plástico
Com base no impulso gerado pela Assembleia Ambiental da ONU do ano passado, um grande foco será dado este ano no sentido de combater a poluição por plástico — eliminando as sacolas descartáveis, banindo os microbeads (micropartículas de plásticos) nos cosméticos e promovendo o uso de alternativas sustentáveis. A expectativa é de que haja mais notícias e importantes anúncios sobre este tema, incluindo de companhias multinacionais, em 2018.

3. Deixar o mundo dos esportes mais verde
Com as Olimpíadas de Inverno em Pyeongchang, na Coreia do Sul, realizadas a Copa do Mundo da Rússia, em junho e julho, e os Jogos Olímpicos de Verão da Juventude, em Buenos Aires, em outubro, 2018 será um ano esportivo. Fique atento aos anúncios de novos compromissos de sustentabilidade de importantes organizações esportivas. Com bilhões de fãs de esporte no mundo todo, o impacto potencial é enorme.

4. Meio ambiente e migração
Em dezembro, a comunidade internacional irá se reunir nos Marrocos para tentar fechar um novo pacto para migrantes e refugiados. As mudanças climáticas e a degradação ambiental já foram oficialmente reconhecidas como impulsionadores da migração — um fato que, corroborado pelos desastres relacionados ao clima, continuam a gerar manchetes na imprensa.

5. Cidades e mudanças climáticas
Um importante tema de 2018 será como as cidades do mundo podem liderar a redução da emissão de gases do efeito estufa e desenvolver formas inovadoras de se adaptar às mudanças climáticas. Momentos importantes nessa frente será a Cúpula de Ação Global para o Clima, que será realizada em setembro em São Francisco, nos Estados Unidos.

6. Grandes gatos
No último século, o mundo perdeu 95% de sua população de tigres. Em apenas 20 anos, a população de leões na África caiu mais de 40%. Leopardos da neve, onças e espécies similares também estão em perigo devido à perda de seus habitats, à caça e outros tipos de ameaças. Em 2018, a expectativa é de que haja novas iniciativas para proteger os “grandes gatos” do mundo.

Fonte: ONUbr / Envolverde

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