O Brasil registrou em janeiro 243.721 casos prováveis de dengue, segundo o Painel de Monitoramento de Casos de Arboviroses do Ministério da Saúde. O aumento exponencial dos casos em várias partes do país e a busca da população por prevenção contra a doença são responsáveis pela maior procura de repelentes nos estabelecimentos comerciais em diversas partes do país.

O medo da dengue fez disparar as vendas do produto em mercados e farmácias em todo o país. As buscas por repelentes dispararam nos últimos meses, atingindo o maior nível dos últimos cinco anos, segundo dados da Cliquefarma, ferramenta do ecossistema Afya que compara preços de medicamentos e produtos farmacêuticos.

Dados apurados pela CliqueFarma/Afya mostram que as buscas no estado por repelentes em janeiro e fevereiro aumentaram em 533% quando comparado aos dois últimos meses de 2023, evidenciando a urgência dos consumidores em se protegerem contra os mosquitos, especialmente o Aedes aegypti, vetor de vírus como Dengue, Chikungunya e Zika. 

Essa procura acentuada também impacta os preços dos repelentes, que podem variar consideravelmente de acordo com a farmácia. O mesmo produto pode custar até três vezes mais em alguns estabelecimentos, o que torna a pesquisa de preços ainda mais importante para os consumidores.

É preciso pesquisar bem antes de comprar o repelente

Diante este cenário, a Cliquefarma recomenda algumas ações aos consumidores:

Pesquisar preços: Compare os preços dos repelentes em diferentes farmácias antes de comprar.

Ler os rótulos: Verifiquem a composição dos repelentes e escolham o produto mais adequado para as necessidades de cada pessoa.

Tomar medidas de precaução: Além de usar repelente, elimine locais que possam acumular água em casas e quintais.

Supermercado do Rio tem explosão nas vendas, com aumento de 300%

No Rio de Janeiro, o Supermercados Mundial testemunhou um aumento significativo nas vendas em relação ao mesmo período de 2023. Houve uma impressionante explosão de 300% nos primeiros sete dias de fevereiro, comparado ao mesmo intervalo em 2023 (de 1 a 7 de fevereiro). O crescimento ocorreu após a declaração de epidemia de dengue na cidade pelo prefeito Eduardo Paes.

Em uma análise mais detalhada, os bairros que mais se destacaram foram Botafogo, Centro e Irajá, onde as vendas de repelentes ultrapassaram 500%. Já as lojas localizadas na Barra da Tijuca e Recreio, conhecidas por sua alta procura durante todo o ano, tiveram um aumento de 250% nas vendas de repelentes neste período crítico.

Isso indica que, mesmo em áreas tradicionalmente procuradas, a conscientização sobre a necessidade de proteção alcançou novos patamares diante da atual situação epidêmica. Para a empresa, o aumento reflete a urgência da população em se proteger contra a ameaça crescente da dengue. Por isso, o supermercado reforçou os estoques e antecipando-se ao aumento repentino na demanda.

Rede de farmácias registra aumento de 74% nas vendas em SP

A rede Pague Menos e Extrafarma registra um crescimento de 45% nas vendas de repelentes em suas lojas em todo o país. Em São Paulo, o aumento foi mais expressivo: 74% na comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto no Rio de Janeiro o crescimento foi de 39%.

A rede diz que tem se preparado desde o último trimestre de 2023 para atender a alta demanda à alta demanda sazonal por repelentes. “Todas as lojas da rede no país foram abastecidas com antecedência e preparadas para atender os consumidores em sua necessidade de compra”, diz a empresa.

A Dauf, marca própria da Pague Menos, foi uma das mais procuradas no período, além de Exposis, OFF, SBP e Relepex. A demanda concentra-se principalmente nos princípios ativos DEET e icaridina.

A rede implementou ações direcionadas para a prevenção de surtos de dengue em todas as regiões do país, como campanhas de CRM, presença ativa nas redes sociais e promoções tanto no site quanto nas lojas do Brasil.

Anvisa alerta para escolha do repelente certo

É importante escolher o repelente adequado para evitar o Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, zika e chikungunya. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), apenas os produtos de aplicação na pele e os de uso no ambiente possuem eficiência comprovada. Não existem produtos de uso oral, como comprimidos e vitaminas, com indicação aprovada para repelir o mosquito.

No caso dos produtos para pele, a orientação é que o repelente seja aplicado diretamente nas áreas expostas do corpo, com exceção dos casos em que o rótulo traga instruções para o uso diretamente na roupa. Já os cosméticos repelentes com o ingrediente DEET não devem ser aplicados em menores de dois.

Assim como os cosméticos repelentes, os sanitizadores, que são inseticidas para matar o mosquito adulto ou repelentes para afastar o inseto do ambiente, precisam ter a aprovação da Anvisa tanto para a substância ativa, quanto para os componentes complementares, como solubilizantes e conservantes.

A Anvisa alerta que, não há comprovação de eficácia para produtos de princípio ativo natural, como citronela, andiroba e cravo da índia, por exemplo. O registro junto ao órgão garante a eficiência do produto para enfrentar o mosquito da dengue.

Para facilitar a consulta se determinado repelente está ou não regular, a Anvisa mantém no site duas listas: uma de cosméticos para aplicação na pele e outra de saneantes para uso no ambiente. O site é o gov.br/anvisa.

Cada um faz a diferença na luta contra a dengue: confira dicas de prevenção!

Não é só passando repelente que vai resolver. A população pode e deve adotar medidas simples, desde a eliminação de recipientes que acumulam água parada até o uso regular de repelentes, vacinação e cuidado com vestimentas.

Confira as principais dicas.

  • Elimine recipientes que possam acumular água parada em sua residência, como vasos, garrafas e pneus.
  • Utilize regularmente repelentes para proteger-se contra picadas de mosquitos.
  • Esteja atento às campanhas de vacinação e busque a imunização sempre que disponível.
  • Mantenha janelas teladas e utilize roupas de manga comprida para reduzir o contato com os mosquitos transmissores.
  • Colabore com a conscientização da comunidade, compartilhando informações sobre medidas preventivas e incentivando a participação de todos na luta contra a propagação da dengue.

Com Assessorias e Agência Brasil (atualizado em 22/03/24)

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