Nesta quinta-feira (1º), um dos principais pontos turísticos do País, o monumento ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ), será iluminado na cor laranja com o objetivo de chamar a atenção para a conscientização acercado câncer de pele. A ação faz parte do Dezembro Laranja, que é a campanha promovida anualmente, desde 2014, pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Além do Cristo Redentor, outros monumentos e prédios recebem a mesma iluminação em diferentes estados.

A edição de 2022 tem como tema “Não espere até sentir na pele”. A intenção é colocar no centro dos debates os trabalhadores urbanos e rurais que estão diariamente expostos aos raios solares em virtude de suas atividades. Consequentemente, foca também em pessoas que frequentam praias, cachoeiras, piscinas ou que estão constantemente em áreas ao ar livre.

“Em um país tropical onde diariamente as pessoas estão expostas aos raios solares, é preciso redobrar os cuidados e levar conhecimento para a população sobre todas as possibilidades de fotoproteção, como evitar horários de maior incidência de radiação ultravioleta, usar chapéus, óculos escuros, camisetas, procurar sombras e utilizar os filtros solares”, explica Renato Bakos, coordenador do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD e da campanha 2022.

A prevenção ao câncer da pele pode ser feita diariamente e de forma simples. Entre as medidas recomendadas pelos especialistas estão evitar a exposição solar, sobretudo entre 9h e 15 horas; passar sobre a pele filtros solares com FPS 30 ou mais diariamente e não somente em horários de lazer; e consultar um médico dermatologista ao menos uma vez por ano para um exame completo.

Impactos da pandemia

Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no triênio 2023-2025, serão registrados, por ano, 9 mil novos casos de câncer de pele melanoma e mais de 220 mil casos de câncer de pele não melanoma. Do primeiro tipo, estima-se que 4.640 serão em homens e 4.340 em mulheres. Já do segundo, 101.920 registros ocorrerão em homens e 118.570 em mulheres.

Números oficiais analisados pela SBD mostram que mais de 17 mil casos de câncer de pele deixaram de ser diagnosticados no auge da pandemia de covid-19. A situação afetou sobretudo a população que tem mais de 60 anos. O total de internações em decorrência da doença também caiu 26%, segundo informações do Sistema Único de Saúde (SUS).

Durante o ano de 2020, momento mais crítico da pandemia de covid-19, foram realizados 17.227 diagnósticos a menos dessa doença do que em 2019. Isso significa que o número absoluto de casos foi 24,7% menor do que no período anterior ao avanço do coronavírus.

Mutirões gratuitos

A campanha deste ano também ganha fôlego com a retomada dos mutirões gratuitos à população para identificar casos novos da doença. essas ações tradicionais e gratuitas voltam a acontecer após dois de interrupção por conta da pandemia de covid-1. Os atendimentos estão previstos para acontecer no dia 3 de dezembro (sábado), das 9h às 15h.

Ao todo, serão aproximadamente 100 postos cadastrados e espalhados pelo Brasil nos quais os pacientes contarão com o atendimento de especialistas da SBD e receberão informações sobre prevenção ao câncer da pele. No Estado do Rio, os atendimentos acontecerão em oito centros cadastrados e espalhados pela capital do estado Rio de Janeiro e nos municípios de Niterói, Campos dos Goytacazes e Cachoeiras de Macacu.

Pacientes que tiverem lesão suspeita serão encaminhados para tratamento. O acolhimento será feito por ordem de chegada, dentro de um número limitado de consultas, que serão realizadas sob a coordenação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), juntamente com parceiros locais.

Em 2019 — ano em que foi realizada a última ação presencial — foram atendidas mais de 25 mil pessoas, em cerca de 130 postos, por todo o Brasil. Desde a sua implementação, em 1999, a iniciativa já beneficiou mais de 600 mil pessoas. Para o presidente da SBD, Mauro Enokihara, a volta dos atendimentos presenciais, no formato de mutirão, traz uma sensação de felicidade.

“Foram dois anos conturbados e incertos por conta da pandemia. Nesse período, não pudemos estar em contato com a população. Sabemos que, infelizmente, muitos deixaram de se consultar. Por isso, poder fazer esses atendimentos e levar informação e auxílio à população é reconfortante e difunde uma das grandes metas da SBD”, afirmou.

Para saber mais clique neste link

Fonte: SBD

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