coaching-na-novela

A advogada Adriana (Julia Dalavia) é internada após sofrer um acidente de trânsito. No hospital, é submetida a uma bateria de exames. Acaba descobrindo, por acaso, uma grave doença. O câncer renal será abordado nas próximas semanas durante a novela ‘O Outro Lado do Paraíso’, na TV Globo. Na ficção, o diagnóstico será de um tumor maligno no rim esquerdo, em que o órgão já até perdeu sua função. Devido ao estágio avançado da doença e para impedir uma possível metástase, o médico irá sugerir a retirada imediata do rim afetado. Nesses casos, a urgência é fundamental.

Dentre tantas patologias já conhecidas quando o tema é câncer, pouco se escuta sobre o câncer renal e tudo que envolve seu diagnóstico e tratamento. Esse tipo de câncer pode ser considerado relativamente incomum, atingindo cerca de 150 mil pessoas no mundo, em sua maioria homens na faixa etária de 50 aos 70 anos. Mas apesar da baixa incidência, dados do Globocan, um projeto da Organização Mundial da Saúde (OMS), indicam que a cada dois pacientes diagnosticados com tumores renais, um acaba morrendo. Em grande parte, a razão principal dos altos índices de morte se deve à descoberta tardia da doença, quando já há presença de metástases.

“Em seus estágios iniciais, o câncer de rim costuma apresentar poucos sintomas e, muitas vezes, seu diagnóstico é feito como um achado ocasional em exames de imagem realizados por outras razões”, destaca Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO), unidade São Paulo do Grupo Oncoclínicas. Ainda segundo o especialista, um pequeno número de pacientes tem massa abdominal palpável, dor e presença de sangue na urina. Outros sintomas como falta de ar, emagrecimento e dores ósseas podem ser consequência das metástases da doença. “A confirmação do diagnóstico só é possível após a análise do patologista que muitas vezes ocorre após abordagem cirúrgica da lesão ou biópsia de alguma metástase”, ressalta o Dr. Andrey Soares.

Causas e tratamento

O câncer renal tem causas variadas como tabagismo, obesidade, hipertensão arterial, insuficiência renal terminal e histórico familiar, bem como algumas síndromes clínicas raras, presença de doença renal cística adquirida, uso prolongado de analgésicos não esteroides, e exposição ocupacional a alguns agentes como cádmio e derivados de petróleo, entre outros.

Dr. Andrey explica que a escolha do tratamento depende de fatores variados desde o tipo e extensão do câncer até as condições clínicas do paciente, podendo incluir cirurgia e/ou terapias de alvo molecular. Este é um tumor que não responde a quimioterapia, a exceção são os tumores do ducto de Bellini. “Temos obtido excelentes resultados no uso da imunoterapia isolada ou combinada entre elas ou com terapia alvo no tratamento de tumores renais. Atualmente no Brasil já disponível para uso isolado na falha de um tratamento inicial”, finaliza.

 

Advogada terá que fazer hemodiálise

Depois de passar por uma cirurgia de urgência para retirar um dos rins afetado por câncer maligno, a advogada será informada que o órgão restante não está funcionando corretamente e que ela precisará recorrer a hemodiálise para se manter viva. Como afirma o portal “Observatório da Televisão”, ela vai à consulta acompanhada do pai Henrique (Emílio de Mello) e se assusta quando o médico revela a piora de seu quadro clínico. “E o que está querendo dizer, doutor? Que eu vou partir em breve?”, questiona ela, que já havia se desesperado com a suspeita de câncer.

“Sei que ninguém sobrevive sem os dois rins. Eu tenho um só, e se ele está com problemas…”, sugere. Tentando acalmar a paciente, o médico afirma os procedimentos necessários para que ela consiga se recuperar: “Bastante descanso, um regime que terá que seguir à risca e hemodiálise. Três vezes por semana. Não sei qual o seu nível de informação a respeito, mas a hemodiálise faz o trabalho que o rim faria. No seu caso, evitará que o rim direito entre em colapso”.

O pai diz que o tratamento não será um problema, mas Adriana mostra frustração em ter que se submeter à hemodiálise. “Como não há problema, pai? Isso vai atrapalhar minha vida profissional, vai me tornar dependente de um aparelho”, fala a jovem. O diplomata, então, questiona se o método deverá ser feito para sempre e o especialista tenta parecer otimista. “Com alguma sorte o rim se recupera”, afirma. As palavras dele, no entanto, deixam Adriana irritada mas determinada a cumprir as orientações. “Sorte? Por favor, não volte a me dar uma imagem positiva do que não é nem um pouco positivo. Se não há outra alternativa eu faço a hemodiálise. É isso ou… Enfim, é melhor me tratar doutor”, diz.

Conheça os cinco diferentes tipos de câncer renal

Carcinoma Renal de Células Claras: conhecido com RCC (Renal Cell Carcinoma) é o mais comum, ocorrendo em 70% a 90% dos casos. Ele tem origem no tubo responsável por filtrar as purezas do sangue.

Carcinoma Papilar: Menos comum, este câncer atinge cerca de 10% a 15% dos casos. É um tipo agressivo que pode causar metástase. Costuma causar obstrução das vias urinárias, gerando dor. Existe o carcinoma papilar tipo 1 e o tipo 2.

Carcinoma Renal Cromófobo: Ocorre em cerca 5% dos casos e é considerado um dos menos agressivos.

Ductos Coletores: Tipo de câncer extremamente raro que afeta uma estrutura do rim chamado Tubo de Bellini.

Sarcomatóides: Em geral ocorre em concomitância aos outros tipos, principalmente ao carcinoma de células claras, sendo um componente do mesmo e com características mais agressivas.

Fonte: Grupo Oncoclínicas e |Observatório da Televisão, com Redação

 

Shares:

Related Posts

1 Comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *