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O Estado do Rio de Janeiro registra cerca de 8 mil casos de câncer de mama ao ano, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Mas o acesso ao diagnóstico e tratamento na rede pública ainda enfrenta muitos desafios, principalmente se a paciente mora no interior do estado. Uma audiência pública, marcada para esta quinta-feira, dia 1º, às 10 horas, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quer cobrar do governo estadual a liberação de recursos para oferecer radioterapia pelo SUS na Região dos Lagos.

“O tratamento é diário e a falta de credenciamento pelo SUS na Região dos Lagos significa que os pacientes precisam viajar durante horas até a capital para realizar sessões de 10 minutos. Um desconforto imenso para quem se trata de câncer”, afirma a presidente da Fundação Laço Rosa, Marcelle Medeiros.

Por isso, a Frente Estadual de Combate ao Câncer de Mama do Rio de Janeiro vem pressionando os poderes públicos para implantação do serviço. Uma campanha realizada esta semana nas redes sociais cobra a presença do secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr, na audiência. Liderada pela Fundação Laço Rosa, a Frente é resultado de uma coalizão que representa mais de 50 mil vozes de pacientes em todo Estado do Rio de Janeiro, composta por 11 organizações e três movimentos organizados.

 

Recurso liberado pode não ser suficiente

O pedido para implantar a radioterapia na Região dos Lagos estava engavetado, saiu do papel após a pressão coletiva e ajuda do deputado federal Hugo Leal e do deputado estadual Janio Mendes. Já foi publicada no Diário Oficial a portaria 3941 de 28 de dezembro de 2017 que libera o teto financeiro de R$ 1.692.765,60 para oncologia na Região dos Lagos, mas é questionável se o recurso será suficiente para atender toda a população que necessita de tratamento.

A audiência pública, convocada pela Comissão de Saúde da Alerj e pela deputada estadual Enfermeira Rejane, tem o objetivo de fiscalizar o andamento do processo de liberação do orçamento, quando entrará em vigor, o valor mensal que será disponibilizado, como será o repasse e outros questionamentos referentes ao diagnóstico, acesso e tratamento do câncer de mama no Estado inlcuindo o cumprimento da Lei dos 60 dias e a inclusão do medicamento Trastuzumabe para pacientes metastáticos na rede pública. A Fundação Laço Rosa vai acompanhar de perto o resultado da audiência.

Fonte: Fundação Laço Rosa, com Redação

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