Na última semana, o vídeo que retrata uma mulher comendo uma marmita na garupa de uma moto viralizou nas redes sociais de todo o Brasil. Mais do que a conotação cômica, os 30 segundos de gravação, em meio ao trânsito, revelam um recorte da rotina de milhares de brasileiras que mal têm tempo de almoçar em meio às tarefas do dia a dia.

A correria se tornou um aspecto comum na vida de grande parte da população feminina do país — que chega a trabalhar até 8 horas a mais do que homens, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — e é tratada, atualmente, como tema de saúde pública. Essas rotinas corridas se tornaram tema de saúde pública pela alta incidência de infartos neste segmento e são um dos principais debates a serem abordados nesta segunda-feira, Dia do Cardiologista.

No passado, o infarto, uma condição crítica e fatal em cerca de 20% dos casos, costumava ser associado predominantemente a homens mais velhos. Nos últimos 30 anos, mulheres de 15 a 49 anos se tornaram um dos principais perfis de vítimas fatais de infarto no Brasil, conforme revelam dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Dados recentes revelam um aumento significativo de casos entre mulheres jovens, que geralmente estão na faixa etária entre 25 e 45 anos. Essa tendência, de acordo com Marcelo Pinho, médico da área de Cardiologia da rede AmorSaúde, está associada a uma série de fatores ligados à modernização da sociedade, como estresse, dieta inadequada e sedentarismo.

“Atualmente, temos testemunhado um número cada vez maior de casos de infartos em mulheres jovens devido, principalmente, à negligência ao autocuidado por falta de tempo para a realização de exames periódicos, aferição de pressão arterial e visita ao profissional de Cardiologia a, ao menos, uma vez ao ano. Soma-se a isso, fatores relacionados ao estresse como sedentarismo, tabagismo, má alimentação, álcool em excesso e obesidade”, destaca o médico da maior rede de clínicas populares do Brasil.

Conforme destaca o Dr. Marcelo Pinho, mulheres mais jovens têm enfrentado um aumento na pressão profissional e pessoal, o que resulta em cada vez mais elevados níveis de estresse, além da adoção de dietas ricas em alimentos ultraprocessados e pobres em nutrientes essenciais, fator que contribui para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O sedentarismo, por sua vez, é agravado pelo estilo de vida cada vez mais digital, que limita a atividade física.

“A rotina de cuidados básicos para evitar um infarto está em evitar os hábitos listados e realizar exames de check up constantes, com visitas anuais ao médico da área de Cardiologia”, pontua o profissional.

5 medidas para adotar uma rotina de cuidados

Para aquelas que querem adotar um estilo de vida mais saudável, capaz de evitar doenças cardiovasculares como o infarto, a AmorSaúde disponibiliza algumas dicas:

1. Alimentação nalanceada: Optar por uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras é fundamental. Além disso, evitar o consumo excessivo de açúcares, gorduras saturadas e sódio é crucial para manter o coração saudável.

2. Atividade física regular: A prática regular de exercícios físicos ajuda a fortalecer o coração e melhorar a circulação sanguínea. Caminhadas, corridas, dança e outras atividades são excelentes opções.

3. Gestão do estresse: Encontrar maneiras de lidar com o estresse, como meditação, ioga ou simplesmente pausas regulares para relaxar, é vital para a saúde cardíaca.

4. Consultas médicas periódicas: Realizar check-ups regulares com um profissional de saúde pode identificar fatores de risco precocemente e permitir intervenções preventivas.

5. Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal: Buscar um equilíbrio saudável entre as responsabilidades profissionais e pessoais é essencial para reduzir o estresse.

Com informações da AmorSaúde

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