Como mudou a sua visão de mundo após diagnóstico de câncer de mama? Como alterou a qualidade das suas relações familiares? Essas são algumas das perguntas da pesquisa sobre saúde emocional e espiritual da paciente com câncer de mama organizada pela Femama (Federação Brasileiras de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama).
A ideia é mapear como as brasileiras com a doença manifestam alterações em suas relações, afetos e espiritualidade após o diagnóstico do tumor. A previsão é ter mais de 1.500 respostas ainda neste mês que elas auxiliarão a Femama a seguir buscando melhorias e políticas públicas que acolham essas mulheres. A pesquisa é online, anônima e exigirá cerca de 6 a 9 minutos para ser preenchida. Para acessar, basta clicar aqui.
Quem tem câncer de mama precisa cuidar da saúde de forma integral, diz psicólogo
Segundo Danilo Suassuna, idealizador do Instituto Suassuna, que organiza e realiza congressos, seminários, workshops e extensões voltadas aos profissionais da psicologia, quando uma mulher recebe um diagnóstico de câncer de mama, é natural que fique com o seu emocional abalado.
“Por essa razão é extremamente necessário que essas pacientes recebam apoio durante todo o processo de tratamento, e que também começam a dar mais atenção a áreas fundamentais da vida que precisam ser cuidadas”, explica.
O psicólogo afirma que é preciso estar atento a cinco pontos importantes: a dimensão física; a dimensão espiritual; a dimensão social; a dimensão afetiva e a dimensão racional. “Se essas áreas estiverem bem cuidadas podem proporcionar mais equilíbrio e até ajudar a encarar fases mais complicadas com mais força”, diz ele.
De acordo com o idealizador do Instituto Suassuna, o Outubro Rosa é uma ótima oportunidade de compartilhar informações necessárias tanto para a saúde física quanto para a saúde mental das mulheres. “Precisamos pensar de forma integral, pois as áreas de nossa vida estão conectadas e causam reflexos umas nas outras, por isso devem ser foco de atenção o tempo todo”, finaliza.
Outubro Rosa, uma causa de todos nós
Empatia, inclusive, é a palavra-chave na campanha do outubro rosa de 2023. A Femama acredita que com empatia, pacientes sentem-se encorajados para enfrentar a doença, homens e mulheres se ajudam a lembrar do papel dos exames de rastreamento e a população apoiará mais as políticas públicas em prol da saúde da mama. Sim, o câncer de mama é uma causa de todos nós, homens e mulheres, jovens e idosos.
Sim, homens também podem ter câncer de mama e a incidência em mulheres jovens cresce a cada ano. A empatia torna esse assunto comum a todos nós, é importante para sensibilizar a sociedade tanto no sentido privado, de ajudar quem está por perto, como também na esfera institucional, no ato de apoiar políticas públicas em prol da prevenção, diagnóstico e tratamentos.
“Já avançamos na aprovação de leis e agora é preciso o envolvimento da opinião pública para exigir o cumprimento dessas conquistas no dia a dia. A mudança de consciência ainda está em curso e contamos a empatia de todos para divulgar informações de qualidade sobre a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença”, afirma a presidente da Femama, Maria Caleffi.
Segundo ela, a entidade acredita na informação de qualidade, nos cuidados mútuos e no poder das redes de apoio para o acolhimento ao paciente e seus familiares. “Por isso, cuide-se, cuide de quem está por perto e apoie políticas públicas em prol da saúde. Lembre-se: com empatia, somos mais Vida”, finaliza a mastologista.
O mês de outubro foi escolhido para promover mundialmente a conscientização sobre a prevenção e o controle do câncer de mama. O Outubro Rosa, celebrado anualmente desde os anos 1990, quando foi iniciado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, tem foco em lembrar às mulheres sobre a necessidade do autocuidado e da prevenção. E, no caso das pacientes que estão tratando a sua doença, a época é uma boa oportunidade também para se reforçar a importância de cuidar da saúde de forma integral.
Com Assessorias