O empresário, apresentador e publicitário Roberto Justus, se tornou pai pela quinta vez, aos 65 anos de idade. Vick, de um ano e meio, é fruto do relacionamento com a empresária Ana Paula Siebert. Justus já é pai de Ricardo, 37, e Fabiana, 35, filhos do seu primeiro casamento; de Luiza, 28, do segundo, e de Rafaella, 12, do terceiro casamento (com Ticiane Pinheiro).

A exemplo de muitos famosos, como Serginho Groisman, Renato Aragão e Pedro Bial, muitos homens têm decidido ser pais após os 60 anos de idade, seja novamente, ou pela primeira vez. Isso é possível porque, de acordo com pesquisas, em geral, um homem é capaz de produzir espermatozoides saudáveis ao longo da sua vida.

Um dos impeditivos ou dificultadores desse sonho, porém, é o câncer de próstata, o tipo mais comum de câncer entre a população masculina do Brasil e que, no mundo todo acomete cerca 75% dos homens com mais de 65 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

“Considerando a mudança no cenário familiar, em que muitos homens estão no segundo casamento e optam por ter filhos, é fundamental que, cada vez mais, eles sejam proativos com relação aos exames de prevenção e diagnóstico do câncer de próstata, doença que, em geral, gera a infertilidade masculina. O cenário é ainda mais crítico em homens com idade superior a 65 anos, que são mais propensos a desenvolver a doença”, alerta Paula Fettback, médica especializada em reprodução humana.

Neste Novembro Azul, mês de conscientização a respeito de doenças masculinas, a especialista destaca quatro informações sobre a prevenção, o diagnóstico e o tratamento do câncer de próstata:

1.  Prevenir ainda é o melhor remédio

Infelizmente, o preconceito ainda é o grande inimigo da detecção precoce do câncer de próstata. Por isso, é fundamental que, a partir dos 40 anos, os homens iniciem a realização de exames preventivos, que podem ser tanto via dosagem de PSA ou toque retal, de acordo com a recomendação médica. Os fatores de risco são: idade superior a 60 anos; histórico familiar com diagnóstico da doença em parentes de primeiro grau; e sobrepeso ou obesidade.

2. Às vezes, é preciso tempo para absorver o diagnóstico

Receber o diagnóstico é, em geral, uma das etapas mais delicadas na jornada pela cura do câncer de próstata. Alguns homens podem demorar um pouco mais para absorver a notícia e as informações fornecidas. Então, caso seja necessário, agende um retorno para esclarecer possíveis dúvidas e fazer novos questionamentos ao médico.

3. Esclareça dúvidas sobre fertilidade antes do início do tratamento

Em geral, o tratamento contra o câncer de próstata causa danos às glândulas endócrinas ou a órgãos relacionados a elas, incluindo os testículos, gerando a interrupção ou diminuição da produção de espermatozoides. Dessa forma, antes de iniciar o tratamento, converse com seu médico ou equipe de saúde sobre como os protocolos podem afetar a sua fertilidade e quais são as opções para preservá-la. A recomendação é que o homem tenha essa precaução mesmo que não tenha o desejo de se tornar pai pela primeira vez ou voltar a ter filhos. Afinal, nunca se sabe quando podemos mudar de ideia.

4. Considere a reprodução assistida como uma alternativa para ter filhos

Quimioterapia, terapia de radiação e cirurgia são tratamentos para retirada de órgãos são tratamentos que podem afetar a fertilidade, mas não precisam significar a interrupção do sonho de ser pai. Para isso, a recomendação é procurar por um especialista em reprodução humana para definir o tratamento mais adequado para cada caso.

As opções para preservar a fertilidade masculina dependem da idade, do status de relacionamento e da maturidade física e emocional do homem. Mas, de uma maneira geral, se resumem: ao congelamento de sêmen para uma futura inseminação intrauterina ou fertilização in vitro; ou congelamento do tecido testicular, que contém células-tronco que posteriormente podem se tornar espermatozoides”, explica Dra Paula Fettback.

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