Uma nova onda de calor extremo atinge o Brasil. Altas temperaturas afetam as regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste, especialmente os estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Ao menos cinco capitais devem bater recordes de temperatura, que devem passar dos 40°C, podendo chegar a 45º em alguns lugares, com sensação térmica muito maior.

Mas, segundo o órgão, outras regiões podem ser incluídas na atenção, já que o fenômeno tende a se expandir e ganhar intensidade. A previsão do Inmet, órgão federal vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, é de que os termômetros devem seguir marcando altas temperaturas pelo menos até sexta-feira (17). Em boletim do Inmet atualizado nesta quarta-feira (15), havia 2.707 municípios que decretaram situação de emergência por causa do calor.

Essas condições podem impactar a saúde de toda a população, em especial os mais vulneráveis — como idosos, crianças, pessoas com problemas renais, cardíacos, respiratórios ou de circulação, diabéticos, gestantes e população em situação de rua. Para encarar esse calorão, o Ministério da Saúde lançou um guia na internet com 22 dicas e cuidados, reforçando medidas importantes, principalmente quanto à hidratação e uso de protetor solar (veja as dicas abaixo).

Segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador, Agnes Soares, até mesmo as pessoas que moram em lugares em que estão acostumadas com o calor têm de pensar em formas de se proteger durante o período de altas temperaturas.

Idosos, crianças, mulheres grávidas, pessoas doentes ou acamadas são vulneráveis e merecem mais atenção. Idosos e crianças, por exemplo, têm muita dificuldade de reconhecer a sede. Por isso, é necessário oferecer água com muito mais frequência a eles”, alerta Agnes.

Confira as principais recomendações do Ministério da Saúde

Os principais sinais de alerta, segundo o guia, são: transpiração excessiva, fraqueza, tontura, náuseas, dor de cabeça, cãibras musculares e diarreia. “Nestes casos, deve-se procurar a unidade de saúde mais próxima para uma avaliação com um profissional”, orienta o ministério.

A ingestão de água é fundamental porque o nosso corpo precisa de líquido para manter a temperatura ideal de funcionamento. O uso do filtro solar também é essencial. Ele deve ser aplicado 30 minutos antes da exposição ao sol para que seja absorvido e deve ser reaplicado a cada duas horas em que permanecer ao sol. O produto deve ser espalhado por todas as partes do corpo, incluindo mãos, orelhas, nuca e pés.

Como se adaptar no dia a dia para evitar a exposição ao calor?

 E em casa, como me proteger? Quais as orientações para a população?

Confira 22 dicas e cuidados com a saúde

Sol e calor

  • Evite a exposição direta ao sol, em especial, de 10h às 16h;
  • Se expor ao sol sem a proteção adequada contra os raios ultravioleta deixa a pele vermelha, sensível e até com bolhas. Use protetor solar;
  • Use chapéus e óculos escuros (especialmente pessoas de pele clara);
  • Proteja as crianças com chapéu de abas;
  • Use roupas leves e que não retêm muito calor;
  • Diminua os esforços físicos e repouse frequentemente em locais com sombra, frescos e arejados;
  • Em veículos sem ar-condicionado, deixe as janelas abertas;
  • Não deixe crianças ou animais em veículos estacionados.

Hidratação

  • Aumente a ingestão de água ou de sucos de frutas naturais, sem adição de açúcar, mesmo sem ter sede;
  • Evite bebidas alcoólicas e com elevado teor de açúcar;
  • Faça refeições leves, pouco condimentadas e mais frequentes.
  • Recém-nascidos, crianças, idosos e pessoas doentes podem não sentir sede. Ofereça-lhes água.
  • O Ministério da Saúde disponibilizou uma página especial com mais recomendações. As orientações estão disponíveis também nas redes sociais da pasta.

Cuidados coletivos

  • Se possível, feche cortinas e/ou janelas mais expostas ao calor e facilite a circulação do ar;
  • Abra as janelas durante a noite;
  • Utilize menos roupas de cama e vista-se com menos roupas ao dormir, sobretudo, em bebês e pessoas acamadas;
  • Informe-se periodicamente sobre o estado de saúde das pessoas que vivem só, idosas ou com dependência que vivam perto de si e ajude-as a protegerem-se do calor;
  • Mantenha ambientes úmidos com umidificadores de ar, toalhas molhadas ou baldes de água.

Cuidados com a saúde

  • Mantenha medicamentos abaixo de 25º C na geladeira (ler as instruções de armazenamento na embalagem);
  • Procure aconselhamento médico se sofrer de uma doença crônica condição médica ou tomar vários medicamentos;
  • Busque ajuda se sentir tonturas, fraqueza, ansiedade ou tiver sede intensa e dor de cabeça;
  • Se sentir algum mal-estar, busque um lugar fresco o mais rápido possível e meça a temperatura do seu corpo e beba um pouco de água ou suco de frutas para reidratar;
  • No período de maior calor, tome banho com água ligeiramente morna. Evite mudanças bruscas de temperatura.

Clique aqui e acesse o guia do Ministério da Saúde.

Calor também afeta o apetite: o que se deve ou não comer?

Cientistas afirmam que 2023 deve terminar como o ano mais quente do mundo em 125 mil anos. Os dados mostram que o último mês de outubro foi o mais quente neste período. Nem sempre extremos são bons. Temperaturas muito altas ou muito baixas podem fazer muito mal à saúde. Esse calorão pode impactar o organismo de diversas maneiras, desde a desidratação até a perda de apetite.

Para manter a boa saúde e o bem-estar físico é preciso prestar atenção na alimentação e ingestão de líquidos, como destaca a nutricionista Fabiana Freire, supervisora de Operações Educação da Sapore, empresa de soluções integradas de serviços.

Segundo ela, em dias mais quentes precisamos consumir alimentos de fácil digestão, como verduras, frutas, legumes e carnes magras, e aumentar o consumo de água, chás gelados e sucos.

“No verão, ao contrário do inverno, sentimos menos vontade de comer e perdemos líquidos e sais minerais, devido ao aumento da temperatura corporal e a transpiração excessiva. Daí a importância de uma alimentação mais leve e da hidratação”, afirma.

Com Ministério da Saúde e Agência Brasil

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