Muitas gestantes se perguntam como aproveitar as delícias da ceia de Natal sem comprometer a saúde. Pratos típicos da época, como carnes gordurosas, sobremesas calóricas e alimentos temperados, podem representar riscos se consumidos sem moderação.

Para ajudar as futuras mamães, a nutricionista Amanda Figueiredo e as ginecologistas Camila Bolonhezi, do Instituto Macabi, e Paula Beatriz Fettback, especialista em reprodução humana, oferecem orientações essenciais para uma ceia equilibrada e segura.

Atenção ao excesso de gordura e temperos fortes

Camila Dagostino Bolonhezi. ginecologista e obstetra

Natal é sinônimo de pratos irresistíveis, mas gestantes devem evitar alimentos pesados, como carnes gordurosas, embutidos e pratos muito temperados. “O excesso de gordura saturada pode levar ao aumento do colesterol e de desconfortos gastrointestinais, como náuseas e azia, que são comuns na gestação. Por isso, é melhor optar por carnes magras, como peru, cordeiro ou coelho, e temperos naturais, reduzindo o sal e as especiarias”, orienta Amanda Figueiredo, nutricionista pós-graduada em saúde da mulher.

Camila Bolonhezi, ginecologista e obstetra do Instituto Macabi, complementa: “Comidas apimentadas e temperos fortes podem agravar azia, refluxo e até hemorroidas, que são frequentes em gestantes. Além disso, alimentos com excesso de sal aumentam o risco de pressão arterial elevada e inchaço, favorecendo condições graves como a pré-eclâmpsia.”

Evite alimentos com risco de contaminação

Paula Fettback, ginecologista

Alguns alimentos da ceia podem oferecer risco de contaminação, como queijos e frios não pasteurizados, carnes mal-passadas e molhos com ovos crus. Paula Fettback alerta: “Listeriose e salmonelose, causadas por esses alimentos, podem trazer graves consequências para o bebê. Prefira queijos pasteurizados, carnes bem passadas e evite maioneses caseiras.”

Saladas também demandam atenção especial. “Devido ao risco de toxoplasmose, é essencial lavar folhas e legumes em água corrente e deixá-los de molho no hipoclorito de sódio (água sanitária). Se a higiene não for confiável, melhor evitar”, reforça a ginecologista.

A doçura das festas: sobremesas com moderação

Amanda Figueiredo, nutricionista

As sobremesas natalinas, como pudins e rabanadas, são difíceis de resistir, mas devem ser consumidas com moderação. “O excesso de açúcar pode causar picos de glicemia e favorecer diabetes gestacional. Uma opção é escolher tortas de frutas ou receitas menos calóricas, que mantêm o sabor sem comprometer a saúde”, recomenda Amanda Figueiredo.

O que comer para garantir uma ceia nutritiva e segura

Na hora de brindar, álcool está fora do cardápio. “Invista em sucos naturais, água de coco ou coquetéis de frutas sem álcool”, sugere Camila Bolonhezi. Para acompanhar, Amanda Figueiredo recomenda:

  • Grãos integrais, como quinoa e lentilhas, que ajudam na digestão;
  • Frutos secos, como castanhas e nozes, fontes de gorduras boas;
  • Frutas frescas ou assadas, que hidratam e fornecem vitaminas.

Dra. Paula Fettback ressalta: “Além da alimentação equilibrada, é fundamental beber bastante água e evitar refrigerantes, que podem causar desconforto e aumentar o risco de azia.” Por fim, as especialistas destacam que a moderação é a chave para uma ceia de Natal prazerosa e sem preocupações. Aproveite o momento para celebrar com segurança e cuidar da saúde de quem importa: você e o bebê.

Nutricionista dá dicas de como ser saudável durante a gestação

Mulheres devem seguir uma alimentação balanceada para evitar problemas de saúde na gravidez

As mulheres gestantes ou que pretendem engravidar devem manter uma alimentação saudável e balanceada. Além de melhorar a qualidade de vida, é uma forma de nutrir o bebê que está no ventre materno e prevenir doenças crônicas e riscos na gravidez, como um parto prematuro ou dificuldades na formação dos órgãos do feto, resultando em sequelas.

Durante o período de gestação, ele é alimentado pelo cordão umbilical, precisando receber todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. Por isso, ingerir comidas inadequadas traz sérios prejuízos para a saúde da mulher e da criança.

André Nascimento, nutricionista e professor de Nutrição da UNINASSAU Recife, afirma que a suplementação na gestação precisa ser prescrita e acompanhada por um profissional. “Ter conhecimento das vitaminas que o corpo da mãe necessita ajuda a suprir as deficiências nutricionais do feto. O mesmo ocorre após o parto. Nesse caso, o recém-nascido precisa de uma amamentação saudável, pois os nutrientes que necessita serão introduzidos por meio do leite materno”, conclui.

Isso mostra a importância de definir o cardápio alimentar da mãe. Se as refeições dela forem ricas em gorduras trans e vegetal, como as encontradas nos sorvetes, bolos, salgadinhos de pacote e nas massas instantâneas, sua gestação será prejudicada pela má alimentação. Evitar o consumo de comidas que contém um teor elevado de açúcar e cafeína também é fundamental, pois esses componentes afetam o sistema nervoso do cérebro do bebê, podendo causar irritabilidade e insônia.

nutricionista explica que uma mulher saudável pode produzir, em média, 750 a 800 ml de leite materno por dia. Porém, quando a lactante consome alimentos pobres em vitaminas, ela não consegue obter os nutrientes que o bebê necessita.  O leite materno deve ser o único alimento do bebê até o sexto mês de vida. Por isso, é importante que a mãe tenha uma alimentação balanceada.

Após esse período, a criança precisa de outras comidas para obter os nutrientes que não são fornecidos pelo leite. Dessa forma, devem ser introduzidas frutas amassadas e papas saudáveis, alimentos pastosos são de mais fácil aceitação pela imaturidade do sistema digestivo do bebê. No caso da alimentação complementar à amamentação, é importante reforçar que ele deve realizar três refeições diárias”, afirma André Nascimento.

Mesmo após o parto, a mãe precisa continuar a dieta habitual, aumentando o consumo de proteínas. Ou seja, ingerir frango, carne, ovo e leite. O mesmo vale para as proteínas vegetais, que são o feijão, grão-de-bico, a lentilha, entre outros. Gorduras boas também são indispensáveis, como castanhas de caju, abacate e açaí. Esses alimentos favorecem o desenvolvimento do cérebro do bebê e o seu crescimento corporal.

A educação alimentar precisa ser trabalhada constantemente para melhorar a qualidade de vida não apenas na gestação, mas também no pós-parto e durante o planejamento de engravidar.

Dicas de nutricionista para cuidados essenciais durante a gestação

A gestação é um período de intensas mudanças e demandas nutricionais. Uma dieta equilibrada é essencial para garantir o desenvolvimento saudável do bebê e o bem-estar da mãe. A nutrição adequada desempenha um papel crucial para a saúde da mãe e do bebê. A nutricionista Fernanda Larralde, da Bio Mundo, compartilha orientações fundamentais para manter uma alimentação balanceada e saudável durante a gravidez.

  1. Priorize alimentos ricos em nutrientes

Fernanda destaca a importância de consumir alimentos ricos em nutrientes. “Opte por alimentos naturais e integrais, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais, proteínas magras e laticínios. Esses alimentos fornecem vitaminas e minerais essenciais, como ferro, cálcio, ácido fólico e ômega-3.”

  1. Mantenha-se hidratada

A hidratação é fundamental durante a gestação. “Beba pelo menos 8 a 10 copos de água por dia. A água é essencial para a formação do líquido amniótico, a circulação sanguínea e a prevenção de constipação.”

  1. Controle o consumo de cafeína e açúcar

Fernanda recomenda limitar o consumo de cafeína e açúcar. “A cafeína em excesso pode afetar o desenvolvimento do bebê, então é importante reduzir a ingestão de café, chá e refrigerantes. Além disso, evite alimentos ricos em açúcar para prevenir o ganho de peso excessivo e o risco de diabetes gestacional.”

  1. Inclua fontes de proteína em todas as refeições

As proteínas são essenciais para o crescimento e desenvolvimento do bebê. “Inclua fontes de proteína em todas as refeições, como carnes magras, ovos, leguminosas, nozes e laticínios. A proteína ajuda na formação dos tecidos e órgãos do bebê.”

  1. Consuma suplementos conforme orientação médica

Em todos os casos, a suplementação é necessária. “Siga as orientações do seu médico ou do nutricionista quanto ao uso de suplementos, como ácido fólico, ferro e vitamina D. Esses nutrientes são essenciais para prevenir deficiências e complicações durante a gestação.”

  1. Faça refeições pequenas e frequentes

Para evitar desconfortos, como náuseas e azia, Fernanda sugere fazer refeições menores e mais frequentes. “Coma a cada 3 a 4 horas para manter os níveis de energia estáveis e evitar a sensação de estômago vazio.”

  1. Evite alimentos crus ou mal cozidos

Para prevenir infecções alimentares, é importante evitar alimentos crus ou mal cozidos. “Evite carnes cruas, ovos crus e peixes crus, como sushi. Esses alimentos podem conter bactérias e parasitas prejudiciais ao desenvolvimento do bebê.”

  1. Monitore o ganho de peso

O ganho de peso adequado é importante para a saúde da mãe e do bebê. “Siga as orientações do seu médico sobre o ganho de peso ideal durante a gestação. Um ganho de peso excessivo ou insuficiente pode trazer riscos para a gravidez.”

  1. Pratique atividade física regular

A atividade física moderada é benéfica durante a gestação. “Consulte seu médico sobre a prática de exercícios adequados, como caminhadas, yoga para gestantes e alongamentos. A atividade física ajuda a manter a saúde cardiovascular e o bem-estar mental.”

  1. Procure apoio profissional

Fernanda ressalta a importância de contar com o apoio de um nutricionista durante a gestação. “Cada gestante é única, e um profissional pode oferecer orientações personalizadas para garantir uma nutrição adequada e segura. Cuidar da alimentação é um ato de amor e cuidado consigo mesma e com o bebê. Aproveite essa fase especial para adotar hábitos alimentares saudáveis que beneficiarão você e seu filho por toda a vida.”

Com Assessorias

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