Nós humanos, somos seres sociáveis, é de nossa natureza trocar experiências, interagir com outros seres humanos, e é nesta relação com o outro que nos construímos. Sabemos que quanto mais experiência de vida e relacionamentos sociais, mais habilidade, capacidade para tomar decisões, nos adaptar a mudanças e novas situações temos.

O contrário também é verdadeiro: quanto menos contatos humanos e sociais, nos tornamos pobres em experiência de vida e assim, apresentamos maior dificuldade para nos adaptar a novas situações e para viver. Somos o somatório de todas as experiências que tivemos até a nossa idade atual.

No convívio com o outro aprendemos a falar, andar, comer, gesticular, expressar o que pensamos, sentimos e viver em sociedade. Enfim, aprendemos tudo que a nossa cultura nos transmite e que vem de geração em geração. Assim, nos sentimos pertencentes aos grupos que estamos inseridos.

Estas relações nos trazem uma sensação de pertencimento.  Por outro lado, viver em sociedade é um desafio que vamos aprendendo dia após dia em busca do equilíbrio nas relações humanas.  No entanto, há pessoas que experimentam em sua vida diária situações mais complexas, por sofrerem de fobia social, também conhecida como transtorno de ansiedade social ou ansiedade social, impossibilitando a pessoa de se sentir bem na presença de outras. 

Na fobia social, o medo está presente até mesmo nas tarefas mais simples do dia a dia, ele é exagerado, intenso e constante, acontecendo em situações sociais, que para a maioria das pessoas seria normal, mas para quem tem fobia social causa grande desconforto e sofrimento.

Os medos mais comuns são: se alimentar na frente de outras pessoas, começar uma conversa com estranhos ou em grupo, pedir uma informação na rua, assinar o nome na frente de alguém e outras atividades sociais.

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Evitação é sinal de fobia ou ansiedade social

Um traço presente em pessoas com ansiedade social é a evitação, ela evita contatos até mesmo com pessoas que ela nunca mais irá ver. É tão sofrido estar diante do outro que a pessoa prefere se isolar para não se relacionar.

Isso acontece porque o indivíduo sente um persistente e excessivo medo de pessoas, as atividades grupais são sentidas como situações de estresse, perigo e ameaça. Para evitar o desconforto e a dor no contato humano, a pessoa cria estratégias para não se relacionar e com isto vai se isolando e muitos ficam deprimidos.   

Como todo transtorno de ansiedade, na fobia social não é diferente, a pessoa sente sensações ruins quando está diante do outro por conta dos de hormônios que são liberados pelo cérebro, como o cortisol por exemplo.

Durante o contato com outra pessoa pode sentir algumas reações físicas e psicológicas características, como: nervosismo, rubor no rosto, tremor e tensão no corpo, sudorese, taquicardia, dificuldade para respirar, sensação de pânico, vontade de sair correndo e um medo exagerado.

Não é muito comum o paciente que tem fobia social procurar tratamento, pois, muitas vezes ele pensa que tem timidez e considera normal viver com tantas limitações, mesmo porque ele não conhece outra maneira de viver. Tais restrições sociais são muito limitantes.

Porém, há tratamento para estes casos, podendo ser psicológico e se necessário psiquiátrico. Além da ajuda profissional, existem algumas atividades que podem auxiliar ajudar no tratamento da fobia social, são elas: praticar atividades físicas, fazer atividades em grupo, aulas de teatro, dança e participar de grupos no bairro, igreja, escola ou faculdade.

O sentimento de pertencimento ajuda a se sentir melhor com o outro.

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